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Enfim, o adeus!

O futuro não é o resultado de escolhas entre caminhos alternativos oferecidos pelo presente, e sim um lugar criado. Criado antes na mente e na vontade, criado depois na ação. O futuro não é um lugar para onde estamos indo, é um lugar que estamos criando. Os caminhos não são para serem encontrados e, sim, feitos. E a ação de fazê-los muda ambos, o fazedor e o destino" (John Schaar) Assim, acredito. Depois de quase três anos intensos, contribuindo na assessoria da presidência do Instituto Brasília Ambiental, com trabalho duro, forte, firme e buscando ser o mais consistente possível para colaborar na construção do futuro no qual acredito, sobre uma estrada de múltiplos encontros de saberes, necessidades e oferecimentos de contribuições incontáveis, fez-se o adeus oficial. Gratidão! Meus horizontes se ampliaram, como eu nem imaginava. Aprendi bastante sobre esse pedaço da nossa casa comum, o DF, e muitas das suas demandas e do que esse pedaço de chão que ousamos chamar

Sobre liberdade

A liberdade é controversa, paradoxal muitas vezes e, absolutamente misteriosa. Eu a valorizo profundamente e me aplico com sincero e responsável compromisso de vida, por tentar compreendê-la e exercitá-la. Confesso. Hoje (e já tem 6 anos), faço menos "orações" e nelas não consigo sair do enredo: pedido de perdão dos pecados que cometo todo dia, pedido de renovo da graça e misericórdia do Criador sobre a minha vida, resgatando a minha humanidade, e agradecimento. Muito raramente consigo ir além disso e acho que nisso está tudo. Sei lá. Há 6 anos, depois de servir numa congregação evangélica por 7 anos, como pastora, e outros 6 anos em outras tantas funções, deixei aquela "comunidade". Muita coisa tem rolado debaixo da ponte desde então e tenho tentado olhar para dentro de mim para me exercitar em conhecer as minhas podridões, tanto quanto o que há em mim que possa ser útil para a minha geração, em serviço. Eu era absolutamente apaixonada, dedicada, inteira no

Pessoas virtuosas por instituições virtuosas

Ouvir Marina Silva e acompanhar as suas práticas políticas é um exercício e tanto de aprendizado. Ela é uma pessoa ímpar, por isso procuro prestar bastante atenção ao que diz, matutar, refletir, observar a congruência do seu discurso e prática e absorver o que a minha própria consciência orienta. Admiro especialmente o esforço a que ela se impõe, assim vejo, para que as pessoas se assumam cidadãs responsáveis pelos próprios destinos e para que percebam o quanto isso concorre para o destino coletivo. Admiro a visão de liderança que estimula as pessoas à emancipação. Admiro sua capacidade de provocar processos de pensamento com falas instigantes como quando diz: "Pessoas virtuosas constroem instituições virtuosas que corrigem as pessoas quando falham em suas virtudes". Tenho pensado muito sobre o significado e importância disso e, se e como temos nos desafiado a perceber o valor de, no processo democrático e na relação das forças políticas com a estrutura do Estado, em que

MENSAGEM PRA JUVENTUDE

À Juventude de Luta e de Paz. É nos mistérios da juventude encontro boa parte de poderosa energia inspiracional para os desafios do cotidiano. E, embora os n ossos tempos sejam muito ruins e tanto piores para as juventudes - que se veem dizimadas pela violência; em escalas absurdas de desequilíbrio de oportunidades para desenvolvimento de seus potenciais e sua cidadania e tantas vezes, silenciadas nos campos de disputa de ideais, engessando ideais,  as juventudes continuam fortes, intensas, vibrantes, dinâmicas, sonhadoras, capazes, vivas. É assim que as vejo e por isso não posso dizer outra coisa senão: J OVENS, VOCÊS SÃO IMPRESCINDÍVEIS na construção dos processos políticos do nosso país. Sim, o sistema é viciado (mas a origem dos vícios somos nós), por isso, mesmo as novas proposições e construções políticas, tantas vezes, saltam diante de nós como se velhas fossem. É que estão lá os nossos vícios todos, juntinhos, de mãos dadas. Os meus, os seus e os de gerações anteriore

A política será o que formos capazes de construir

Em toda construção da qual faço parte, procuro ter - como ponto de partida à minha caminhada - o que eu estou disposta a aprender fazer e a fazer e, não a expectativa da construção feita que me sirva. Nos tempos atuais, de absoluta desilusão com a política, instituições e agentes públicos que as operam; a desmedida apatia de um lado e a reação sem reflexão do outro; a ausência de disposição para olhar a sociedade e refletir seus dilemas em conjunção com as suas complexidades, pergunto: QUE POLÍTICA, AFINAL, QUEREMOS? Falamos de generosidade, fraternidade, novo tipo de ação, emancipação, processos coletivos e horizontais, colaboração; ações de longo prazo para o curto prazo dos agentes políticos; o serviço como motivação e muitos outros valiosos atributos. Especialmente por causa desse discurso, que reverbera para mim como um ideário, volto a uma das mais ricas ferramentas que temos à mão – o questionamento. Quanto estamos dispostos, a começar de nós, a aproximar esse dis

Política e políticos

Há muito Marina Silva fala sobre "políticas de longo prazo para o curto prazo dos políticos". Tenho pensado muito acerca dessa chamada à reflexão e o que ela significa para mim quando olho, o papel do Estado, o seu funcionamento, a interação entre os poderes, as demandas da sociedade, a participação da sociedade. Claro que hoje, quase três dentro de um pedaço da estrutura do Estado, este por sinal, que tem interação fortíssima e tensa com outras tantas partes desse mesmo Estado e com a sociedade, tenho outro olhar de período anterior. Entendo um pouco melhor as dinâmicas, percebo um pouco melhor alguns jogos, desespero-me um pouco mais com determinadas ações e incrivelmente, esse um pouco menos ou mais não necessariamente parte dos mesmos lugares de onde eu imaginava partir tempos atrás. Algo guardo com muito seriedade: SEM POLÍTICAS DE LONGO PRAZO PARA O CURTO PRAZO DOS POLÍTICOS nunca sairemos do atoleiro social em que estamos e do estado de crise representativa a que

Aprender contínuo

Às vezes é preciso deixar -se flutuar, leve, sobre águas, mesmo turvas é preciso considerar, com sinceridade, o não controle dos dias às mãos humanas, calejadas de medos é preciso creditar à luz, cuja origem não somos nós, isolados em nós, o apontar de inusitados caminhos surpreendentes  um aprender contínuo  em ciclos  vivos