Há pregações que ficam e eu, certamente, poderia citar diversas. Umas ficam positivamente, já outras. O meu artigo de hoje é fruto de uma lembrança que recentemente me tem vindo, em torno de uma pregação, assim, negativa, já que falava algumas coisas incoerentes com a verdade bíblica e ao mesmo tempo positiva, já que foi a chave para uma decisão que há muito deveria ter sido tomada.
Bem, a tal da pregação falava de filiação e, a bem da verdade, lembro-me com clareza apenas que o pregador falava das vantagens de ser filho e para encerrar, ordenou à platéia que se colocasse de pé e exercesse seu poder de filho requerendo suas bênçãos. Eu pirei.
Sim, claro, é fato que o filho tem privilégios e a relação de filiação é tão importante que o Senhor nos toma por seus filhos. No entanto, o que me intrigou naquela ocasião e cada vez mais mais me intriga, é a posição que as pessoas tomam frente ao assunto, ignorando completamente que o ser filho implica em privilégios, mas também em responsabilidades.
O filho leva o nome do pai e deve a ele honra.
O filho deve ao pai respeito.
O filho deve ao pai apoio.
O filho deve ao pai obediência.
Vivemos uma geração de filhos irresponsáveis que desprezam os pais e na comunidade cristã, dia-a-dia, temos visto o mesmo tipo de comportamento sendo cultivado a partir dos púlpitos.
Que tipo de relação quero construir com o meu Pai?
Baseada unicamente em interesses que me levam a querer manipulá-lo e depois sair para gastar tudo o que possuo? Baseada na arrogância de achar que a minha postura é de exigir que me seja entregue o que me foi prometido?
Penso que é hora de revermos os nossos conceitos e colocá-los à luz da palavra, a fim de construirmos uma nova relação com Deus em que sim, nos está liberado o privilégio de filhos, que no entanto, vem junto com a responsabilidade da honra, respeito, reverência e obediência ao Pai.
Um abraço e até breve,
Ádila Lopes
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