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Internet, não-partidos e juventudes: elementos da nova política

Para mim, POLÍTICA é ferramenta de transformação social. Ela pode (e deveria) ser serviço. Também pode (e é na maioria das vezes) dominação de castas.

Partindo do que acredito acerca em soma à revolução digital, como nunca antes, a política cada vez mais será dinâmica e desprendida do locus partidário, fruto de redes e redes em conexões extraordinárias, movidas e existindo como a fluidez da dinâmica social e sem o taco pesado dos partidos políticos.

É a POLÍTICA firme e forte rompendo com o sistema que a escravizou faz tempo.

Ou os partidos se reinventam (alguns tem é que desaparecer e não deixar rastro) para serem movimentos mobilizadores da sociedade ou eles perderão qualquer chance de sobrevivência. E isso logo ali.

Sou contra os partidos?
Não é que eu seja contra. E você pode e DEVE fazer política independente de partido. Eles ainda são necessários. Apenas ainda. Faço parte de um. Aliás, sou dirigente no partido de que faço parte. Aliás, meu ínfimo tempo após minhas pesadas e longas horas de trabalho, NORMALMENTE, são dedicadas a construir esse partido. Estou no partido pelos valores que representa e por se propor a ajudar nessa transição política, a ser um laboratório e PRINCIPALMENTE, por se colocar a serviço da política para CONSTRUÇÃO DE UM ESTADO MOBILIZADOR DA SOCIEDADE.

Hoje recebi um link de atividade no interior da Bahia e lembrei também de uma frente que um amigo ajuda a construir lá nos rincões do Maranhão e Piaui. Em comum: INTERNET, NÃO PARTIDOS (objetivamente) E JUVENTUDES pensando seus municípios, discutindo soluções coletiva e colaborativas, FAZENDO POLÍTICA a partir da dinâmica da sociedade e não limitados ao arsenal dos partidos.

Essa inteligência coletiva e colaborativa a serviço da sociedade é o que vai nos levar a subir um degrau da cidadania. Esse mesmo que as estruturas de poder partidário não nos ajudaram fazer quando assumiram o poder e se embriagaram nele e passaram a existir em função dele.

E, de novo, será a JUVENTUDE (essa mesma que as estruturas arcaicas dos partidos não valoriza) a PROTAGONIZAR a nova política que, dentre outras coisas, é a combinação de valores e princípios do servir à sociedade usando a inteligência coletiva e a colaboração para criar soluções invertendo locus de poder ao seu estado original (o povo) e impondo, como tem que ser, transparência ampla às ações do Estado e todo o seu entorno.

Um viva à era digital.
Um viva à juventude.
Um viva à colaboração.

Que o sistema de concentração de poder se espatife e que o poder seja exercido de modo correto: nas dinâmicas da sociedade, no servir a ela

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