Pular para o conteúdo principal

Interessante é

Interessante é como a todo instante que nos deparamos com a questão Deus e a nossa relação com ele. A primeira reação é colocá-lo distante, um ser incomunicável, frio e que assim deseja manter-se em relação a nós, numa incompreensível relação de autoritarismo em que ele fala e não entendemos e tudo bem.
O mais crítico (e bom) disso tudo é que, a bem da verdade, a verdade não é essa. Ele sente falta de conversar intimamente conosco, do rico diálogo do Éden todos os dias e, por isso, Ele nos ensina a COMUNHÃO, a expressão daquela capacidade de diálogo, perdida lá atrás quando julgamos por liberdade o distanciamento, o isolamento, o individualismo ou, a sua materialização mais vil, simplesmente a apatia e concordância tácita com o que nos é apresentado sem nos permitir ao exercício do questionamento sob a desculpa de que isso nos aparta do Criador, quando desprezar as perguntas é justamente romper a comunhão.
O criador sonha e festeja todas as vezes exercemos a soberania da inteligência que ele colocou em nós e, que ou outra maneira há de se começar esse processo se não pelo questionamento?
Sim, é isso mesmo, o Criador nos deseja semelhantes a crianças, tagarelas, curiosas, que querem saber o porquê de tudo. Ele fica extremamente orgulhoso quando isso nos ocorre. Ao contrário do que querem nos fazer acreditar alguns, todas as vezes que questionamos damos um passo de aproximação a Ele e isso é uma habilidade que precisa ser desenvolvida, resgatada dentro de nós. Questionar é a chave que abre a porta da comunhão.
Não questionar nos submete aos agouros dos mais frágeis e insignificantes verbetes como fossem a regência do cosmos e portanto, à escravidão do acharmos ser pelo ter, na percepção de apenas nós.
Frágil escolha, esta.
Interessante é que ainda assim, Ele, o Eterno, nos orienta o caminho do Éden nas relações que construímos no cotidiano.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Democracia e representatividade: por que a anistia aos partidos políticos é um retrocesso

Tramita a passos largos na Câmara dos Deputados, e só não foi provado hoje (2/maio) porque teve pedido de vistas, a PEC que prevê anistia aos partidos políticos por propaganda abusiva e irregularidades na distribuição do fundo eleitoral para mulheres e negros. E na ânsia pelo perdão do não cumprimento da lei, abraçam-se direita e esquerda, conservadores e progressistas. No Brasil, ainda que mulheres sejam mais que 52% da população, a sub-representação feminina na política institucional é a regra. São apenas 77 deputadas entre os 513 parlamentares (cerca de 15%). E no Senado, as mulheres ocupam apenas 13 das 81 cadeiras, correspondendo a 16% de representação. Levantamentos realizados pela Gênero e Número dão conta que apenas 12,6% das cadeiras nos executivos estaduais são ocupadas por mulheres. E nas assembleias legislativas e distrital esse percentual é de 16,4%. Quando avançamos para o recorte de raça, embora tenhamos percentual de eleitos um pouco mais elevado no nível federal, a ime

Bereshit → Rosh = Cabeça!

Bereshit é a primeira palavra da Bíblia. Moises não escreveu Gênesis - ele não conhecia esta palavra. Ele escreveu Bereshit. Gênesis foi a tradução dada pela septuaginta (tradução grega da Bíblia), de onde vieram os nomes dos livros do chamado Pentateuco. Os 5 livros de Moises são conhecidos em Hebraico como os 5 quintos ,ou seja 1 inteiro. Cada um dos livros sugere uma parte de um todo e Bereshit a primeira delas. O nome dos livros da Bíblia em Hebraico é o nome da primeira palavra, por isso o nome de Gênesis que significa No principio. A raiz da palavra Bereshit é palavra Rosh que significa Cabeça! A primeira palavra da Bíblia - No Cabeca marca o principio de Deus. Para o homem o principio é o coração, para Deus é a cabeça, e Cristo é o cabeça da nova criação, e nós temos a mente de Cristo! A primeira palavra da Bíblia já fala de Cristo, o cabeça! Col.1:17-18 revela que Paulo sabia de tudo isso. Ele é antes de todas as coisas, Nele tudo subsiste, Ele é a cabeça do corp

De longe somos mais interessantes (?)

"A distância iguala tudo".  É quando se está perto que as diferenças e desigualdades se tornam visíveis e passam a incomodar e ai, ou nos empurram para longe outra vez, ou nos movem para  a construção coletiva rumo a um novo caminho. A frase de abertura desse artigo foi capturada de um filme, o documentário "Lixo Extraordinário" e ela é dita por Vik Muniz. Desde que a ouvi, tenho tentado não esquecê-la, mas permitir que o incômodo que ela me provoca, se reproduza num processo de transformação interior frente ao que há dentro dela, segundo o meu ponto de vista. É engraçado que nós sabemos que nos é impossível uma vida plenamente saudável (física, emocional e espiritual) se escolhemos o caminho do isolamento ou como queremos crer, do distanciamento.  À distância vemos uma rosa, não seu espinho;  À distância vemos um rio, não o seu odor; À distância vemos um lixão, não a degradação que o habita; À distância vemos o nosso Congresso Nacional, não o