Encontrei meu lugar de paz. Acredito.
A vontade é fazer um branquinho aqui. Sentar. Sentir. Observar.
Atrás fica a cerca, a rua. Calma.
À frente, diria, um pequeno vale, a casa, e lá, ao distante, mas nem tanto assim, a serra, montanha, um pico não qualquer que me lembra a infância.
E aqui resgato os meus melhores sentimentos, minhas mais significativas alegrias, meus mais desafiadores sonhos.
Tenho risos tímidos, gargalhadas, palavras dançando na minha sala, na cozinha, no quintal, o tinlindar de taças amigas, mesmo em telas, e as minhas nos meus momentos comigo mesma, a vida em incontáveis formas e algumas me arregalam os olhos. Tenho batuques em silêncio e os que mecanicamente opero. Tenho os silêncios, estes todos que me povoam e gritam aqui, na mente, no corpo, no espírito viciado em não aquietar.
E me torno, refaço, reconstruo em todas as desejadas descobertas não necessariamente desconhecidas, alcançadas agora pelo olhar, no sentir da plumagem do tempo e tantas das suas formas.
Encontrei o meu lugar de paz.
Nem sei explicar.
Usufruo.
Agradeço.
As gotas d'água, as flores, o mato, as pedras, a terra, os bichos, o sol, a lua. O silêncio.
E como é delicioso o silêncio.
Dos meus medos, das raivas, das intrigas, dos desassossegos, das vozes ruidosas, confusas, cheias de infestações.
Encontrei o meu lugar de paz.
Repouso.
Descanso.
Trabalho.
Sentido.
Força.
Serviço.
Potência.
De existência.
Significar.
Ser.
Encontrei o meu lugar de paz.
Aqui, neste chão sobre o qual firmo os meus pés.
Ali e acolá, noutras terras em que o meu coração se inspira.
Tramita a passos largos na Câmara dos Deputados, e só não foi provado hoje (2/maio) porque teve pedido de vistas, a PEC que prevê anistia aos partidos políticos por propaganda abusiva e irregularidades na distribuição do fundo eleitoral para mulheres e negros. E na ânsia pelo perdão do não cumprimento da lei, abraçam-se direita e esquerda, conservadores e progressistas. No Brasil, ainda que mulheres sejam mais que 52% da população, a sub-representação feminina na política institucional é a regra. São apenas 77 deputadas entre os 513 parlamentares (cerca de 15%). E no Senado, as mulheres ocupam apenas 13 das 81 cadeiras, correspondendo a 16% de representação. Levantamentos realizados pela Gênero e Número dão conta que apenas 12,6% das cadeiras nos executivos estaduais são ocupadas por mulheres. E nas assembleias legislativas e distrital esse percentual é de 16,4%. Quando avançamos para o recorte de raça, embora tenhamos percentual de eleitos um pouco mais elevado no nível federal, a ime
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