Há certa magia nessa imagem, cuja porção ativa, para mim, é a mistura de sonhos, esperança e trabalho, infelizmente, não necessariamente a mesma dos que ocupam as cúpulas ao longe e dos que regem o nosso mais suntuoso Palácio.
O bom, porém, é que os ingredientes que me fazem ver magia ali, na verdade, tem sua origem noutro lugar, no mais importante Palácio do Brasil: as ruas. De lá vem o brilho que pode nos fazer olhar para essas Casas e acreditar que ainda temos tempo de dar a elas significado real, despindo-as das máscaras do oportunismo que as tornam horrendas e uniformizando-as de dignidade para que sejam, permanentemente, Casas do Povo, onde as nossas vozes não mais sejam silenciadas pelos interesses dos que juntam para si; onde os braços que arregimentam forças dos quatro cantos do Brasil, sejam a justiça e a integridade; onde a velocidade dos pés que ali marcham, deixem marcas de competência e honra para um país de irmãos, oportunizando iguais condições e possibilidades a todos e que assim, as nossas individualidades, espírito criativo, capacidade empreendedora e força, sobrepujem os males que nos escravizam.
Que esta visão nos inspire a perceber a força e significado das nossas vozes e nos impulsione a nos apropriarmos desse espaço de representação a partir daqueles que honram nossos ideais de nação e nos conduza à participação como força motriz desses ideais.
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