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Em Reforma?

Às vésperas do tal 499º aniversário da Reforma Protestante , talvez nos grite com muita força hoje a necessidade de pensarmos sobre essa palavra - REFORMA - o seu poder e o seu significado. Quando a nossa teologia está distante dos gritos da alma humana; quando a nossa teologia não consegue mais dialogar com os guetos, os becos, as vielas, as ruas, as demandas sociais, a inquietação da nossa existência, o nosso sentido espiritual de ser gente; quando a nossa teologia não nos p rova a pensar, enxergar e a assumir responsabilidade com o sistema de vida no qual existimos como parte, alguma coisa está estranha. Muito estranha. Não é a Escritura, assim creio, que se fez incompleta nos seus princípios e, portanto, insuficiente para as demandas da humanidade. Mas, a estratagema teológica do distanciamento, da comunicação academicista, do discurso ao invés do diálogo, da vedação aos questionamentos e às dúvidas, da literalidade textual e desprezo de valor do Cristo, pessoa inspirado

Comunhão

Até que me provem o contrário continuarei crendo e dizendo: é impossível comunhão na multidão. À multidão a gente se agrega e faz coro, dá novos tons e novas cores às vozes. Comunhão mesmo é fruto do partir do pão, do olho no olho que perscruta a alma e decifra a anatomia dos pensamentos de quem convive, se desnuda sem temores dos julgamentos. Comunhão é ombro para receber o peso do corpo cansado, é peito sobre o qual reclinar a cabeça confusa, é colo pra dar e receber carinho, são braços estendidos pra segurar o que cai e levantar o derrotado, são pés dispostos e disponíveis pra mais uma caminhada, ainda aquela do desgarrado. Comunhão são as agruras do pensar junto, construir junto, acreditar junto, se transformar junto, chorar junto, sorrir junto e ajuntar os dilacerados pela vida pra fazer-se um novamente. No mais, há expectação, mais uma voz em coro numa multidão em frenesi por existir em pequenos rompantes de ajuntamentos sectários. Impossível comungar assim. Por isso, sigo a

Um grito que não sai

Um recorte da PDAD (Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios) - 2016, no caso Estrutural:  http://www.codeplan.df.gov.br/…/Apresentacao_PDAD_Estrutura… Dados que dizem muito, especialmente quando olhamos o resultado da pesquisa de outra Região Administrativa do DF, o Lago Sul (divulgada hoje:  http://agenciabrasilia.df.gov.br/…/10/pdad-lago-sul-2016.pdf ), e lembro o que ouvi em audiência pública sobre a desobstrução da Orla do Lago que é de TODOS NÓS, contra a qual se agarram com unhas e dentes, uma meia dúzia de moradores auto proclamados "o maior PIB do planeta", e que lançam mão de todas as formas possíveis para continuar a judicialização das ações de abertura da orla a quem de direito. Enfim, o real grito das nossas ações e reações não sai da nossa garganta, ficando os nossos silêncios expressos em números como esses aqui, resumidos ao final, e em mais detalhes no link abaixo. E esse grito, quem o dará? Quando falaremos pela redução da desigualdade so

Vestes de Autoridade vs Máscaras de Autoritarismo

Todos, especialmente os que se consideram PROGRESSISTAS, precisam, urgentemente - como diz Arnaldo Antunes - tirar a mão da consciência e colocar a mão na consistência, para um diálogo franco sobre as vestes da autoridade e as máscaras de autoritarismo. A gente fala muito sobre o outro, autoritário. Mas, e nós? Temos autoridade n'alguma fala, fruto de esforço por sermos consistentes ou apenas estamos travestidos do velho autoritarismo que dizemos combater? Há muita modernidade nas nossas falas, tanto quanto o arcaico desejo de submeter todas as vozes ao nosso próprio pensamento, ensurdecendo e silenciando o que difere das nossas ruidosas convicções e isso, sem ao menos exercitarmos a valoração de um e outro e os seus porquês. Ao passo que disseminamos tanta tecnologia de fala (e as dizemos de escuta) também, no mesmo esforço ou, até com mais vigor, quebramos muitos vasos, depositários poderosos de idéias e energias outras que poderiam estar sendo aplicadas para melhoramento do m

Conhecimento (?)

A existência, car@s, é mero resultado de uma grande disputa entre os que acessam as fontes de conhecimento e os que a sua margem ficam. Quando se tem acesso às fontes de conhecimento é possivel pensar, repensar e pressionar o atendimento às suas demandas. Quando se está à margem dessas fontes resta apenas as consequências da ignorância: a óbvia marginalização. Daí que, não é dinheiro e acesso a consumo que "salvam" a Pátria, é acesso às fontes de conhecimento. Triste o Brasil, país "abençoado por Deus e bonito por natureza, que beleza", marginalizado, escravo da ignorância. Pobres, coitados pobres, sempre atrás na disputa de espaço e conquistas, mesmo as inadequadas e ultrapassadas, porque não acessam os conhecimentos.

Arrogância vs Diálogo

Tenho recebido, de vários amigos, dezenas, literalmente, de convites para participar de atos  # ForaTemer  e afins. Esse cara não me representa e, quer saber, participaria de todos os atos, se fosse possível. PARTICIPARIA, do verbo, vou avaliar muito bem se devo participar. Sabe o que é? Há algo de arrogante no reino da "democracia" de conveniências.  A mesma arrogância dos eventos   # FicaDilma ,   # NãoVaiTerGolpe , e blá, blá, blá ... ARROGÂNCIA . É arrogância não admitir erros; É arrogância não repensar posturas; É arrogância não assumir que fez tretas cabulosas, algumas cujas consequências são irreversíveis, outras, de preços pesadíssimos mas ainda passíveis de conserto; É arrogância não declarar que precisaria reaprender a arte do diálogo. Diálogo. Diálogo. Que começa com escuta, detida, concentrada, atenda, Não estou falando de dialogar com os porcos que ocupam as Casas Legislativas não. Tão pouco com os movimentos sociais viciados n

Arrogância vs Diálogo

Tenho recebido, de vários amigos, dezenas, literalmente, de convites para participar de atos  # ForaTemer  e afins. Esse cara não me representa e, quer saber, participaria de todos os atos, se fosse possível. PARTICIPARIA, do verbo, vou avaliar muito bem se devo participar. Sabe o que é? Há algo de arrogante no reino da "democracia" de conveniências.  A mesma arrogância dos eventos   # FicaDilma ,   # NãoVaiTerGolpe , e blá, blá, blá ... ARROGÂNCIA . É arrogância não admitir erros; É arrogância não repensar posturas; É arrogância não assumir que fez tretas cabulosas, algumas cujas consequências são irreversíveis, outras, de preços pesadíssimos mas ainda passíveis de conserto; É arrogância não declarar que precisaria reaprender a arte do diálogo. Diálogo. Diálogo. Que começa com escuta, detida, concentrada, atenda, Não estou falando de dialogar com os porcos que ocupam as Casas Legislativas não. Tão pouco com os movimentos sociais viciados no