A hora e a vez da sociedade?
Esta é, sem dúvida, a demanda mais crescente do século. Uma urgência que fala alto. Por vezes grita, mas não tanto quanto o respeito das chamadas autoridades públicas ao espaço, ao momento e à voz da sociedade. Elas tumutuam, esvaziam e, por fim silenciam a ágora, reduzem asassembléias populares a palcos de aplausos aos seus grandes feitos e para de suas vaidades.
Resultado?
Comunidades em desprezo à participação social. Justo. Posto que suas vozes são emudecidas pelo barulho da onipresença das autoridades.
Aí, se não há audição à minha voz por que devo estar? Por que devo fazer parte? Por que devo me por a construir o comum?
E assim progride o desserviço da disfunção da representação política pela substituição tácita, apequenadora da ação cívica e do exercício livre da cidadania.
É a cultura do endeusamento das autoridades, que desconhecem ou não ligam para o fato de que a tal autoridade que eventualmente possuem não provém de si, mas da representar o povo. O que significa, portanto, que O povo silenciado é o mesmo que autoridade esvaziada.
Sobra só a vaidade e o desfile do vazio político nos salões, nas praças, nos púlpitos, assombrando as instituições, destruindo o coletivo, desfazendo qualquer chance de evolução social e política.
E assim, afundamos, porque não aprendemos que ninguém tem autoridade de si para si.
Toda autorida de um fim único: SERVIR ao coletivo.
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