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Mostrando postagens de janeiro, 2021

// agradecimento // Associação do Parque Ecológico das Sucupiras

N a política há diversos espaços, todos igualmente importantes e necessários para que ela (a política) cumpra seu papel de serviço ao comum, à sociedade. Aqui, tal qual em todo o país, há gente fazendo política de formiguinha - que para mim é a mais potente. Gente que entende sua responsabilidade cidadã e se deixa possuir por uma causa. Em 2015 conheci Fernando De Castro Lopes e Madalena Rodrigues em uma marcha pelo clima, aqui em Brasília. Dali e nos anos seguintes, a partir do meu trabalho e militância, interagi diversas vezes com os dois em decorrência da luta histórica que travam, com outras cidadãs e cidadãos, em defesa do Parque Ecológico das Sucupiras. Sei que já foram muitas as vezes que eles quiseram jogar a toalha, desistir. Afinal, são mais de 20 anos de batalhas contra o poder financeiro e a especulação imobiliária, predatória e destruidora do patrimônio ambiental, bem comum. E há a inércia do poder público feita cúmplice. Eles seguem lá, na luta. Hoje meu dia foi bem c

Partidos não possuem o monopólio da política

A foto é de 2018 e o cartaz original diz que os partidos não são donos do Estado. É verdade. E isso precisa ficar bem claro. É também verdade que PARTIDOS NÃO POSSUEM O MONOPÓLIO DA POLÍTICA. Vamos lá. 1. Os partidos são muito importantes, fundamentais na política. 2. Sou filiada a um partido político e trabalho ardorosamente para construí-lo. É a @redesustentabilidade. Aliás, sou dirigente partidária e compartilho a responsabilidade de porta-voz desse partido aqui no DF (o que corresponde à presidência em outras organizações partidárias). 3. Se a sustentabilidade ética, social, econômica, cultural, estética, política e ambiental diz algo para você, muito provavelmente eu desejarei muito que você construa a REDE conosco. Mas, veja bem, OS PARTIDOS precisam aprender que NÃO POSSUEM O MONOPÓLIO DA POLÍTICA. Os partidos precisam aprender a respeitar o espaço do protagonismo da sociedade e reconhecer seu valor. E mais, os partidos precisam aprender a se colocar a serviço dos núcleos vivos

// política por espasmos, até quando?

Um dos grandes problemas e por vezes desserviços dos fazedores de política à própria política? Vou chamar aqui de POLÍTICA POR ESPASMO. Agentes e partidos políticos só se mexem quando um irresponsável rompe todos os limites de desumanidade. O espasmo é uma contração de proteção do organismo e tem seu lugar na existência. E ele alerta sobre cuidados, medidas urgentes que se desdobram (ou não) em ações estruturais ou de longo prazo. Viver de espasmos pode provocar danos irreparáveis se as causas não forem tratadas. Nos temos habituado à política do contra e esquecido o elementar propositivo que requer pensar, organizar, integrar o diverso, abrir mão de determinados pontos para compor em prol de uma estratégia consistente que se faça capaz de transformar quadros. Bolsonaro faz uma sandice e mergulha nela. Ou não cumpre as suas responsabilidades elementares e só quando uma situação de caos acontece, daquelas que escandaliza o diabo, agentes políticos e partidos se mexem. Espasmo. Tem seu l

#c2 | Sobre esperança

É hábito comum consagrarmos à esperança um estado de desejo estático, figurativo e preso ao tempo. Esquecemos que a força realizadora é a sua alma e pulso. Talvez, por isso, no esperar apenas, desesperançamos. A cabeça pesa com medo, ansiosa. Pés imobilizados apenas deslizam nas próprias angústias. Mãos ferem e se ferem. Trêmulas, nada suportam. Coração estufa o peito de dor. E a mente estrangula a alma, e aos gritos impõe a ordem da intolerância, inconstância, inconsequência de existir num vagar escuro do despenhadeiro do destino. Esperança é ato primeiro, âncora de consciência à alma e que dá alimento aos sonhos e dimensão a um vigor extraordinário, capaz de pô-los em movimento numa jornada em que cada passo conta, fortalece, transforma e aponta o passo seguinte. É assim que a nossa respiração segue no compasso adequado à vida. É com essa imagem que respondo ao questionamento que me foi feito, tempo desses, sobre como me mantenho uma pessoa esperançosa. Penso que a imagem do moviment

#c1 | Sons que nos habitam

Todos os dias somos visitadas por sons. Alguns podem se fazer apenas ruídos (ou são de fatos). Podem nos agredir, embalar, inspirar. Sons, algumas vezes são memórias. De todo tipo. Também podem ser compasso a uma ação. Ou antes e depois disso, celebração de um marco qualquer, de um tempo que finalmente chegou ou passou. De um singelo existir. Sons podem ser o imperativo à necessidade do silêncio - de emoções, de pensamentos, de um fazer que se perdeu ou que precisa apenas deixar de ser por um instante e se recompor noutros sentidos. Os sons podem ser morte ou vida pulsando. E, tão diversos quanto suas expressões que nos chegam aos ouvidos, reconhecidos ou despertando curiosidade ou repulsa, são os seus sentidos. As vezes passamos por ciclos tão avassaladores que até os silêncios são muitos sons nos falando coisas. Escutamos? O que efetivamente nos disseram? Deveriam? De repente, por aqui, alguns cânticos novos ocuparam meus ouvidos tão fortemente que precisei parar o que fa