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Internamente melhor para externamente melhor

O sistema político é autoritário, antidemocrático, segregador, ensimesmado, machista, violento e não afeito à renovação. Qual o principal local, oficina ou laboratório de todas essas práticas? A construção interna dos partidos políticos. É lá que esses caminhos se desenham, são treinados e se consolidam para se repetirem ano após após ano nas casas legislativas, e também no exercício do poder executivo. Quer saber se determinada pessoa é democrata, praticamente da velha ou nova política, se está a serviço ou se servindo da política? Olhe para o modo como ela se porta e faz a construção interna do seu partido. Ela valoriza os processos horizontais, coletivos, colaborativos e compartilhados, ou é aderente aqueles feitos às escondidas, com velado desprezo ao coletivo, como ente capaz de melhor criar, ainda que "dê mais trabalho" que as decisões e caminhos dos iluminados? Ela valoriza a emancipação das pessoas ao seu redor, dando -lhes plena liberdade de op

Orla Livre, econômica próspera e ambientalmente sustentável

O Caderno Cidades do Correio Braziliense deste domingo (02), trouxe duas páginas sobre os negócios possíveis, ou melhor, as algumas possibilidades econômicas numa das áreas mais incríveis do Distrito Federal, o Lago Paranoá. Durante décadas, sinônimo, para mim, dos muros segregacionistas do DF, personificados no "tão perto e tão longe", "para ver, não usufruir", "saber que existe para saber que nunca será seu" e, "aos poderosos, tudo", a partir de 2015, um pesado processo de sua democratização finalmente foi levado a termo, são sem muitas tensões e enfrentamentos judiciários movidos por pessoas que tomaram por patrimônio privado o que a todos pertence. Ainda que o seu processo de plena estruturação leve um tempo, a desobstrução da orla do lago Paranoá, por si só e se fosse apenas isso, já seria digna de celebração e cobraria muito controle social da população do Distrito Federal. Toda ela. É preciso que o conjunto da população do DF a

Câmara Mais Barata

O Distrito Federal, lugar em que mais se fala e respira política neste país; que detém do título extraoficial (eu acho) de habitantes mais politizados (?) do Brasil somente agora tem sua primeira iniciativa popular de lei. Não é nem tão absurdo assim. Absurdo mesmo é em 30 anos de previsão constitucional termos até agora, somente 4 projetos dessa natureza aprovados, a última em 2010, Lei Complementar nº 135/2010, conhecida como a Lei da Ficha Limpa - essa que estão doidos para mandar pelo ralo. Pois bem, o Observatório Social de Brasília, depois de estudos e trabalho de pesquisa com o Instituto de Fiscalização e Controle, lançou no último dia 16 de janeiro, uma campanha denominada 'Câmara Mais Barata', cujo objetivo é coletar 30 mil assinatura de cidadãos do Distrito Federal para dar entrada na Câmara Legislativa do Distrito Federal, popularmente conhecida e não sem razão, como a casa dos horrores, a um projeto de lei por iniciativa popular que visa, em síntese e como o no

Mudanças

Estou em mudança, desde sempre que me descobri mais saudável, mais viva e mais gente quando metamorfose ambulante. Daí, a  gente arruma as bagunças e ideias, repousa um pouco e depois começa tudo de novo. Nesse novo, que de novo me inunda em ciclos, as vezes desejados, poderia fazer recorte importante dos últimos 60 dias, fincando sob ventos ora violentos e apavorantes, ora interessantes e reconfortantes, um certo atual processo de mudança. Tem de tudo na minha mudança: redesign do visual sobre o qual tenho escolha e posso ter controle ou aquele que a vida me exige; tem conceitos, informações diversas, confusas e aquelas inacreditáveis - reconfigurando e reposicionando meus conceitos, crenças, escolhas, lutas nas quais estou disposta a colocar a minha energia, minha de disposição de aprender (graças a Deus sempre viva e vibrante em mim), meus dias, minha frágil existência. Minha mudança se mexe e remexe dentro e fora de mim. Talvez seja esse amontado de livros, revistas, encartes d

Lançamento da Iniciativa Câmara Mais Barata

São muitas as mancadas acerca das quais os maus políticos que controlam o sistema institucional querem convencer o cidadão. Uma delas é sobre participação e atuação na dinâmica política, restringindo-a ao processo eleitoral - esse que se fez viciado e pelo qual as políticas públicas são friamente debeladas às disputas, se assim julgarem necessário, os maus políticos, aos seus jogos particulares de poder. Número 1: não sou contra partidos, afinal, seria doida né, porque dedico  significativa energia à construção de um, na esperança de que ele não seja propriedade de um, mas uma dinâmica e orgânica construção comum; Número 2: não desprezo o processo eleitoral, afinal, para que participássemos dele muita gente se sacrificou ao longo da nossa história e ele ainda não está completo, para atestar basta um recorte: quantas mulheres? negros? povos indígenas? filiação obrigatória para participar de um pleito. Ou seja, ele ainda está longe do mínimo ideal. Do meu voto, por exemplo, não ab

O ciclo da semeadura à colheita

A decisão de plantar, a terra e o seu preparo, a semente - que de outra sementeira necessariamente já veio, o plantio e todos os seus cuidados, a colheita.  Nenhuma dessas etapas é mais importante que a outra e não há colheita que hoje você faça sem que outro não tenha semeado, sem que alguém não tenha acreditado no poder da semente e a regado, e a protegido dos predadores. Próxima colheita também não haverá sem que hoje alguém cumpra essas etapas com a certeza da incompletude de cada uma delas, tanto quanto necessárias e imprescindíveis.  Há, porém, algo comum a todas estas etapas para que a colheita exista: o serviço, o poderoso maestro do ciclo da semeadura à colheita. A vida é assim: um eterno ciclo de serviço, perfeitamente concatenado e, talvez o grande mistério da existência seja  enxergá-lo, admiti-lo, a ele entregar-se e perceber-se nele  apenas  parte, o que é profundamente glorioso. Tornar-se consciente de ser parte de um sistema dinâmico, orgânico e entregar-

Foi para diferenciar que Deus criou a diferença

Foi dEle a frase: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não ficará tateando no escuro. A minha luz é para toda a vida."  Noutro momento Ele disse; " vocês estão aqui para ser luz, para trazer as cores de Deus ao mundo." Quando há luz podemos enxergar as formas, os detalhes, as cores, a diversidade do que pensamos e somos. A luz pode nos despertar a que percebamos que está nas diferenças o que nos falta na nossa singularidade e por isso, precisamos do outro como é, não nosso igual. Então, sabedor disso Ele nos orientou: " que a generosidade seja a marca da vida de vocês."  Hoje, quando "o mundo cristão" exibe sua fé no Cristo, celebrando seu nascimento, poderoso seria nos tornarmos capazes de deixá-lo nascer em nós como prometido foi: aquele que nos faria UM, juntando os diferentes, unindo-nos todos através das virtudes desejáveis, aquelas contra as quais não há lei. " Afeição pelos outros; uma vida cheia de exuberância; serenidade;