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É possível viver como Cristo viveu?

O desafio é: Como Jesus Cristo viveu? * Você consegue listar? Depois, e eu, no que a minha vida se assemelha à vida de Cristo? * Há algum rascunho de Cristo nas nossas palavras (sim, muitas vezes). Mas, e nos nossos sentimentos e nas nossas atitudes, o que há de concreto, de Cristo em nós? A nossa expressão de amor, sinceramente, em quase todos os casos, se formos honestos (de verdade), não passa de uma massagem delicada ao nosso ego ou um choque à nossa consciência que pesa com o nosso egoísmo. E nos ofendemos quando alguém nos diz isso. A nossa renúncia é válida até ao ponto que toca naquilo que representa o nosso conflito interior, de quem eu sou e/ou deveria ser, porque o que denunciamos no outro, é o que somos muitas vezes, é a mais dura realidade que temos a enfrentar, não as misérias sociais com as quais nos deparamos se extrapolamos os nossos muros, mas a nossa própria miséria. Essa é a pior realidade e o pior, ela está em nós. Ela somos nós. Não dá para fu

De longe somos mais interessantes (?)

"A distância iguala tudo".  É quando se está perto que as diferenças e desigualdades se tornam visíveis e passam a incomodar e ai, ou nos empurram para longe outra vez, ou nos movem para  a construção coletiva rumo a um novo caminho. A frase de abertura desse artigo foi capturada de um filme, o documentário "Lixo Extraordinário" e ela é dita por Vik Muniz. Desde que a ouvi, tenho tentado não esquecê-la, mas permitir que o incômodo que ela me provoca, se reproduza num processo de transformação interior frente ao que há dentro dela, segundo o meu ponto de vista. É engraçado que nós sabemos que nos é impossível uma vida plenamente saudável (física, emocional e espiritual) se escolhemos o caminho do isolamento ou como queremos crer, do distanciamento.  À distância vemos uma rosa, não seu espinho;  À distância vemos um rio, não o seu odor; À distância vemos um lixão, não a degradação que o habita; À distância vemos o nosso Congresso Nacional, não o

Ela nos traz Ele

Interessante é, como a todo instante que nos deparamos com a questão Deus e a nossa relação com Ele, a primeira reação é colocá-Lo distante, um ser incomunicável, frio e que assim deseja se manter frente a nós, numa incompreensível relação de autoritarismo, em que ele fala e não entendemos, e tudo bem. Mas, o estado crítico disso tudo, é que a bem da verdade, a verdade não é essa. Ele sente falta de conversar intimamente conosco, do rico diálogo que no Éden, Ele tinha conosco - todos os dias, e por isso, Ele nos deixou Bíblia, para que aquela capacidade de diálogo, perdida no pecado, seja restabelecida.  Ora, Deus não nos quer em apatia e concordância tácita do que nos rodeia. Muito ao contrário, o desejo e sonho dEle é que exerçamos a soberania da inteligência que Ele colocou em nós. E que ou outra maneira há, de se começar esse processo, se não através do questionamento? Sim, é isso mesmo, Deus nos quer semelhantes a crianças: tagarelas, curiosas, que querem saber o porquê

Crianças são livres, adultos escravos

Havia uma vila e na vila mulheres, crianças, homens em reinserção social (e a minha primeira pergunta é sobre o porquê de ter que mencionar isso - reinserção social). Havia casebres, entulhos e lixos. Havia trabalho, reaproveitamo de materiais, arte. Havia sonhos.  Uma criança, sob a liberdade que lhe é peculiar. Admirável característica que aliás, perdemos ao 'adultecermos', sumiu.  Houve corre-corre. Houve "desespero". Houve apreensão. Houve medo. Qual a razão disso tudo?  A criança sumiu e aqui tem vários bandidos. Meu coração ruborizou, não pelo sangue que nele corre, mas de vergonha. Afastei-me. Após cinco minutos de buscas na vila a criança apareceu. Claro, como eu imaginava, estava embrenhada nas casas, livre - como são as crianças, brincando. O fato passou e a reflexão que me faço é: Por quanto tempo ainda insistiremos em carregar a escravidão sobre nós? Por quanto tempo ainda desprezaremos a orientação do mestre quanto a ren

Sobre o Orgulho, sobre a nossa natureza

"O orgulho leva a pessoas à destruição, e a vaidade faz cair na desgraça" (Provérbios 16.18 - Bíblia) ---------------------------- Eu sempre fiz questão de guardar esse texto bem vivo na minha memória para não ser o caso de testemunhá-lo na minha trajetória. Aliado a ele, guardo também, a busca por compreender o que Paulo compartilha com os irmãos da Galácia, na carta dirigida a eles, capítulo 6, verso 7 e 8 - "...Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vida eterna". Confesso que, quanto ao primeiro texto, muitas vezes o compreendi no contexto de puro e simples terrorismo, medo de consequência, numa visão bem focada no remorso de más ações. Já no segundo, ainda hoje, procuro sempre me policiar para que o sentimento que o traga à minha memória , seja maior que o

Embora eu queira, não posso mentir

Embora eu queira, não posso mentir Há dias em que a única verdadeira vontade é desistir Há frio no coração Há pensamentos de ações em vão E o calor que resta É somente o da lágrima Escorrendo em outra decepção Há o medo de ter ganância Há a culpa de ter sentido medo Há a ganância por tudo querer Há a certeza de nada possuir Por querer não discerniu Por querer não viu quando ruiu Por querer não percebeu o vil E se feriu Só resta ser? Para quê? Aquecer o corpo e outra lágrima receber? Então, eu poderia mentir E ocupar-me em sentir Que o coração é quente  Que a ganância é farsa Que o medo não existe Que a culpa passou Mas, não Embora eu queira, eu não posso mentir