Em dado momento faltou-lhe ar. Faltou-lhe a palavra. Faltou-lhe verbalizar o que sentia, via, pensava. E, por anos emudeceu. Havia muita energia e um rigor militar em tudo o que fazia para cumprir as responsabilidades que lhe foram confiadas. Até que, em outro momento, não de repente, mas sob uma ordem de amar, a capacidade de questionar lhe aflorou à mente, novamente. Uma feroz batalha interior minava lentamente seu rigor e seu fervor para aquelas demandas que se haviam feito sua senhora.. Sobrevivia entre o esforço de aprender a amar, como fora ordenado, e a sufocante e crescente percepção de ter-se tornado uma farsa. Sim, ao findar as tarefas, inúmeras de cada dia, resistia apenas a sombra da frágil existência de quem vive uma farsa sob o julgo de estar absolutamente comprometida pelo que representa, na farsa. Uma oração, todos as noites: Senhor, por favor, ajude-me a descobrir como não ser uma farsa! Tirar máscaras traz o alívio de respirar sem t