O que queremos, afinal? Viver a contemplação ou o Evangelho? Era muito legal, para os privilegiados da transfiguração, prostrarem-se em perfeita sintonia com o sobrenatural e contemplar a glória ali revelada. Mas, para aquele tempo, a convocação de Cristo aqueles homens, não era a contemplação, era a ruptura dos paradigmas da religião judaica e de suas posições humanas (embora submetidos a um regime que lhes impunha severos limites, pois mesmo em condições humanas adversas, nós temos a capacidade de criar a nossa zona de conforto). A questão, hoje, está bem clara diante de nós: que tipo de geração seremos? A contemplativa, afeita às prescrições impostas e em voga na igreja evangélica atual, que consome as suas energias na satisfação e emancipação do eu, ou entenderemos que quando nos deparamos com o pouco que nos é possível suportar da glória de Deus, isso na verdade, deve nos impulsionar à ruptura, à renúncia, à morte? Que outro caminho há para o cristão, se não a...