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Mostrando postagens com o rótulo vida cristã

Ela nos traz Ele

Interessante é, como a todo instante que nos deparamos com a questão Deus e a nossa relação com Ele, a primeira reação é colocá-Lo distante, um ser incomunicável, frio e que assim deseja se manter frente a nós, numa incompreensível relação de autoritarismo, em que ele fala e não entendemos, e tudo bem. Mas, o estado crítico disso tudo, é que a bem da verdade, a verdade não é essa. Ele sente falta de conversar intimamente conosco, do rico diálogo que no Éden, Ele tinha conosco - todos os dias, e por isso, Ele nos deixou Bíblia, para que aquela capacidade de diálogo, perdida no pecado, seja restabelecida.  Ora, Deus não nos quer em apatia e concordância tácita do que nos rodeia. Muito ao contrário, o desejo e sonho dEle é que exerçamos a soberania da inteligência que Ele colocou em nós. E que ou outra maneira há, de se começar esse processo, se não através do questionamento? Sim, é isso mesmo, Deus nos quer semelhantes a crianças: tagarelas, curiosas, que querem saber o porquê

O Amor se manifesta através da renúncia

Bom, eu entendo o amor como renúncia e é sobre isso que quero falar hoje. Na verdade, quero apenas compartilhar um pouco do que falei na comunidade cristã em que congrego, no domingo dia 24 de novembro. O que é o amor? Se renúncia é abrir mão de algo seu em prol do outro, vamos perceber ao longo de toda a trajetória humana, Deus agindo assim: Renúncia, por amor. Então, se renúncia é a manifestação do amor, penso que o primeiro ato de amor de Deus, se deu na criação (Gn. 1:1-3) e percebo o segundo ato de amor quando nos dar a conhecer a redenção (Gn. 3). E ele prossegue assim, geração após geração, renunciando por amor a nós, até que no Salmo 14, verso 2, encontramos um dos mais trágicos diagnósticos da condição humana, e embora com o coração decepcionado (se é que podemos atribuir a Deus os nossos sentimentos), o Pai fala outra vez de restauração, o que se concretiza na pessoa de Cristo. Então, quando olho Cristo, vejo Deus renunciando a melhor parte de si por nós. N

Posicionamento se define por em ações, não em palavras

Jamais, em tempo algum, posicionamento se definiu com palavras, pois, a verdadeira expressão de posicionamento é ação e, por sua vez, ação eficaz só é gerada ela fé, já que crer implica em um movimento de obediência, muitas vezes, em claro confronto com a razão (ou com a emoção), com a zona de conforto a que nos habituamos, com as nossas fronteiras. A questão, é que temos procurado a todo custo, expressar o nosso posicionamento falando, gastando tempo com elaborados discursos e ai, como não poderia ser diferente, caímos em contradição, uma vez que as nossas palavras acabam não encontrando significado nos nossos atos. São portanto, vazias e são levadas de uma lado para o outro, sem verdade, sem expressão. A realidade, é que deveríamos ter uma clara e sincera oração no sentido de clamar pela misericórdia dEle, pois do contrário, poderemos incorrer no trágico engano de no grande dia, querermos justificar a nossa trajetória pelo que falamos, sendo tais palavras, vazias de qu

Muros que não segregam

O processo de construção no mundo é uma realidade e, embora se manifeste em paredes e artefatos, na verdade, a construção que prevalece e realmente faz sentido tem por arquiteto, o Senhor, e se dele não vier, a construção humana torna-se frágil, limitada a sua temporalidade e portanto, fadada à ruína. Mas nós estamos, por Ele, inclusos nesse processo de construção, como pedrinhas, originadas da pedra angular, aquela posta à base e que define a construção, uma construção espiritual que se manifesta à vista de todos, palpável em muros que não segregam e sob os quais, uma nova cidade se torna real, lugar de luz plena e em cujas ruas há harmonia. Os muros são atributos de Deus em nós. A cidade somos nós. E quais são estes muros? 1. Muro da Justiça: é a nossa perfeita compreensão de reino de Deus e posicionamento nele, consciente e decididamente, por Ele e para Ele. Quando decidimos levantar a justiça, como muro sobre nós, a cidade, definimos a nossa separação de nós mesmos

Ruídos, outra vez

- Segundo o dicionário Aurélio, ruído é um som confuso e/ou prolongado e ainda, qualquer perturbação aleatória que ocorra num canal de comunicação durante a transmissão ou, figurativamente, pode referir-se a um boato.  A todo instante, especialmente no nosso contexto de vida urbana, o nosso processo de comunicação sofre as interferências dos ruídos. Conversas ruidosas são tão co muns que nos acostumamos a elas. E também, nos acostumam às incompreensões da nossa mensagem, a calar porque o barulho é mais alto que a nossa voz, aos mal entendidos de uma fala interrompida por barulhos e tantos outros exemplos. Porém, os ruídos, dessa vez, de vozes que ferem, que mentem, que manipulam, que pervertem e provocam outros tantos ruídos da nossa torpe vontade, tem-nos feito acostumar a não ouvir a voz de Deus e levamos a vida frequentando os palácios e lugares altos da terra, achando-nos geração de reis e príncipes, quando na verdade, os nossos ruidosos comportamentos e escandaloso egoísmo,

Afinal, o que queremos?

Dizemos querer Deus, mas O ouvimos diariamente e não atendemos. Dizemos querer nos relacionar e viver em comunhão, mas permanecemos encalacrados na nossa realidade e não vamos na direção do outro e não nos damos a conhecer. Assim, parece que não queremos ou fingimos não perceber que não se pode construir relacionamentos sólidos e relevante, sem que se contemple a necessidade de que todas as partes envolvidas devem se mostrar umas as outras. Dizemos que queremos imergir na realidade do Reino, mas não nos permitimos conhecer, muito menos ser dirigidos pela Lei que impera no Reino, pois não há reino sem comando de uma lei. Dizemos que queremos ser filhos,mas não admitimos que o DNA carnal deva ser completamente esquecido, numa compreensão de processo espiritual exige que nos transformemos radicalmente, de modo a não mais reconhecer-se em nós as nossas marcas e identidade natural, mas as marcas e identidade espiritual do nosso Pai espiritual, o Senhor. Enfim, fica então,

Misericórdia: uma referência de vida plena

Cantamos a misericórdia de Deus e brandamos a nossa necessidade de ser por ela alcançados. Damos ênfase ao quatro cantos da terra do quão misericordioso é o Senhor, mas nos esquecemos que Ele nos instrui a que sejamos tal qual Ele é, e esquecemos que aos misericordiosos, a recompensa é a misericórdia. Mas, em termos objetivos, será que ao menos nos permitimos conhecer o significado dessa palavra, para que, ai sim, ela passe a ser um norte na nossa vida, um fruto vivo do que o Senhor tem produzido em nós? Quando buscamos nas Escrituras, a palavra hebraica, no Antigo Testamento, que mais designa misericórdia é Hesed , e se apresenta com dois significados: primeiro no sentido de "cumprir algo pelo que foi feito um acordo" , ou ainda, "dar ao outro aquilo que lhe é devido em razão de um tratado previamente estabelecido". Entretanto, o segundo sentido diz respeito a "ato gratuito e espontâneo de bondade e amor" . Assim, misericórdia vem a representar

Sob o Comando do Pai

Corpo saudável é corpo em movimento. Do contrário, vegeta ou, sob alguma deficiência limitadora, torna-se dependente de artifícios externos para que se mova e dê algum sentido a sua existência. O movimento saudável, é portanto, o movimento natural. Claro, que o movimento frente a uma dependência física, por exemplo, muitas vezes é até heroico, mas não deixa de nos levar à consciência de que se poderia conduzir o passo-a-passo de forma mais adequada, sob o proceder "normal" da vida. Em resumo: uma pessoa encontrar um passo saudável estando rodeada de tantos artifícios que não fazem parte do corpo, é tão complexo que na maioria das vezes ela acaba por comprometer a razão pela qual deve se mover (e diga-se de passagem, em direção ao outro). Eis ai o mistério cristão nos nossos dias: aprender o movimento natural de Corpo, sem os artifícios que nos tem descaracterizado, que nos tem provocado movimentos em direção às nossas próprias necessidades e não na direção do o

Amor que nos faz a imagem de Deus

A Igreja tem e precisa entender e assumir o seu papel social (e não é sair distribuindo pão, vai além disso).  E sabe de uma coisa? Tem um manual para isso, cuja síntese está em amar ao Senhor. Muitas vezes queremos fórmulas especiais para a manifestação do amor ao Senhor, quando na verdade, tudo já está diante de nós. Se seguimos o manual e amarmos ao Senhor acima de todas as coisas, será natural a manifestação desse amor: em renúncia completa, total e absoluta; em esvaziarmo-nos para vivermos a vida do Senhor e não mais a nossa; em amor ao próximo; numa verdadeira disposição para parar, ouvir e obedecer ao Pai, somente a Ele; em contraposição (por todas as coisas anteriormente ditas), à indiferença latente que rege a vida dos "cristãos", tão ocupados com as tarefas de suas instituições, que relegam as pessoas a um grau abaixo dos afazeres institucionais; na inserção na realidade e vida do próximo, que nos faz romper as barreiras separatistas, faz

Evangelho Pregado e Praticado

Cristo não veio consertar o mundo, mas salvar o homem e este, uma vez alcançado, conserta cada pequena parte do mundo que alcança, pregando o evangelho vivo, algumas vezes, com palavras, no restante, sendo apenas um pequeno Cristo. Não é isso, o cristão? Partindo disso, creio que o verdadeiro evangelho é manifesto, sendo necessário, muito mais no pão ao faminto, no teto ao sem casa, no afago ao sem família, no Cristo pleno em tudo isso ao desafortunado, que na evangelização sem a prática de atos de justiça e amor, porque amor é ação e não palavra ou sentimento. Assim, não consigo enxergar verdadeiro, o Evangelho que prega, mas não faz. E, sendo o evangelho que prega, fundamental para a salvação, é o evangelho que faz, roteiro básico da transformação.  Em suma, penso que ambos devam andar de mãos grudadas, um escudeiro do outro e sem um o outro não tem razão de ser. Pois, se o evangelho que prega dá ao homem consciência de Deus, o evangelho que faz, mostra ao homem o Deus vivo

Desafio de Elias

Ontem, quando me dirigia à comunidade na qual congrego para participar da nossa reunião dominical, li o seguinte, em uma faixa em outra comunidade: ' Desafio de Elias: uma semana de poder e milagres'.  Bom, não vou entrar no mérito teológico, pois não tenho competência para tanto, mas o fato é que quando eu leio a Bíblia, vejo o desafio de Elias assim: Manter-se vivo; Conseguir discernir seu lugar no mundo espiritual, frente a um povo que não sabia se servia a Deus ou a Baal; Denunciar a idolatria; Ser humano, quando sua humanidade o impulsionava a se achar semi-deus; Enxergar na loucura interior da sensação de fracasso; Discipular (apesar de...); Ser fiel (mesmo que...); Obedecer (ainda que...). O poder e os milagres do 'Desafio de Elias', estavam no perder a própria vida por Deus, não o contrário e é  tão complicado olhar para esse conceito de "seguir a Cristo" na busca de uma benesse merecida por galgar determinados graus de desafios...espe

Rever o conceito de filiação

Há pregações que ficam e eu, certamente, poderia citar diversas. Umas ficam positivamente, já outras. O meu artigo de hoje é fruto de uma lembrança que recentemente me tem vindo, em torno de uma pregação, assim, negativa, já que falava algumas coisas incoerentes com a verdade bíblica e ao mesmo tempo positiva, já que foi a chave para uma decisão que há muito deveria ter sido tomada. Bem, a tal da pregação falava de filiação e, a bem da verdade, lembro-me com clareza apenas que o pregador falava das vantagens de ser filho e para encerrar, ordenou à platéia que se colocasse de pé e exercesse seu poder de filho requerendo suas bênçãos. Eu pirei. Sim, claro, é fato que o filho tem privilégios e a relação de filiação é tão importante que o Senhor nos toma por seus filhos. No entanto, o que me intrigou naquela ocasião e cada vez mais mais me intriga, é a posição que as pessoas tomam frente ao assunto, ignorando completamente que o ser filho implica em privilégios, mas também em resp

Eu assumo ser igreja

Aos trancos e barrancos, muitas vezes com lágrimas e arrependimentos, mas, sobretudo, ciente de que todas as coisas cooperam para o meu bem, eu tenho aprendido que eu sou diretamente responsável pela construção da Igreja estabelecida nas Escrituras Sagradas    (pois ela não é o templo)  e, se me eximo dessa responsabilidade, dou voz à religião que pretensamente combato, e a respaldo para construir de ma neira errada , o que Cristo me confiou construir. Assim, o que tenho compreendido, é que a vida com Deus é uma construção diária, resultado da minha negação pessoal, da submissão do meu eu a Cristo, do meu arrependimento e do abandono do erro, da leitura e aplicação da Palavra da Verdade à minha conduta diária, da oração e, fundamentalmente, da comunhão espiritual com irmãos de fé imperfeitos, mas que vivem o milagre da perfeição de Cristo no aprendizado de tornarem-se UM. Por isso, Senhor, a despeito dos meus erros e acima de tudo, a despeito dos meus medos: EU ASSUMO SE

O segredo da vida é a morte

Quase sempre temos aversão a falar, discutir ou sequer pensar sobre a temática morte. Parece-nos, tantas vezes, que a reboque do tema virá uma onda inconsequente de azar e ai, repugnamos o assunto. Mas, na realidade, ao nos privarmos de falar a respeito da morte, privamo-nos também de desenvolver o hábito da avaliação da nossa existência, no contexto de razão de ser para que a vida consiga, assim, fluidez. E perdemos a percepção de que não há vida, sem antes haver morte e por isso, gastamos os nossos dias sem que tenhamos vivido, até que nos suspiros finais, nos damos conta de que a morte anterior teria processado uma vida que agora não poderá ser experimentada. Um grão, quando lançado à terra, antes morre para somente depois gerar vida. A vida que nos foi prometida, somente nos foi liberada após a morte do Cristo que a Sua vida por nossa vida entregou e nos chamou a segui-Lo, alertando-nos, entretanto da  necessidade fundamental de nos fazermos morrer para que a vida dEle p

Não sei nada a respeito da Bíblia, essa é a verdade!

A cada dia tenho descoberto que eu, na verdade, ainda não sei o real significado de amor, de desprendimento, de fazer o bem sem esperar nada em troca. Sabe, já fiz muitas coisas no contexto de comunidade cristã (e quando as fiz, o que me movia a fazê-las era o desejo de construir para Deus. Pelo menos, era assim que eu pensava). Entretanto, tenho descoberto que no fundo não era isso que eu fazia. Eu apenas cumpria tarefas de uma instituição e nisso, tudo o que eu realizava era para fazer gerar reconhecimento aquela instituição. Não quero aqui jogar pedras a uma instituição em si ou trazer juízo sobre ela ou outras mais, embora discorde de suas práticas. Na verdade, sinceramente creio que tudo aquilo  foi um processo pelo qual eu precisava passar, ou seja, que no fundo me foi útil para que hoje eu ceda espaço ao Espírito Santo e me tornar sensível a um modo macro de ver o reino de Deus e a aplicação da Palavra da Verdade no nosso contexto de vida e ações. E aí, na verdade, na ve

Comunhão, o que é isso?

Outro dia, numa reunião de discipulado, foi levantada pela enésima vez a questão da necessidade da nossa comunidade acerca da comunhão. Falamos, trocamos ideias, levantamos questões e um consenso de entendimento se formou  (pelo menos é o que eu acho) a partir de um comentário que seria mais ou menos assim: "o que pode unir pessoas de diferentes comunidades cristãs ou denominações em torno de um objetivo comum, senão o Espírito Santo?". Fazíamos referência a um grupo de irmãos que atuam em diversas frentes de trabalho de assistência ao Corpo e sociedade, sendo eles das mais variadas comunidades.  Isso nos leva à óbvia constatação de que se não nos enchemos do Espírito Santo, as ações, estratégias, atividades e afins, em nada terão êxito na promoção da tal da comunhão, pois comunhão é um resultado e não um começo. Comunhão, o que é isso? Comunhão: participação em comum, uniformidade em ideias e opiniões. Comunhão: resultado de uma busca contínua por enchermo-nos d

Quando me desvio do propósito...

Ando de ônibus para cima e para baixo e ai, sendo aqui o Brasil, o fato de morar na Capital Federal, neste quesito, não há qual privilégio para os usuários do sistema público de transporte do DF, antes pelo contrário. Mas, tirando o desconforto e todo aquele leque assombroso de problemas que pesa sobre quem anda de transporte coletivo, há uma vantagem que de outra forma, dificilmente, seria possível perceber: observar pessoas em ações, reações, comportamento e atitudes individuais e em relação a outras pessoas, e gosto muito disso. De verdade.Gosto de observar gente e isso sempre se traduz, para mim, em enorme aprendizado (fora a diversão, muitas vezes). Pois bem, nesta sexta-feira, 05 de abril de 2013, no ônibus, lá estava eu a observar e uma coisa me chamou a atenção. Antes porém, preciso dizer,  de verdade, que sou do estilo mulher básica de ser. Exageradamente básica, admito. E explico isso para justificar que ficar de olho no que as outras mulheres vestem ou deixam de vestir,

Quando nos perdemos em nós mesmos, perdemos a hora...

Quando nos perdemos em nós mesmos, perdemos a hora, perdermos, portanto, o tempo. Hoje acordei atrasada, tudo por causa daquela praguinha que muitas vezes praticamos, o tal do "só mais cinco minutinhos" e daí, puts, foram-se 50 minutos. Enfim, no susto, pus-me de pé e comecei a correria para me preparar às tarefas e afazeres do dia. Enquanto o computador era ligado me veio a frase que deu origem ao meu artigo de hoje e com a qual iniciei esse texto: quando nos perdemos em nós mesmos, perdemos a hora, perdemos, portanto, o tempo. Há uma música do Provérbio X que diz o seguinte: "contra você é você contra vocês mesmo, você é o seu pior inimigo, seu pior pesado" . Gosto muito dessa parte, pois de forma muito objetiva, nos impõe a necessidade do nosso enfrentamento pessoal, diário, o confronto do meu eu, do meu pensamento, do meu sentimento, da minha pecaminosidade, da minha feiura interior. A Bíblia diz que o espírito está pronto, e em outro ponto, Paulo f