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Todas as versões de mim celebram

Todas as versões de mim quero expressá-las, no samba que não sei dançar;   na canção que não sei cantar; no poema que não sei recitar; nas letras tortas que não sei escrever; na atenção que não sei devotar;  no cuidado que não sei dar;  na entrega que não sei fazer; no serviço que não sei prestar; no amor que não sei significar; porque sou um esboço e quero me eternizar nesse ciclo de transformação, de nada saber e querer aprender, pois não sei me definir de outro modo, em nenhum outro mais desejado significado, senão de APRENDIZ ... Ah, a vida, esse "divino mistério profundo', esse "sopro do criador," dom de "duma atitude repleta de amor", que bom celebrá-la, sempre e todo dia. Obrigada, Eterno, pelo dom da vida, por me dar a alegria de existir, por semear neste coração pulsante - que o caminho para mim, é NUNCA DEIXAR DE SER APRENDIZ! Um pedido só, Criador: continue a dar-me alegria em SERVIR e prazer no APRENDER. M

Contra o monopólio dos partidos

Para derrubar o monopólio dos partidos é preciso participar da política, fazer política, hackear a política e os sistemas vigentes até que eles sejam transformados e os partidos simplesmente se tornem DESNECESSÁRIOS. Porque, na Boa, não se faz política só com partidos. Aliás, as boa política que ainda sobrevive, na esmagadora maioria das vezes, está fora dos partidos. Rumbora quebrar a banca e provar para os partidos que eles não são donos do Estado? Mas,  Ádila Lopes , você é filiada à REDE? Sim, sou e bem atuante. Como é isso, então? É assim, uai, como se vê. A gente está trabalhando para que o sistema mude, a sociedade seja emancipada e os partidos, que já são obsoletos, se tornem DESNECESSÁRIOS. Eles vão continuar existindo? Ainda por muito tempo. Mas, o cidadão PRECISA saber que o poder é do povo e as decisões são do povo e o Estado está a serviço do povo, não dos partidos.

Último cristão

Nós, os que inflamos o peito ao nos dizermos cristãos se cristãos fôssemos, um Brasil mais justo e mais solidário nos entregaríamos para construir. O que nos importa, porém, é discutir o sexo dos anjos, é controlar a sexualidade alheia; é esbanjar a nossa certeza de sermos abençoados (esquecendo de nos desenvolvermos abençoadores); é exaltar o justiçamento na vingança e intolerância e desconsiderar que o nosso desequilíbrio gera as mazelas que alimentam nossos monstros. Alguém já disse que o último cristão morreu pregado na Cruz. Sim, e ele lá permanece, vilipendiado, humilhado, já não não exaltado no poder da entrega, mas sucumbindo porque, ainda que seja Ele - o filho do Criador, a sua ressureição, poder, autoridade e glória operam é na vida imperfeita dos ciclos do nosso existir e na medida em que vai se assemelhando à plena que nos foi dada no paraíso, quando nos dispomos a plantar jardins aqui na terra, pelo exercício das virtudes do Reino de Justiça e Paz que ele nos deu exempl

Poder é permanecer na cruz

A melhor definição de poder que até hoje ouvi e que muito me faz pensar, por isso gosto, é: PODER É ESCOLHER PERMANECER NA CRUZ. Isso dito em referência ao Cristo - que assim cremos (os cristãos)  - que tinha todas as condições de enfrentar tudo e todos, de modo sobrenatural, e para não ser crucificado. Ele escolheu permanecer na Cruz, sacrificar-se e se entregar por algo que somos incapazes de mensurar, descrever. O justo pelos injustos. Poder não é disputa. Não para mim. Pelo menos, tenho me dedicado a compreendê-lo diferente disso. Poder não é a vitória de um sobre outro, se com a sua humilhação, tanto melhor. Não. Para mim, poder é entrega, é serviço, é abnegação, é fraternidade, é respeito, é amor. E todos os frutos gerados por isso. Alguns dirão: o mundo não funciona assim; isso é uma patética ilusão; utopia, coisa de tolos. Perfeito. É o que sou. Tola. Acredito no serviço. Acredito na abnegação. Acredito na fraternidade. Acredito no respeito. Acredito no amor. Acredit

Internet, não-partidos e juventudes: elementos da nova política

Para mim, POLÍTICA é ferramenta de transformação social. Ela pode (e deveria) ser serviço. Também pode (e é na maioria das vezes) dominação de castas. Partindo do que acredito acerca em soma à revolução digital, como nunca antes, a política cada vez mais será dinâmica e desprendida do locus partidário, fruto de redes e redes em conexões extraordinárias, movidas e existindo como a fluidez da dinâmica social e sem o taco pesado dos partidos políticos. É a POLÍTICA firme e forte rompendo com o sistema que a escravizou faz tempo. Ou os partidos se reinventam (alguns tem é que desaparecer e não deixar rastro) para serem movimentos mobilizadores da sociedade ou eles perderão qualquer chance de sobrevivência. E isso logo ali. Sou contra os partidos? Não é que eu seja contra. E você pode e DEVE fazer política independente de partido. Eles ainda são necessários. Apenas ainda. Faço parte de um. Aliás, sou dirigente no partido de que faço parte. Aliás, meu ínfimo tempo após minhas pesadas e

Sobre ensino e pesquisa e sucateamento de instituições

Há uma infinidade de instituições públicas caindo pelas tabelas, especialmente as de ensino e pesquisa. Sim, creio que temos, todos, que lamentar e protestar contra o abandono, o baixo investimento e, bem, a relação seria bem grande, de todas as mazelas que alcançam essa área. E isso é péssimo para o país. A gente nem tem noção do quanto. Uma observação é fundamental, creio, e, no mínimo honesta: o caos do setor não é fruto de uma ação recente, e não estou defendendo os ratos no poder atual, afinal, esses mesmos ratos estão há mais de uma década fazendo parte do mesmo mórbido sistema que se mostra deteriorado e quase sem perspectiva agora. Apenas revezaram na posição de comando ou assumiram o comando formalmente. Problemas sistêmicos são também fruto de ciclos e não de ação isolada. Faz bem pensar. Se o pensamento procurar investigar origens fica mais decente. Isso vale para muitas coisas e poderia nos provocar a pensar e repensar vários dos nossos procedimentos como cidadãos, tra

SOBRE JOGOS E PODER

"Passada a hora de sairmos dos belos discursos e partimos para o jogo", é a frase que me consome há alguns dias. Jogo: atividade que estabelece quem ganha e quem perde. Quem define as regras? Questão importante. Já entrei em alguns jogos, algumas vezes, ao longo dos meus quase 38 anos. Ganhei. Perdi. Não gostei de nenhum dos jogos, em todas a vezes que me prestei e emprestei a eles. Já fiz parte de jogos, sem consciência disso, e quando me soube peça, morri. Da dura ressaca moral me reergui. Hoje estou, conscientemente, há um passo de centenas de jogos, de toda ordem. Alguns vejo com clareza. De outros sei, mas não consigo identificá-los. Tenho uma decisão: meu limite é o jogo. Se lá ele está e consigo seguir  o caminho de servir, missão mestra do meu existir, que seja. Se me for imposto jogar, entrar no jogo, estou fora. A duras penas tenho me desafiado a ser de um único Senhor. Grande parte das vezes não consigo. Por isso, conscientemente decido: não quero jogos, não