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Igualdade de Gênero

São pesadíssimos os desafios da nossa era. Ao tempo em que avançamos em muitas tecnologias, de natureza diversa, há fundamentais campos e/ou segmentos da organização social que parecem caminhar tão lentamente que dão a sensação, em alguns momentos, de não saírem do lugar. Não se trata de não reconhecimento dos caminhos percorridos. É, antes, um emaranhado de questões resumidas em 'por que justamente nisso as culturas vão e voltam num baile incompreensível em desconexão ao tempo hoje e suas liberdades?' Igualdade de gênero é um desses campos em devastação tão profunda que beira o desalento. Mas aí também deve repousar um compromisso firme e inarredável de quem almeja uma sociedade justa. Por isso hoje, como registro da Frente Parlamentar dos ODS, de iniciativa do dep @LeandroGrass, dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, escolhi o de número 5, Igualdade de Gênero e o recorte das metas que se traduzem na missão de: ✔ Acabar com todas as formas de discriminaçã

Potente é olhar pelos pequenos

A nossa era é, possivelmente, a mais contaminada pela síndrome da grandiosidade. Os  grandes números cantam as regras e encantam as mentes ,num moinho de eventos impressionante e que esmagam quase todas as possibilidade de construção que não se inspirem em ser monumental no seu espectro de partida. O Evangelho segundo Lucas traz uma história cheia de simbolismo. Conta de certa ocasião em que estando o Jesus em determinada cidade, Zaqueu, cobrador de impostos, querendo vê-lo e não podendo por causa da multidão que o cercava, posto que era homem de pequena estatura, subiu numa árvore para avistá-lo. Que grande líder ficaria à procura de pessoas pequenas? Jesus. Sim. Ele foi aquele tipo de líder que não descartava as pessoas em decorrência de suas fraquezas e debilidades. Ao contrário, no encontro com os pequenos e fracos Ele colocava todas as suas energias para que as pessoas assim qualificadas - por suas próprias mentes, por seus pares ou pelas condições de sua existê

Nenhuma pessoa é sozinha. Nem Deus.

Entre as características que fazem as grandes lideranças está a profunda consciência de que ninguém vence sozinha até que todos vençam. Por mais óbvio possa parecer, ainda precisa ser dito: nenhuma pessoa é sozinha, nem mesmo Deus. O grande chamado do pacto dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, proposto pela Organização das Nações Unidas, traz exatamente essa chave, quando toma por mote aos compromissos assumidos pelos países signatários, 'NÃO DEIXAR NINGUÉM PARA TRÁS'. Isso também pode se aplicar a nos despertar, nos nossos pequenos espaços de liderança (ou não tão pequenos assim), um princípio elementar nos ensinando que a liderança cuja vitória é sua apenas, faz-se a mais derrotada, fraca e medíocre das lideranças. Neste processo de reflexão volto outra vez às referências da minha vida, porque é o que forma o meu caráter. O ensino do Jesus está cheio desse paradigma de liderança - que só vence quando todos vencem -, quando fala da ovelha perdida

Jesus servia o melhor vinho

Jesus, o Cristo, é a referência mais potente que possuo do ideal de tipo de gente que devo buscar ser. Um dia ele foi a uma festa de casamento e no meio da celebração à alegria o vinho acabou. Ele mandou que os vasos fossem cheios de água e fez da água vinho. O surpreende melhor vinho. Ele era isso. A pessoa que se dá por inteiro, que se entrega às pessoas sem resistência, que se dedica, que dá o melhor de si para todos os que encontrava, ele não dava afeto em conta-gotas, ele se afeiçoava. Lembro de uma leitura que trazia uma pergunta muito profunda: por que esperamos para servir o melhor vinho? E acrescento: por que ficamos medindo as ocasiões e as pessoas para nos darmos? Jesus dava o melhor de si a TODOS a quem encontrava. O melhor sorriso. Sim, Jesus era uma pessoa alegre e não se privava de mostrar isso. As crianças jamais desejariam estar com ele se fosse uma pessoa taciturna, triste, de semblante pesado. Jesus sorri

Conversas mentais

E o meu domingo cinzento chegou barulhento. Eram conversas, às dezenas, disputando na minha mente a atenção dos meus pensamentos.  Perguntas, ilações, desejos, gargalhadas, lembranças de lágrimas e palavras  não  ditas, sentimentos não expressos. Uma corrida dentro de mim. Ladeira abaixo, morro acima num fôlego só. Ri de mim. E se todas as vozes que nos habitam, no lugar da disputa por atenção confundindo nossa alma, fossem harmonizadas em coro uníssono? Há suas vantagens.  Talvez conseguíssemos nos ouvir melhor e a tarefa do discernimento se fizesse menos sofrida. De outro modo, talvez a pressa do vício cômodo do conforto e menor esforço, enfrentamento às dores nos precitassem à escolha de formação de um coro, não exatamente no tom de que necessitaa nossa alma para o momento. Se a vida não é massa de momento único, mas momentos tão diversos, ou ainda mais que estas conversas os habitam, talvez o que precisemos mesmo é  experienciar sem culpa, sem medo, sem pressa e sem pudor cada uma

Sobre encantos

Às vezes não falta a capacidade se significar e, então, conceituamos com o que não nos detemos a compreender. Até que os mistérios existência nos suspiram à nuca e em êxtase nos sentimos como que, sob algum encanto. Encanto. Aquela coisa que delicia, seduz, fascina, enfeitiça, cativa e transforma um ser em outro e faz deleitar a alma em novo brilho, para além do seu habitual. Mas, e como se dá o encanto?  As coisas e momentos mais inusitados possíveis. Na verdade, não se pode determinar o encanto em fórmulas. Não é possível pré-concebê-lo, dado que ele é fruto do mistério e do sobrenatural. A sua manifestação, todavia, p ode ser uma palavra, um toque daqueles tão suaves e leves que dá tempo apenas à traquinagem de um suspiro, num arrendamento de alma imperceptível a quem não o viveu. Pode ser um gesto, ou a manifestação de afeto ou, os caminhos misteriosos de uma voz. A voz. E o encanto invade os cantos não imaginados da alma, despertando-a, conectando-a a mundo tão profundos, prof

Escuta. Alegrias e Dores. Direitos Humanos no cotidiano.

Quando a gente separa um tempo para escutar as pessoas o tempo seguinte pode ser o abraço da despedida ou do acolhimento às alegrias e dores compartilhadas. Tenho feito o exercício intensional do acolhimento porque quero minhas palavras e ações cada vez mais próximas, de mãos dadas. Muitas foram as dores que compartilhei nas últimas semanas. Muitas foram as dores que acolhi e, parte significativa delas se conectou ao meu senso de justiça, me deixando  triste, provocando revoltas, estimulando reflexões às quais estou procurando amparo, luz e compreensão sobre o que vem a significar. Estou lendo mais uma vez, 'A construção do público: cidadania, democracia e participação', de Bernardo Toro. Revistar essas páginas me ajuda muito nesses momentos de pensar coisas que me são muito caras. A cada nova leitura um acúmulo da experiência anterior e o que, no curso do cotidiano experiencio. A percepção inicial - da qual outras se desdobram - é a cobrança da existência no que tocamos e no