Se formos observar, só os conflitos mais "vistosos" das duas grandes guerras já deveriam, para esta geração, ser suficientes em provar que menos é mais. Mas, não.
Terminar a primeira guerra impondo uma humilhação à Alemanha para impedi-la no seu desejo imperialista, tal qual seus pares, não impediu outro conflito mundial. Muito ao contrário, repousaram ali e foram muito bem acolhidos, todos os sentimentos que rascunharam as ideologias da segunda grande guerra mundial.
Séculos e séculos de exploração, dominação, humilhação aos olhos de todos os habitantes desse magnífico e miserável planeta não ficariam reduzidos às lágrimas dos oprimidos. De norte a sul, leste a oste, nas grandes metrópoles e nos rincões desconhecidos, o que a nós vemos é a apenas repetição em escalas diversas, com lastros de alcance diferentes, porém, com o mesmo potencial perigoso e avassalador, especialmente considerando os novas evolução da inteligência humana, o que temos é um quadro pintado e vendido sob o melhor do marketing de todos os tempos: guerras, apenas o enfrentamento sangrento resta.
Espera, espera.
Não, não é compreensível perceber aqueles a quem foram imputadas humilhações terríveis, agora insurgirem-se insanos, manipulados, num grito de desespero que inclusive é tão alto que lhe compromete a visão, a humanidade que lhes foi tirada, mas que ainda, por milagre, poderia resistir no escondido da alma amassada de dores e ódio.
Não, não é considerada a possibilidade de exigir dos sempre senhores da guerra que não gostam de crianças, simplesmente respeitarem a diversidade da cultura mundial, a necessidade de se humilharem e compreenderem que as explosões mundiais, literais ou não, que agora dizimam em seus quintais suas peles rosadas, são a colheita dos séculos de humilhação a que submeteram povos.
Não, não senhores, não cheguei ao ponto insano de defender o que no mundo afora e bem aqui do nosso lado se repete: intolerância e derramamento de sangue, cassação de sonhos de ser gente. As minhas trêmulas ideias só fazem coro ao que todos já sabemos: nos perdemos de nós e nos entregamos aos nossos monstros. Estamos descontroladamente possuídos por aquela força estranha, a qual nos aliamos, aquela capacidade malévola de destruir, de matar e de roubar.
A crise de valores que nos assombrava, já agora talvez, nos tenha entorpecido a alma e, ou paramos tudo, descemos da nossa arrogância ou, simplesmente nada restará fazer, senão entrar na maré que arrasta a todos e nos entregarmos a sua força destruidora.
Orando pela esperança de que ainda seja possível um novo mundo para além dos nossos pequenos mundos - sem fronteiras ao bem, é assim que devem ser.
Porque justiça não é simplesmente condenar.
E paz não significa ausência de enfrentamento.
E liberdade não é o mesmo que fazer o querer próprio.
E paz não significa ausência de enfrentamento.
E liberdade não é o mesmo que fazer o querer próprio.
Porque nunca precisamos tanto dialogar sobre amor!
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