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Força da Autoridade vs Autoridade da Força

A verdade é que, NUNCA, a autoridade da força significou por longo tempo a força da autoridade. Se formos observar, só os conflitos mais "vistosos" das duas grandes guerras já deveriam, para esta geração, ser suficientes em provar que menos é mais. Mas, não. Terminar a primeira guerra impondo uma humilhação à Alemanha para impedi-la no seu desejo imperialista, tal qual seus pares, não impediu outro conflito mundial. Muito ao contrário, repousaram ali e foram muito bem acolhi dos, todos os sentimentos que rascunharam as ideologias da segunda grande guerra mundial. Séculos e séculos de exploração, dominação, humilhação aos olhos de todos os habitantes desse magnífico e miserável planeta não ficariam reduzidos às lágrimas dos oprimidos. De norte a sul, leste a oste, nas grandes metrópoles e nos rincões desconhecidos, o que a nós vemos é a apenas repetição em escalas diversas, com lastros de alcance diferentes, porém, com o mesmo potencial perigoso e avassalador, espe

Somos sempre mais do mesmo (?)

Somos mais do mesmo sempre. E, às vezes, é  desanimador. Começamos coisas travestidas de nova mentalidade, de avanço no pensamento e modo de ver e organizar o mundo. De repente, damos no mais do mesmo. Os velhos muros entre homens e mulheres, definindo na Igreja. Tipificação de "missão de homem vs missão de mulher", no clássico "cabeça baixa, silêncio e "submissão", continuam sendo erigidos. As velhas cercas de arame farpado que mostram  à juventude  um "novo mundo" - "livre e interativo" - , ao tempo em que a impede de ir além de um metro quadrado de questionamento, sob o risco de sangrar até morrer porque a liberdade vai apenas até o limite da obediência tácita da vírgula que entorta o texto, não a permitindo ser posta em outros pontos da escrita para fazer sentido ao que se lê, e significado ao que se deve viver. Sim, as cercas estão aí, brilhantes no papel de delimitar claramente o "novo mundo" ao mundo velho. A v

Como é que faz pra sair da ilha?

Dá uma olhada nesse visual. É bonito, não é? É como diz a canção "(...) quem sobe só para regular antena, reforça a ponte de safena". Pois bem, Senhoras e Senhores, a ponte NÃO PODE continuar a ser somente "para atravessar (...) num vai e vem", cedinho, ainda escuro, tentando-se chegar aos casarões dos poderosos (mesmo aqueles que recebem o nome de públicos); e depois, já à noite, o vai e vem se restringe ao percorrer escuro do cansaço. Não, a ponte NÃO É SOMENTE PARA ATRAVESSAR. A ponte, Senhoras e Senhores, PRECISA ser, essencialmente, para acesso livre ao patrimônio natural da nossa cidade, em seu símbolo grandioso, a ORLA DO LAGO PARANOÁ, onde ali, Senhoras e Senhores, sob sombras se fazem latifúndios no espaço público, no patrimônio natural, na área de preservação ambiental ou, simplesmente, na área verde de toda a sociedade brasileira, e nós, sociedade, calados, sentenciados a somente atravessar, "caminhar sobre as águas desse momento&quo

Brasília está de luto, um menino de 11 anos morreu

Na manhã desse domingo uma criança de 11 anos foi encontrada amarrada e carbonizada em uma região da Santa Luzia, na Cidade Estrutural. Diante de algo tão cruel e violento precisamos refletir no tipo de cuidado e atenção que damos as nossas crianças e nos níveis de barbárie que temos estabelecido nas nossas relações sociais. Uma criança é sempre responsabilidade de toda a sociedade e não apenas de seus familiares. Brasília perde e deveria amanhecer de luto. Todos precisam saber que um menino morreu queimado e que isso é responsabilidade de todos nós. Que isso é um absurdo e deve paralisar nossas rotinas e nos fazer refletir nas escolhas que temos feito enquanto sociedade. Na segunda-feira em todas as escolas e em todos os espaços de trabalho e atividades coletivas deveria haver um minuto de silêncio e homenagens a esse menino desconhecido, mas que se torna tão presente em nossas vidas pela tristeza que nos causa saber que morreu tão cedo e de forma tão cruel. Esse men

O autoritarismo silenciando a autoridade dos bons gestos

Autoridade e Autotarismo. A raiz é a mesma. O desenvolver dos significados diversos. Intensos. Os tempos nos impõem urgente necessidade crítica sobre a que  palavras desejamos dar significado às nossas ações, militância, processos - dos mais simples no cotidiano aos mais complexos embates das negociações políticas e sociais. Autoridade se faz pelo que somos em consonância com que falamos e fazemos. No autoritarismo, ao contrário, há vezes em que até faz. Normalmente, porém, é apenas uma fala desacompanhada do tornar-se. Portanto, somente um manifesto palavresco sem sentido,  um distanciamento do diálogo e por isso mesmo, uma posição de imposição aos gritos ou ao silêncio tão violento quanto o falar sob embate. Um ciclo de desinteresse nos processos e cego enfoque no resultado de poder. Por vezes nós agimos assim, sem nos percebermos prisioneiros do que nos dizemos combater. É o vício do comportamento preponderante da nossa sociedade, em velada disputa por todos os at

Os ensinos da floresta

Marina Silva repete bastante, e nos seria valioso aprender, que não falta tecnologia, dinheiro, etc. Falta ética. Aproveito e abro um parêntese para repetir, também o que tenho ouvido bastante da Jane Maria Vilas Bôas,Presidente do IBRAM, aos servidores daquele órgão, sobre o quanto é fundamental para ter a sociedade aliada, a inclusão, o que é expresso no vídeo que segue logo abaixo. Quando a ética do cuidado e os processos de inclusão começarem a compor nosso arcabouço comportamental e moral é bem possível que consigamos evoluir e dar passos mais largos na sustentabilidade para além do discurso. Ética do cuidado como processo regenerativo da sociedade. Inclusão nos processos , na responsabilização por aquilo que é de todos, a partir da consciência de que todos podem ser capazes de preservar e melhorar os sistemas dos quais fazem parte. Isso é revolução. Isso pode nos levar a construir uma sociedade mais justa e sustentável. Isso dá trabalho e nos exige e

Interessante é

Interessante é como a todo instante que nos deparamos com a questão Deus e a nossa relação com ele. A primeira reação é colocá-lo distante, um ser incomunicável, frio e que assim deseja manter-se em relação a nós, numa incompreensível relação de autoritarismo em que ele fala e não entendemos e tudo bem. O mais crítico (e bom) disso tudo é que, a bem da verdade, a verdade não é essa. Ele sente falta de conversar intimamente conosco, do rico diálogo do Éden todos os dias e, por isso, Ele nos ensina a COMUNHÃO, a expressão daquela capacidade de diálogo, perdida lá atrás quando julgamos por liberdade o distanciamento, o isolamento, o individualismo ou, a sua materialização mais vil, simplesmente a apatia e concordância tácita com o que nos é apresentado sem nos permitir ao exercício do questionamento sob a desculpa de que isso nos aparta do Criador, quando desprezar as perguntas é justamente romper a comunhão. O criador sonha e festeja todas as vezes exercemos a soberania da intel