Dá uma olhada nesse visual.
É bonito, não é? É como diz a canção "(...) quem sobe só para regular antena, reforça a ponte de safena".
Pois bem, Senhoras e Senhores, a ponte NÃO PODE continuar a ser somente "para atravessar (...) num vai e vem", cedinho, ainda escuro, tentando-se chegar aos casarões dos poderosos (mesmo aqueles que recebem o nome de públicos); e depois, já à noite, o vai e vem se restringe ao percorrer escuro do cansaço.
Não, a ponte NÃO É SOMENTE PARA ATRAVESSAR.
A ponte, Senhoras e Senhores, PRECISA ser, essencialmente, para acesso livre ao patrimônio natural da nossa cidade, em seu símbolo grandioso, a ORLA DO LAGO PARANOÁ, onde ali, Senhoras e Senhores, sob sombras se fazem latifúndios no espaço público, no patrimônio natural, na área de preservação ambiental ou, simplesmente, na área verde de toda a sociedade brasileira, e nós, sociedade, calados, sentenciados a somente atravessar, "caminhar sobre as águas desse momento", permanecemos à sombra do que nunca nos assumimos dever ser, cidadãos.
Mas, "como é que faz pra raiar o dia?
No horizonte, no horizonte
Este lugar é uma maravilha
Mas como é que faz pra sair da ilha?"
A ponte, Senhoras e Senhores, PRECISA ser um conector de mundos, não só um atravessador de angústias.
Para sair da ilha, Senhoras e Senhores, é preciso movimento, é preciso que nos percebamos proprietários daquilo que é nosso e os poderosos insistem tomar para si, sem a titularidade individual que arrogam aos seus cofres, porque ali, a titularidade é coletiva e a Orla é do Povo, e precisa se consolidar, livre.
Há problemas?
Sim, Senhoras e Senhores, há problemas de naturezas diversas e são da minha e sua responsabilidade. Mas, a natureza da nossa Constituição Federal impõe, #OrlaLivre.
Há muito o que fazer e vai demorar?
Sim, Senhoras e Senhores, há bem mais a fazer do que aquilo que conseguimos mensurar, e a NÓS, ea mim e a você, cabe cobrar do Estado e seus governos, que compartilhem conosco a responsabilidade de fazer porque Brasília exige, uma #OrlaLivre.
A sociedade precisa entrar em movimento e PERMANECER em movimento. Do contrário, nunca deixará de ser expropriada pelos poderosos, mandatários de grandes e espúrios negócios, que buscam tão somente a manutenção do status quo que opera nesse país.
Precisamos sair da ilha:
- do conformismo;
- do individualismo;
- da entrega sem resistência aos que tem a caneta na mão, esquecendo que o papel é nosso.
O papel é nosso, Senhoras e Senhores, tomemos também a caneta e escrevamos a história da nossa cidade com as letras da democracia, da plena participação social, do acesso aos bens públicos, inclusive ao nosso patrimônio natural.
---
Pois, Senhoras e Senhores ... a orla tá ali, tão perto e tantas vezes, tão longe. Não esqueçamos: os poderosos NUNCA param e a missão nº 1 deles é nos silenciar.
Como é que faz pra sair da ilha?
---
Decisão do STJ permite retomada de obras de revitalização na orla do Lago Paranoá
Quanto aos trabalhos de desobstrução, governo precisa aguardar posição da Vara de Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do DF
Comentários
Postar um comentário