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Partidos não possuem o monopólio da política

A foto é de 2018 e o cartaz original diz que os partidos não são donos do Estado. É verdade. E isso precisa ficar bem claro. É também verdade que PARTIDOS NÃO POSSUEM O MONOPÓLIO DA POLÍTICA. Vamos lá. 1. Os partidos são muito importantes, fundamentais na política. 2. Sou filiada a um partido político e trabalho ardorosamente para construí-lo. É a @redesustentabilidade. Aliás, sou dirigente partidária e compartilho a responsabilidade de porta-voz desse partido aqui no DF (o que corresponde à presidência em outras organizações partidárias). 3. Se a sustentabilidade ética, social, econômica, cultural, estética, política e ambiental diz algo para você, muito provavelmente eu desejarei muito que você construa a REDE conosco. Mas, veja bem, OS PARTIDOS precisam aprender que NÃO POSSUEM O MONOPÓLIO DA POLÍTICA. Os partidos precisam aprender a respeitar o espaço do protagonismo da sociedade e reconhecer seu valor. E mais, os partidos precisam aprender a se colocar a serviço dos núcleos vivos

// política por espasmos, até quando?

Um dos grandes problemas e por vezes desserviços dos fazedores de política à própria política? Vou chamar aqui de POLÍTICA POR ESPASMO. Agentes e partidos políticos só se mexem quando um irresponsável rompe todos os limites de desumanidade. O espasmo é uma contração de proteção do organismo e tem seu lugar na existência. E ele alerta sobre cuidados, medidas urgentes que se desdobram (ou não) em ações estruturais ou de longo prazo. Viver de espasmos pode provocar danos irreparáveis se as causas não forem tratadas. Nos temos habituado à política do contra e esquecido o elementar propositivo que requer pensar, organizar, integrar o diverso, abrir mão de determinados pontos para compor em prol de uma estratégia consistente que se faça capaz de transformar quadros. Bolsonaro faz uma sandice e mergulha nela. Ou não cumpre as suas responsabilidades elementares e só quando uma situação de caos acontece, daquelas que escandaliza o diabo, agentes políticos e partidos se mexem. Espasmo. Tem seu l

#c2 | Sobre esperança

É hábito comum consagrarmos à esperança um estado de desejo estático, figurativo e preso ao tempo. Esquecemos que a força realizadora é a sua alma e pulso. Talvez, por isso, no esperar apenas, desesperançamos. A cabeça pesa com medo, ansiosa. Pés imobilizados apenas deslizam nas próprias angústias. Mãos ferem e se ferem. Trêmulas, nada suportam. Coração estufa o peito de dor. E a mente estrangula a alma, e aos gritos impõe a ordem da intolerância, inconstância, inconsequência de existir num vagar escuro do despenhadeiro do destino. Esperança é ato primeiro, âncora de consciência à alma e que dá alimento aos sonhos e dimensão a um vigor extraordinário, capaz de pô-los em movimento numa jornada em que cada passo conta, fortalece, transforma e aponta o passo seguinte. É assim que a nossa respiração segue no compasso adequado à vida. É com essa imagem que respondo ao questionamento que me foi feito, tempo desses, sobre como me mantenho uma pessoa esperançosa. Penso que a imagem do moviment

#c1 | Sons que nos habitam

Todos os dias somos visitadas por sons. Alguns podem se fazer apenas ruídos (ou são de fatos). Podem nos agredir, embalar, inspirar. Sons, algumas vezes são memórias. De todo tipo. Também podem ser compasso a uma ação. Ou antes e depois disso, celebração de um marco qualquer, de um tempo que finalmente chegou ou passou. De um singelo existir. Sons podem ser o imperativo à necessidade do silêncio - de emoções, de pensamentos, de um fazer que se perdeu ou que precisa apenas deixar de ser por um instante e se recompor noutros sentidos. Os sons podem ser morte ou vida pulsando. E, tão diversos quanto suas expressões que nos chegam aos ouvidos, reconhecidos ou despertando curiosidade ou repulsa, são os seus sentidos. As vezes passamos por ciclos tão avassaladores que até os silêncios são muitos sons nos falando coisas. Escutamos? O que efetivamente nos disseram? Deveriam? De repente, por aqui, alguns cânticos novos ocuparam meus ouvidos tão fortemente que precisei parar o que fa

Liderança e equipes alinhadas

Conseguir manter equipes alinhadas é um dos grandes desafios de liderança. É processo perene. Explico. Liderar e alinhar equipes não se trata de juntar grupos de pessoas, expor a elas os objetivos de um projeto, distribuir tarefas e fazer cumprir uma agenda de trabalho em medidas simétricas às metas postas e desejadas. Isso não se dá nem quando, eventualmente determinado grupo já tem uma profunda conexão de valores e de modo operativo. Pressão sobre o valor do trabalho não resolve. Informação do que está acontecendo no mundo, pura e simplesmente, pouco menos. A razão é simples. Se máquinas fôssemos precisaríamos de manutenção e cuidados, como um carro, por exemplo. A nossa complexidade e valor, todavia, e que bom, sobrepujam a uma máquina. Nossas engrenagens emocionais, psíquicas, de construção e manutenção de valor, ação e existência, exigem muito além de troca de óleo, revisão, combustível de boa qualidade, respeito aos limites do motor, cuidados na aceleração e freio e limpeza. Temo

Encontrei meu lugar de paz

Encontrei meu lugar de paz. Acredito. A vontade é fazer um branquinho aqui. Sentar. Sentir. Observar. Atrás fica a cerca, a rua. Calma. À frente, diria, um pequeno vale, a casa, e lá, ao distante, mas nem tanto assim, a serra, montanha, um pico não qualquer que me lembra a infância. E aqui resgato os meus melhores sentimentos, minhas mais significativas alegrias, meus mais desafiadores sonhos. Tenho risos tímidos, gargalhadas, palavras dançando na minha sala, na cozinha, no quintal, o tinlindar de taças amigas, mesmo em telas, e as minhas nos meus momentos comigo mesma, a vida em incontáveis formas e algumas me arregalam os olhos. Tenho batuques em silêncio e os que mecanicamente opero. Tenho os silêncios, estes todos que me povoam e gritam aqui, na mente, no corpo, no espírito viciado em não aquietar. E me torno, refaço, reconstruo em todas as desejadas descobertas não necessariamente desconhecidas, alcançadas agora pelo olhar, no sentir da plumagem do tempo e tantas das suas formas.

Da cerca pra fora

Às vezes a gente só precisa sair uns 20 metros da toca para expandir um pouco mais o contato com a vida e suas outras cores. Quanto me apareceu a casa onde resido atualmente comentei com uma amiga: agora viro ermitã de vez. Ela respondeu: só se quiser. Alguém dirá. Nossa, rueira como você é? Sou nada. Só fake. Eu gosto mesmo de ficar enfiada em casa. E aí, cara, tô no mundo perfeito. Tenho Internet banda larga. O celular não tem sinal. Tenho verde pra tudo que é lado. Tenho mais livros do que sou capaz de ler. Todas as minhas responsabilidades de trabalho podem ser atendidas através dos recursos de que disponho. Claro que isso vira o melhor dos mundos para pessoa como eu. Meu aniversário, por exemplo, foi lindo. No domingo anterior reuni com a família, almocei, brinquei, comi de novo e vim embora. Lindo. No dia oficial recebi cesta de café da manhã e na sequência ligação das amigas pra tomarmos café juntas, depois almoçamos juntas. Poxa, só não foi perfeito porque eu preferia aquele ab