Ando de ônibus para cima e para baixo e ai, sendo aqui o Brasil, o fato de morar na Capital Federal, neste quesito, não há qual privilégio para os usuários do sistema público de transporte do DF, antes pelo contrário. Mas, tirando o desconforto e todo aquele leque assombroso de problemas que pesa sobre quem anda de transporte coletivo, há uma vantagem que de outra forma, dificilmente, seria possível perceber: observar pessoas em ações, reações, comportamento e atitudes individuais e em relação a outras pessoas, e gosto muito disso. De verdade.Gosto de observar gente e isso sempre se traduz, para mim, em enorme aprendizado (fora a diversão, muitas vezes).
Pois bem, nesta sexta-feira, 05 de abril de 2013, no ônibus, lá estava eu a observar e uma coisa me chamou a atenção. Antes porém, preciso dizer, de verdade, que sou do estilo mulher básica de ser. Exageradamente básica, admito. E explico isso para justificar que ficar de olho no que as outras mulheres vestem ou deixam de vestir, calçam ou deixam de calçar, que bolsa usam, por exemplo, definitivamente, não é me atrai, não é uma passatempo para mim, como usualmente o é para as demais mulheres. Apesar disso, hoje me chamou a atenção as roupas das garotas no ônibus, e tudo porque eram estudantes a caminho da escola, faculdade, "vestidas para matar". Sim, com aquela mega produção hollywoodiana. E sim, eu sei que o meu risco de fazer um julgamento muito errado, é de algo perto de 80%, talvez mais. Mesmo assim, vamos lá.
Tudo isso, desenrolou na minha mente aquele questionamento acerca do quão facilmente nos desviamos do propósito. Digo isso, no sentido de que, provavelmente, a razão daquela produção das garotas, está em que o objetivo delas na escola, não seja, necessariamente, estudar, mas atrair algum rapaz ou a balada após a aula. E ai está, a meu ver, o desvio de propósito, o deter-se em tempo e cuidados excessivos com o que não se relaciona com o motivo de estarem na escola. E me inevitável, não fazer disso uma alusão à nossa vida, quando, tantas vezes, coisas e motivações outras que não o propósito de Deus para a nossa vida, ocupam mais tempo e nos tomam mais dedicação que a nossa missão cristã e vocação.
Observo, que é cada vez mais comum, facilmente nos distrairmos com a vida mundana, ou seja, a aplicação de valores e comportamentos mundanos ao nosso modo de vida, como por exemplo, aqueles que definem valor de pessoa e que conduzem as relações no nosso contexto de vida social que seguem o caminho da coisificação de gente , quando amamos as coisas e usamos as pessoas. E assim, me é impossível conceber que o desvio de propósito possa conduzir a bom êxito. O fim, é um só: vazio do sentido de ser, de existir e passa por desconexão de Deus e isolamento, exaltação do eu e desprezo de Deus, endeusamento do homem e descaracterização vocacional.
O caminho para não cair no lugar comum é manter viva a ardente expectativa e não se envolver com os negócios desta vida, o que entendo, aqui, em manter no coração o ardor de propósito e a consciência vocacional, o que somente é possível com o exercício dos mesmos nas relações relações diárias na comunidade cristã e no meio no qual estamos inseridos.
Servir é a essência.
É preciso manter o alvo sempre à vista.
Até breve, amigos.
Ádila Lopes
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