O desafio é:
A nossa renúncia é válida até ao ponto que toca naquilo que representa o nosso conflito interior, de quem eu sou e/ou deveria ser, porque o que denunciamos no outro, é o que somos muitas vezes, é a mais dura realidade que temos a enfrentar, não as misérias sociais com as quais nos deparamos se extrapolamos os nossos muros, mas a nossa própria miséria. Essa é a pior realidade e o pior, ela está em nós. Ela somos nós. Não dá para fugir dela, por isso tentamos escondê-la em coisas, coisas e coisas a ponto de não conseguirmos mais olhar para dentro de nós, a ponto de não nos reconhecermos na nossa origem, uma natureza corrupta, e ai, nos damos ao luxo de respirarmos aliviados ao nos olharmos no espelho e nos supormos, cristãos.
Como Jesus Cristo viveu?
* Você consegue listar?
Depois, e eu, no que a minha vida se assemelha à vida de Cristo?
* Há algum rascunho de Cristo nas nossas palavras (sim, muitas vezes). Mas, e nos nossos sentimentos e nas nossas atitudes, o que há de concreto, de Cristo em nós?
A nossa expressão de amor, sinceramente, em quase todos os casos, se formos honestos (de verdade), não passa de uma massagem delicada ao nosso ego ou um choque à nossa consciência que pesa com o nosso egoísmo. E nos ofendemos quando alguém nos diz isso.
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A finalidade de Cristo é nos reconciliar com o Pai, disso vem a nossa reconciliação com o mundo que o Pai nos deu para cuidar e com as pessoas que nos foram postas ao lado para nos relacionarmos e ai, talvez resida, a maneira mais óbvia, mais simples (e paradoxalmente) complicada de vivermos como Cristo viveu: ESTABELECENDO RELACIONAMENTOS. Diga-se de passagem, não são encontros casuais, mas a tua vida na minha vida e a minha vida na tua vida, de tal modo que o teu problema é meu, a tua dor é minha, a tua dificuldade (de qualquer natureza) é minha, a tua alegria é minha e a festa que reside em ti, em mim também habita. E o fim é que o mesmo sentimento que havia em Jesus Cristo de Nazaré, começa a correr em nós, também, como um rio vivo, de águas cristalinas, que gera vida em todo o seu curso, e em cujo leito nascem frondosas e frutíferas árvores que alimentam e curam os povos.
Desafiemo-nos, pois a isso: viver como Cristo viveu.
É possível, viver como Cristo viveu?
Creio que sim, se ele nos instrui a isso e sendo, ele próprio, exemplo, sim, é possível.
"Aí Jesus chamou a multidão e os discípulos e disse: — Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe.Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa e por causa do evangelho terá a vida verdadeira". (Marcos 8:34-35)
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