Construir implica em mudança, processo que começa a partir de uma disposição contrária à ordem estabelecida. Este por sua vez, impulsiona sequências de rupturas de pensamentos, ordenamentos, esvaziamento de estruturas antigas corrompidas até chegar à plena clareza de fatos, para que se separe e se coloque de lado o continuísmo que faz sangrar os alicerces de uma sociedade digna, e se possa repensar o caminho a se seguir.
Agora, então, às claras, é preciso coragem, ato concreto lapidado na esperança de que mudanças - embora quase sempre venham precedidas de apreensões, dores, suor e muitas lágrimas, são fundamentais para que os sonhos de um povo não continuem a ser despedaçados como prêmio de escusos jogos de poder a suplantar, deste mesmo povo, a autonomia e a consciência de dignidade daquele que não se permite desistir de construir.
Posto isso, que tenhamos coragem para nos dispor à construção de "um Brasil socialmente justo, economicamente próspero, ambientalmente sustentável, culturalmente diverso e politicamente democrático" - como diz Marina Silva. E que nessa disposição, não nos falte coragem para abdicar, sempre que necessário, do eu em prol do nós. Sim,
que não nos falte essa energia moral ante as situações aflitivas e
difíceis da nossa caminhada, para que permaneçamos convictos na postura
de escolher construir com foco, não no atendimento da nossa necessidade
individual, mas do coletivo e que isso façamos por um povo, por uma terra. O nosso povo brasileiro, a nossa terra amada Brasil.
Sim, que não nos falte coragem para mudar, a partir de nós, o Brasil.
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