Outro dia eu conversava com uma irmã muito querida, da comunidade em que congrego, serva do Senhor, de vida íntegra, etc. E enfim, falava com ela da minha tristeza e preocupação em ver diversos irmãos, amigos vocacionados para determinadas necessidades do Corpo e que simplesmente, estavam tão envolvidos com situações de ordem diversa da construção do reino que não conseguiam se mover para cumprir a vontade do Senhor. Bem, ela me saiu com uma, que eu, a julgar por sua personalidade, não esperava. Disse-me o seguinte: "quem quer faz".
Já se passaram 4 semanas, aproximadamente, desde então e o que eu inicialmente não havia compreendido (dentro de um certo panorama desenhado na minha cabeça), começo agora, ceder aquele diagnóstico.
Sim, quem quer faz. Se temos uma vocação e de fato somos conscientes dessa condição e isso arde no nosso espírito é impossível que consigamos nos moldar à comodidade ou às limitações que julguemos existir na nossa comunidade ou fora dela (e há que se dizer que muitas vezes as limitações somente existem na nossa cabeça), pois o Espirito nos impulsiona de tal forma que a única reação possível é deixar-se conduzir por Ele e sob essa condição vamos vencendo as limitações, a começar das nossas, e estabelecendo a vontade do Senhor.
Vocação é uma inclinação natural do espírito e fomos vocacionados para servir a Cristo. Assim, precisamos nos dispor espiritualmente para ouvir do Senhor, de que maneira Ele deseja que o sirvamos e a ação seguinte, precisa ser obedecer a despeito de limitações da nossa alma e questões fora do nosso limite interior.
Em suma, precisamos compreender que o Reino do Senhor é superior a nós e o Senhor está aguardando a nossa resposta positiva para Ele. Entretanto, se não a dermos, Ele precisará chamar outros, pois aqueles pelos quais Ele derramou a sua vida, precisam ser alcançados pelas boas novas, o Evangelho que ilumina a todo o homem.
Nós precisamos responder à chamada do Senhor, mas é preciso entender que Ele não negociará conosco, não irá baixar o preço para nos agradar ou para que a vocação se enquadre nas nossas limitações, uma vez que, na verdade, a escritura já nos revelou o que deve ser feito:
"...dilatai-vos também vós". 2 Coríntios 6:13
Que tal o exercício de colocarmos de lado o que pensamos para simplesmente acatarmos o que Ele pensa?
Que tal pararmos de dizer que queremos fazer algo e que não o fazemos por esta e esta esta razão e simplesmente: FAZERMOS?
Até breve,
Ádila Lopes
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