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Mostrando postagens com o rótulo cidadania

Dançando no fluxo da consciência

Quase três anos depois de manter-me longe da literatura de administração e negócios, voltei a folheá-la, revisitando o impulsos de algumas das suas facetas e perspectivas frente. É da edição nº 124 da HSM Management que vem inspiração para estas linhas, não para escrever sobre liderança de mercados e negócios, mas política. "Ausência de ego, a sensação de intemporalidade, a motivação natural e a riqueza criativa, que surgem quando as pessoas estão em êxtase, podem alavancar seu desempenho" . São estes os atrativos com os quais Steven Kotlen e Jamie Wheal nos levam para o artigo 'Habilidades que vêm do fluxo da consciência'. O começo é um registro sobre o desafio de Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google, no dilema da escolha um CEO que desse ao mercado e investidores a segurança que eles, jovens, em 2001, não conseguiam dar. Para além das qualificações técnicas, "eles queriam alguém que conseguisse deixar o ego de lado a fim de compreender

Internet, não-partidos e juventudes: elementos da nova política

Para mim, POLÍTICA é ferramenta de transformação social. Ela pode (e deveria) ser serviço. Também pode (e é na maioria das vezes) dominação de castas. Partindo do que acredito acerca em soma à revolução digital, como nunca antes, a política cada vez mais será dinâmica e desprendida do locus partidário, fruto de redes e redes em conexões extraordinárias, movidas e existindo como a fluidez da dinâmica social e sem o taco pesado dos partidos políticos. É a POLÍTICA firme e forte rompendo com o sistema que a escravizou faz tempo. Ou os partidos se reinventam (alguns tem é que desaparecer e não deixar rastro) para serem movimentos mobilizadores da sociedade ou eles perderão qualquer chance de sobrevivência. E isso logo ali. Sou contra os partidos? Não é que eu seja contra. E você pode e DEVE fazer política independente de partido. Eles ainda são necessários. Apenas ainda. Faço parte de um. Aliás, sou dirigente no partido de que faço parte. Aliás, meu ínfimo tempo após minhas pesadas e

Um ato, mil fatos

Rodoviária do Plano Piloto. Sempre lembro que em alguns momentos do dia isso aqui deve ser um dos tantos rascunhos do inferno que estão espalhados por aí. Tudo acontece na plataforma inferior, na porta do banheiro masculino, em frente ao box E-01. Estou esperando o ônibus para a Asa Norte. Desculpem, vou usar alguns palavrões: Polícia: encosta porra!  Rapaz: pronto, senhor! Pronto, senhor! O policial começa a bater na cabeça do rapaz com o cacetete. Polícia: o que tem nessa garrafa? Rapaz: é água, senhor, é água. Leva mais duas batidas na cabeça e uma no meio das pernas. Polícia: me da aqui essa porra, seu filho da puta e abaixa essa cabeça. Abaixa a cabeça, porra! O policial toma a garrafa e cheira o líquido. Provavelmente identifica que é mesmo água e devolve pro rapaz. Bate mais duas vezes no rapaz, na cabeça e no pescoço, e dispara o último ato de civilidade antes de sair de peito inflado olhando desafiadoramente ao redor com a certeza

Arrogância vs Diálogo

Tenho recebido, de vários amigos, dezenas, literalmente, de convites para participar de atos  # ForaTemer  e afins. Esse cara não me representa e, quer saber, participaria de todos os atos, se fosse possível. PARTICIPARIA, do verbo, vou avaliar muito bem se devo participar. Sabe o que é? Há algo de arrogante no reino da "democracia" de conveniências.  A mesma arrogância dos eventos   # FicaDilma ,   # NãoVaiTerGolpe , e blá, blá, blá ... ARROGÂNCIA . É arrogância não admitir erros; É arrogância não repensar posturas; É arrogância não assumir que fez tretas cabulosas, algumas cujas consequências são irreversíveis, outras, de preços pesadíssimos mas ainda passíveis de conserto; É arrogância não declarar que precisaria reaprender a arte do diálogo. Diálogo. Diálogo. Que começa com escuta, detida, concentrada, atenda, Não estou falando de dialogar com os porcos que ocupam as Casas Legislativas não. Tão pouco com os movimentos sociais viciados n

Arrogância vs Diálogo

Tenho recebido, de vários amigos, dezenas, literalmente, de convites para participar de atos  # ForaTemer  e afins. Esse cara não me representa e, quer saber, participaria de todos os atos, se fosse possível. PARTICIPARIA, do verbo, vou avaliar muito bem se devo participar. Sabe o que é? Há algo de arrogante no reino da "democracia" de conveniências.  A mesma arrogância dos eventos   # FicaDilma ,   # NãoVaiTerGolpe , e blá, blá, blá ... ARROGÂNCIA . É arrogância não admitir erros; É arrogância não repensar posturas; É arrogância não assumir que fez tretas cabulosas, algumas cujas consequências são irreversíveis, outras, de preços pesadíssimos mas ainda passíveis de conserto; É arrogância não declarar que precisaria reaprender a arte do diálogo. Diálogo. Diálogo. Que começa com escuta, detida, concentrada, atenda, Não estou falando de dialogar com os porcos que ocupam as Casas Legislativas não. Tão pouco com os movimentos sociais viciados no

O ponto da virada?

O ponto da virada. Este é o nome de um livro de Malcolm Gladwell que me foi emprestado por uma amiga (e até hoje não devolvi porque acabou virando um livro de cabeceira), ao qual recorro frequentemente para lembrar de não perder a perspectiva da esperança. Então, de repente me vejo tentando olhar o Brasil para além de um pouco mais do pouco que o conheço, e perguntando se não seria este o momento do nosso ponto de virada. De um lado sou completamente incrédula quanto a isso, uma vez que considero a virada possível, somente a partir de um escopo de consciência de responsabilidade, o que se adquire com o manto da educação para a cidadania, e nisso repousa uma das nossas grandes deficiências - quando nem mesmo aqueles que tem acesso a boas escolas (para terem condições de boas escolhas) tem assim assegurada uma formação cidadã. De outro lado porém, sei que há muitos processos no contexto da individualidade que recebem um tal empurrão para a transformação, justamente no esta

Cultivando Cidadania

O triste é que quem toca a música das grandes marchas (essa, aquela e aquela outra) o fazem por nada mais que "agora eu quero a caneta do poder" e só. E vamos, saltitantes, todos marchantes a caminho do estádio para só mais um FLA x FLU de cartas marcadas pelo sangue dos corpos que caem nas favelas, especialmente do menino preto e, daquele índio, sem noves fora no balanço do campo; pelo suor que tempera no rosto e no coração do trabalhador, o desencanto; e vão, os nossos uivos  apressados, sem reflexão, abafando o grito de mais uma mulher que cai, e da outra menina que vai perder a inocência, vendida; e vamos, marchantes na ignorância que cega, rouba, decepa o empoderamento e degola o cidadão e o joga ao canto, ao chão. E a onda vai, vai e quebra nos muros da nossa disputa de verde e amarelo e vermelho e nada mais. Um jogo de um time só e a estrábica platéia vê dois, mas é só um. Só. Bandeiras de uma guerra que não existe. Punhos fechados. Gritos. Panelas.