Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2014

Eleições 2014, a Copa das Copas!

Dia 6 de julho começa oficialmente a campanha eleitoral e claro, as plataformas digitais de redes sociais são parte importantíssima desse processo. Observo, porém, algumas coisas: - Do lado dos candidatos , é realmente uma pena que a grande maioria não tenha tido, ao longo dos últimos anos, interesse na construção de uma plataforma de diálogo com a sociedade através das redes sociais. É, porqu e não posso acreditar que um indivíduo só se decida por participar de um pleito tão importante e que demanda tanta energia, agora, no período pré-campanha e que daí, use isso para justificar a ausência nas redes sociais digitais. Alguns dirão que usaram outras plataformas para conversar com a sociedade, que não as digitais. De novo digo, uma pena. Essa tal conversa teria sido muito mais rica se os senhores tivessem acrescentado a elas a livre troca de ideias através da internet. - Ainda do lado dos candidatos , algo curioso: ou os senhores candidatos estão com muita grana p

Magia em Ação

Há certa magia nessa imagem, cuja porção ativa, para mim, é a mistura de sonhos, esperança e trabalho, infelizmente, não necessariamente a mesma dos que ocupam as cúpulas ao longe e dos que regem o nosso mais suntuoso Palácio. O bom, porém , é que os ingredientes que me fazem ver magia ali, na verdade, tem sua origem noutro lugar, no mais importante Palácio do Brasil: as ruas. De lá vem o brilho que pode nos fazer olhar para essas Casas e acreditar que ainda temos tempo de dar a elas significado real, despindo-as das máscaras do oportunismo que as tornam horrendas e uniformizando-as de dignidade para que sejam, permanentemente, Casas do Povo, onde as nossas vozes não mais sejam silenciadas pelos interesses dos que juntam para si; onde os braços que arregimentam forças dos quatro cantos do Brasil, sejam a justiça e a integridade; onde a velocidade dos pés que ali marcham, deixem marcas de competência e honra para um país de irmãos, oportunizando iguais condições e po

É preciso coragem!

Construir implica em mudança, processo que começa a partir de uma disposição contrária à ordem estabelecida. Este por sua vez, impulsiona sequências de rupturas de pensamentos, ordenamentos, esvaziamento de estruturas antigas corrompidas até chegar à plena clareza de fatos, para que se separe e se coloque de lado o continuísmo que faz sangrar os alicerces de uma sociedade digna, e se possa repensar o caminho a se seguir. Agora, então, às claras, é preciso coragem, ato concreto lapidado na esperança de que mudanças - embora quase sempre venham precedidas de apreensões, dores, suor e muitas lágrimas, são fundamentais para que os sonhos de um povo não continuem a ser despedaçados como prêmio de escusos jogos de poder a suplantar, deste mesmo povo, a autonomia e a consciência de dignidade daquele que não se permite desistir de construir. Posto isso, que tenhamos coragem para nos dispor à construção de "um Brasil socialmente justo, economicamente próspero, ambientalmente sus

Qual a forma da fôrma da sua vida?

Qual a forma da fôrma da sua vida? Compreensão de ciclos ou repetição de ferida? Espaço vazio ou o silêncio necessário da partida? Inacessível existência ou de tão caro valor que precisa ser distribuída? Da solidariedade ou da vaidade descabida? Qual a forma da fôrma da sua vida?

Uma foto. Um mundo de significados.

Essa foto é muito, muito significativa para mim. Essa viela é na Santa Luzia, uma invasão na Estrutural, habitada por pessoas que carregam o mais cruel peso do Brasil: OS MALES DA DESIGUALDADE. Estão largadas há anos, no meio do lixo; mo rando sobre o esgoto; em barracos de madeira caindo aos pedaços; muitos passando fome; crianças tendo violados, os seus mais básicos direitos. Elas não existem para o Estado, não existem para as nossas organizações religiosas e não existem para a nossa tão resoluta sociedade. Elas são o melhor retrato do Brasil, um país com tanto nas mãos de tão poucos e outros tantos à míngua. Apesar disso, resiste ali uma esperança no olhar das crianças que chega a assombrar. Sim, amig@s, é assombroso que a esperança resista em meio a tantas violações de direitos, abusos e a um estado latente de invisibilidade. E só gostaria que esse assombro nos invadisse, pondo a correr a nossa inquietação por coisas e desprezo por gente; pondo a correr

Do chão, na lama, no pó!

Quero sentar no chão, na lama, no pó que sou e para onde voltarei num dia qualquer desconhecido, e perceber a minha insignificância. E no chão quero cavar profundas valas para o alicerce daqueles valores que não se subvertem sob a pressão do tempo, que desqualificam a retórica e preenchem a alma de significado em solidariedade e generosidade por ações a extrapolar os limites da compreensão humana. Da lama e do pó , em uma mistura inusitada, quero me tornar material na mão do escultor da vida, a fim de que Ele transforme a minha essência frágil e sem sentido e me molde conforme o seu propósito à fração de humanidade a qual devo servir. Do chão quero emergir, sem dele me desligar, para ter o próximo sempre igual a mim, numa percepção clara e suficiente a me provar, todo dia e em todo o tempo: é no próximo que eu melhor posso me enxergar, e é essa conjunção e relação que faz o dia se renovar. E assim, do  chão, na lama e no pó , sob a cobertura do céu anil, manifes

Lágrimas

Há um sal que tempera E salga Arde Verte Em gotas, desmontando tudo Passado Presente Futuro E lavam Ou sujam O corpo A alma O Espírito E deixam marcas tão profundas que só, e somente só, Os sábios vêem e percebem seu significado e ato Águas correntes que somente as vertem Os vivos. Lágrimas Origem na dor ou no êxtase de gozo pleno Da alegria. Lágrimas Lembranças derretidas da nossa humanidade em sinônimo De saudade. Lágrimas E o Criador deve tê-las vertido quando viu que o que fez Era bom

Rupturas

Nascemos a partir de uma. Um corpo em dores, suor, sangue e lágrimas. Uma alma ansiosa, sob as trevas do medo e das pesadas correntes da apreensão. Um espírito agitado, privado das garantias da razão e do calor acolhedor da emoção. Elas nos sangram e nos estupefam, e como quando um corpo se abre e um novo ser - se mostra, em processo natural de dores e convicção de necessidades, acontecem e se não for assim, o novo ser se perde. Doloridas. Nada coloridas. Muito necessárias. Ou o ciclo natural e igualmente necessário de evolução e aperfeiçoamento da nossa trajetória, arrefece sob os grilhões de um espírito prisioneiro de esperança frustrada, inacabada no tempo, vítima do medo e descontentamento. Rupturas nos sangram a alma, mas nos oferecem a possibilidade do refazimento. Rupturas são os rascunhos para nos reconstruirmos, por isso não devemos temê-las.