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Mostrando postagens com o rótulo Política

Sobre liberança política e partidária

Formar e revelar quadros políticos para apresentarem ideias, propostas e caminhos, alternativas e soluções aos principais dilemas da sociedade, deveria ser dos principais papéis dos partidos. Já não é. Faz tempo. Especialmente nos partidos progressistas. Há algo muito errado nisso, sério e precisa ser problematizado. As direções partidárias deveriam se questionar sobre o que há quando precisam, necessariamente, recorrer aos seus anciãos para disputas eleitorais ou não elegem. Precisam fazer profundo diagnóstico das razões de suas instâncias estarem sempre ocupadas pelos mesmos rostos e as mesmas assinaturas definindo o que pensar e fazer dos partidos partidos. Precisam pensar porque se ofendem dirigentes cobrados a que anciãos deem espaço aos jovens e assumam com honra o lugar de anciãos. Não é demérito. Muito ao contrário. E não é desvalor aos velhos que jovens requeiram espaço para errar, inclusive. É também assim que se aprende. E sobre erros, aliás, é preciso que jovens tenham os s

A gradiosidade da política está em distribuir poder

A grandiosidade da política está em distribuir poder Política grandiosa em capacidade transformadora só se faz a partir de alguns princípios elementares: Escuta ativa;  Diálogo efetivo; Transparência radical; Participação ampla; Experimentação. Isso distribui poder. Isso faz a política potente e grandiosa.  Fora disso a política é medíocre. Toda vez que um grupo ou organização partidária se furta ao exercício profundo desses princípios acaba por se fechar, mergulhando em uma lógica reducionista de centralização e na mediocridade das disputas de pequenos poderes. A ação política, então, fica estreita e frágil. As pessoas e grupos que a fazem podem até gritar, mas nada dirão. A potência da palavra não se traduzirá em construção. O que resta é política da espécie ensimesmada, distante das pessoas, da diversidade, pluralidade e da potência das múltiplas vozes que podem sim, ser uníssonas sem perder a potência vocal individual. Todos os dias, em todos os espaços de que participo

Partidos e a prática de transparência

Compromisso radical com a transparência deveria ser pacto básico de existência de todos os partidos. Não é. E isso é lastimável. Os partidos tem papel fundamental na organização do sistema político, na construção e defesa das nossas bases democráticas.  Para além, portanto, do óbvio já aí posto, há recursos públicos financiando os partidos direta e indiretamente. Ou seja, TODOS os mesmos princípios postos a todas as outras ações feitas com recursos públicos PRECISAM ser aplicadas aos partidos. E quando os partidos não possuem cultura ativa de transparência é preciso que nós, sociedade, coloquemos lupa sobre o processo de gestão de cada centavo repassado aos partidos. A pensar: Se um partido é incapaz de ser transparente com o recurso que recebe para seu funcionamento, será mesmo capaz de praticar e defender transparência uma vez estando nos espaços de poder, nas instituições públicas? Se um partido não aplica os princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade Administr

Partidos Políticos: uma outra lógica é possível

A nada saudável lógica de agentes políticos se servindo das estruturas partidárias. Observando noticiário local sobre idas e vindas em alguns partidos vem aquele aperto e tristeza. As escolhas e decisões sobre lugares e construção política, lamentavelmente não se pautam em causa, conexão e alinhamento com o ideal político-partidário, mas tão somente considerando algumas premissas: 1) Quanto um outro partido abre na sua estrutura diretiva para que pessoa a ou b seja a dona da estrutura. Assim mesmo, dona. Literalmente. 2) Cálculo eleitoral pragmático de vantagem direta e objetiva a pessoa a ou b. 3) Garantia financeira exclusiva ou quase a pessoa a ou b. Vejam, depois de 8 anos de vivência e construção partidária já perdi ALGUMAS inocências e aprendi algumas coisas. Então, o cálculo eleitoral precisa sim fazer parte da decisão.  Por exemplo, em tese, você não é um grande nome da política, não nada em dinheiro, não é grande representante de classe ou apadrinhado de alguém &qu

Dores anestesiam ou despertam

Dores profundas anestesiam da outra realidade que não aquela, da dor sentida no instante eterno de dores. Ou desperta uma força inimaginável para superação até mesmo dos doze desafios de Hércules, transformando sentidos, criando outra dinâmica existencial até então não experienciada. Quantas dores residem o Brasil nesta terça-feira de não carnaval jamais imaginada? As milhões de dores inquietas nos olhares das famílias e amigos das já quase 250 mil vidas ceifadas pela Covid. As milhões de dores em rasgos profundos nas almas das mais de 14,1 milhões de pessoas desempregadas, somados ao 5,8 milhões de desalentados. E na esteira dos 32,7 milhões dos descobertos que vagam na informalidade. As milhões de dores perfurantes de estômagos dos mais de 10 milhões de famintos que e esgueiram na selvagem existência de serem despossuídos. Como canta Paulo Nazareth, parece mesmo que a vida, ou o que dela sobra, "anda pela sarjeta, jogada pelo chão." O orçamento público da saúde e da educaçã

Partidos não possuem o monopólio da política

A foto é de 2018 e o cartaz original diz que os partidos não são donos do Estado. É verdade. E isso precisa ficar bem claro. É também verdade que PARTIDOS NÃO POSSUEM O MONOPÓLIO DA POLÍTICA. Vamos lá. 1. Os partidos são muito importantes, fundamentais na política. 2. Sou filiada a um partido político e trabalho ardorosamente para construí-lo. É a @redesustentabilidade. Aliás, sou dirigente partidária e compartilho a responsabilidade de porta-voz desse partido aqui no DF (o que corresponde à presidência em outras organizações partidárias). 3. Se a sustentabilidade ética, social, econômica, cultural, estética, política e ambiental diz algo para você, muito provavelmente eu desejarei muito que você construa a REDE conosco. Mas, veja bem, OS PARTIDOS precisam aprender que NÃO POSSUEM O MONOPÓLIO DA POLÍTICA. Os partidos precisam aprender a respeitar o espaço do protagonismo da sociedade e reconhecer seu valor. E mais, os partidos precisam aprender a se colocar a serviço dos núcleos vivos

As autoridades públicas e o desrespeito às assembleias populares

A hora e a vez da sociedade? Esta é, sem dúvida, a demanda mais crescente do século. Uma urgência que fala alto. Por vezes grita, mas não tanto quanto o respeito das chamadas autoridades públicas ao espaço, ao momento e à voz da sociedade. Elas tumutuam, esvaziam e, por fim silenciam a ágora, reduzem asassembléias populares a palcos de aplausos aos seus grandes feitos e para de suas vaidades. Resultado? Comunidades em desprezo à participação social. Justo. Posto que suas vozes são emudecidas pelo barulho da onipresença das autoridades. Aí,  se não há audição à minha voz por que devo estar? Por que devo fazer parte? Por que devo me por a construir o comum? E assim progride o desserviço da disfunção da representação política pela substituição tácita, apequenadora da ação cívica e do exercício livre da cidadania. É a cultura do endeusamento das autoridades,  que desconhecem ou não ligam para o fato de que a tal autoridade que eventualmente possuem não provém de si, mas da representar o po

Partidos não detém o monopólio da política

Dirigentes partidários, por favor, evoluam. Os partidos não detém o monopólio da política. Sim, sou uma dirigente partidária. E quanto mais mergulho no desafio de aprender a fazer política e de atuar no ambiente partidário, mais convicção tenho de que, ou os partidos se atualizam ou se farão ainda mais motivo da criminalização da política e da própria  descredibilização. Estou porta-voz na REDE-DF, junto com o amigo Donga até o final de 2021. Meu compromisso pessoal (e graças ao universo, compartilhado com o meu parceiro de coordenação geral da REDE-DF) é de radical transparência dos atos partidários e promoção real de participação. Democracia intrapartidária. É um desafio e tanto porque o sistema é viciado, porque as pessoas estão apegadas ao conchavo, à tomada de decisões na surdina, porque pensar simples ficou complexo. E ousam propor confundir isso com estratégia. Não. É controle irresponsável e manietador da cidadania. Ouvi de Shalon Silva, por diversas ocasiões, sobre

REVISITANDO IDEIAS E IDEAIS

A cultura fast-food nos escraviza ao produto acabado e pronto para o consumo. Isso apequena a mente e nos impõe o tóxico comportamento da quase sempre não adesão aos processos, numa atitude (às vezes) imprensada contra a lógica da existência, que é processual, cumulativa, congregadora e refinadora. U ma das razões, talvez, seja porque que dá trabalho e um deles é nos impormos à disciplina de sempre revisitarmos ideias, ideais, rascunhos, projetos, sonhos para que não nos embeveçamos pelo produto acabado e esqueçamos que "é caminhando que se faz o caminho". A REDE Sustentabilidade é a minha única filiação partidária, isso muito embora, desde a escola eu vivesse me metendo em coisas que me aproximavam de partidos. Nunca quis ir além de próximo quase distante. Razões mil. Juntei-me à REDE em dezembro de 2013 atraída por esse trecho do Manifesto Partidário: " Acreditamos que as redes, como forma de agregação e organização, são uma invenção do presente que faz a ponte