"Passada a hora de sairmos dos belos discursos e partimos para o jogo", é a frase que me consome há alguns dias.
Jogo: atividade que estabelece quem ganha e quem perde.
Quem define as regras? Questão importante.
Já entrei em alguns jogos, algumas vezes, ao longo dos meus quase 38 anos. Ganhei. Perdi. Não gostei de nenhum dos jogos, em todas a vezes que me prestei e emprestei a eles.
Já fiz parte de jogos, sem consciência disso, e quando me soube peça, morri. Da dura ressaca moral me reergui.
Hoje estou, conscientemente, há um passo de centenas de jogos, de toda ordem. Alguns vejo com clareza. De outros sei, mas não consigo identificá-los.
Tenho uma decisão: meu limite é o jogo. Se lá ele está e consigo seguir o caminho de servir, missão mestra do meu existir, que seja. Se me for imposto jogar, entrar no jogo, estou fora.
A duras penas tenho me desafiado a ser de um único Senhor. Grande parte das vezes não consigo. Por isso, conscientemente decido: não quero jogos, não entro em jogos e nenhuma missão valerá a pena ou significado terá, se entrar em jogos for condição.
Não. Nem todos os jogos são sujos. Mas todos são vorazes. Há aqueles que sangram corpos e os que sangram almas e sonhos.
Há jogos que maculam mãos e reputações e os que maculam a ser humanidade que se perde de modo ainda mais sutil na anestesia das almas à fraternidade, ao respeito e reconhecimento do outro, à disposição colaborativa, à generosidade. Essas coisas todas, que em suas subjetividades, não agregam valor aos jogos, especialmente sobre poder, ainda aqueles que não envolvam corrupção.
Se ainda tenho condições à escolha e a minha escravidão sou eu, escolho na minha mente, permitir-me à obsolescência da vida solitária, sem as divertidas conexões dos jogos e sua adrenalina mórbida.
Poder que vale é aquele da contracultura.
E contra os jogos, o que a gente faz?
Acredito no cultivo de princípios e valores. Sempre!
Comentários
Postar um comentário