O triste é que quem toca a música das grandes marchas (essa, aquela e aquela outra) o fazem por nada mais que "agora eu quero a caneta do poder" e só. E vamos, saltitantes, todos marchantes a caminho do estádio para só mais um FLA x FLU de cartas marcadas pelo sangue dos corpos que caem nas favelas, especialmente do menino preto e, daquele índio, sem noves fora no balanço do campo; pelo suor que tempera no rosto e no coração do trabalhador, o desencanto; e vão, os nossos uivos apressados, sem reflexão, abafando o grito de mais uma mulher que cai, e da outra menina que vai perder a inocência, vendida; e vamos, marchantes na ignorância que cega, rouba, decepa o empoderamento e degola o cidadão e o joga ao canto, ao chão. E a onda vai, vai e quebra nos muros da nossa disputa de verde e amarelo e vermelho e nada mais. Um jogo de um time só e a estrábica platéia vê dois, mas é só um. Só. Bandeiras de uma guerra que não existe. Punhos fechados. Gritos. Panelas....