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Mostrando postagens de outubro, 2020

Liderança e equipes alinhadas

Conseguir manter equipes alinhadas é um dos grandes desafios de liderança. É processo perene. Explico. Liderar e alinhar equipes não se trata de juntar grupos de pessoas, expor a elas os objetivos de um projeto, distribuir tarefas e fazer cumprir uma agenda de trabalho em medidas simétricas às metas postas e desejadas. Isso não se dá nem quando, eventualmente determinado grupo já tem uma profunda conexão de valores e de modo operativo. Pressão sobre o valor do trabalho não resolve. Informação do que está acontecendo no mundo, pura e simplesmente, pouco menos. A razão é simples. Se máquinas fôssemos precisaríamos de manutenção e cuidados, como um carro, por exemplo. A nossa complexidade e valor, todavia, e que bom, sobrepujam a uma máquina. Nossas engrenagens emocionais, psíquicas, de construção e manutenção de valor, ação e existência, exigem muito além de troca de óleo, revisão, combustível de boa qualidade, respeito aos limites do motor, cuidados na aceleração e freio e limpeza. Temo

Encontrei meu lugar de paz

Encontrei meu lugar de paz. Acredito. A vontade é fazer um branquinho aqui. Sentar. Sentir. Observar. Atrás fica a cerca, a rua. Calma. À frente, diria, um pequeno vale, a casa, e lá, ao distante, mas nem tanto assim, a serra, montanha, um pico não qualquer que me lembra a infância. E aqui resgato os meus melhores sentimentos, minhas mais significativas alegrias, meus mais desafiadores sonhos. Tenho risos tímidos, gargalhadas, palavras dançando na minha sala, na cozinha, no quintal, o tinlindar de taças amigas, mesmo em telas, e as minhas nos meus momentos comigo mesma, a vida em incontáveis formas e algumas me arregalam os olhos. Tenho batuques em silêncio e os que mecanicamente opero. Tenho os silêncios, estes todos que me povoam e gritam aqui, na mente, no corpo, no espírito viciado em não aquietar. E me torno, refaço, reconstruo em todas as desejadas descobertas não necessariamente desconhecidas, alcançadas agora pelo olhar, no sentir da plumagem do tempo e tantas das suas formas.

Da cerca pra fora

Às vezes a gente só precisa sair uns 20 metros da toca para expandir um pouco mais o contato com a vida e suas outras cores. Quanto me apareceu a casa onde resido atualmente comentei com uma amiga: agora viro ermitã de vez. Ela respondeu: só se quiser. Alguém dirá. Nossa, rueira como você é? Sou nada. Só fake. Eu gosto mesmo de ficar enfiada em casa. E aí, cara, tô no mundo perfeito. Tenho Internet banda larga. O celular não tem sinal. Tenho verde pra tudo que é lado. Tenho mais livros do que sou capaz de ler. Todas as minhas responsabilidades de trabalho podem ser atendidas através dos recursos de que disponho. Claro que isso vira o melhor dos mundos para pessoa como eu. Meu aniversário, por exemplo, foi lindo. No domingo anterior reuni com a família, almocei, brinquei, comi de novo e vim embora. Lindo. No dia oficial recebi cesta de café da manhã e na sequência ligação das amigas pra tomarmos café juntas, depois almoçamos juntas. Poxa, só não foi perfeito porque eu preferia aquele ab

Olhando as nuvens

Olhar as nuvens toma variados significados na nossa caminhada existencial, modificando-se, quase sempre, conforme andamos. Na infância é o deleite da criação. Nossa mente traquina, criativa, vívida, observa as nuvens e vê tudo o que deseja. Vê também preocupações meninas .mas raramente se assusta. Pessoas adultas e, acreditando-nos donas donas do próprio destino, olhamos as nuvens apenas (e quase sempre) com pressa, ansiedade e medo. Cabeças nas nuvens é sinônimo de descompromisso com a chamada vida real, é prisão à fantasia, delírio. Por que o exercício da mutualidade das coisas, parece visita esquecida sempre? Quem nos decretou a desnecessidade do sonho, da fantasia, da livre criação de novas expressões e formas mentais como atestado de maturidade? Quem nos impôs taciturno comportamento chave-controle do destino? Quem, aliás, disse da existência dessa tal chave do destino senão o medo? E se abríssemos as janelas da alma agora o que os nossos 0lhos veriam nas nuvens? Que tal esse exer

Sou das palavras

  Sou das palavras. Elas me constroem E mesmo se ruínas me faço, delas emergem a energia nova que realinha mente e ação. Porque palavra para mim é raiz é inspiração é potência de ser, de fazer existir, é criação e vida Palavra gera Palavra cura Palavra ilumina Palavra conecta e alimenta Não estou cega a todos os contrários de cada uma das palavras. Apenas tenho feito o exercício de escolher o poder da vida nas palavras Por isso minhas paredes Pequenas construções de mim em todos os lugares que habito e me habitam estão sempre assim, marcadas de palavras Ora simples recados e lembretes do imaginário popular. Ora ideias do mundo do qual desejo ser construtora. Hoje a palavra está aqui, correndo em mim, dizendo coisas que entendo e depois não mais. Então escolhi observar, Palavras.