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Vestes de Autoridade vs Máscaras de Autoritarismo

Todos, especialmente os que se consideram PROGRESSISTAS, precisam, urgentemente - como diz Arnaldo Antunes - tirar a mão da consciência e colocar a mão na consistência, para um diálogo franco sobre as vestes da autoridade e as máscaras de autoritarismo. A gente fala muito sobre o outro, autoritário. Mas, e nós? Temos autoridade n'alguma fala, fruto de esforço por sermos consistentes ou apenas estamos travestidos do velho autoritarismo que dizemos combater? Há muita modernidade nas nossas falas, tanto quanto o arcaico desejo de submeter todas as vozes ao nosso próprio pensamento, ensurdecendo e silenciando o que difere das nossas ruidosas convicções e isso, sem ao menos exercitarmos a valoração de um e outro e os seus porquês. Ao passo que disseminamos tanta tecnologia de fala (e as dizemos de escuta) também, no mesmo esforço ou, até com mais vigor, quebramos muitos vasos, depositários poderosos de idéias e energias outras que poderiam estar sendo aplicadas para melhoramento do m

Conhecimento (?)

A existência, car@s, é mero resultado de uma grande disputa entre os que acessam as fontes de conhecimento e os que a sua margem ficam. Quando se tem acesso às fontes de conhecimento é possivel pensar, repensar e pressionar o atendimento às suas demandas. Quando se está à margem dessas fontes resta apenas as consequências da ignorância: a óbvia marginalização. Daí que, não é dinheiro e acesso a consumo que "salvam" a Pátria, é acesso às fontes de conhecimento. Triste o Brasil, país "abençoado por Deus e bonito por natureza, que beleza", marginalizado, escravo da ignorância. Pobres, coitados pobres, sempre atrás na disputa de espaço e conquistas, mesmo as inadequadas e ultrapassadas, porque não acessam os conhecimentos.

Arrogância vs Diálogo

Tenho recebido, de vários amigos, dezenas, literalmente, de convites para participar de atos  # ForaTemer  e afins. Esse cara não me representa e, quer saber, participaria de todos os atos, se fosse possível. PARTICIPARIA, do verbo, vou avaliar muito bem se devo participar. Sabe o que é? Há algo de arrogante no reino da "democracia" de conveniências.  A mesma arrogância dos eventos   # FicaDilma ,   # NãoVaiTerGolpe , e blá, blá, blá ... ARROGÂNCIA . É arrogância não admitir erros; É arrogância não repensar posturas; É arrogância não assumir que fez tretas cabulosas, algumas cujas consequências são irreversíveis, outras, de preços pesadíssimos mas ainda passíveis de conserto; É arrogância não declarar que precisaria reaprender a arte do diálogo. Diálogo. Diálogo. Que começa com escuta, detida, concentrada, atenda, Não estou falando de dialogar com os porcos que ocupam as Casas Legislativas não. Tão pouco com os movimentos sociais viciados n

Arrogância vs Diálogo

Tenho recebido, de vários amigos, dezenas, literalmente, de convites para participar de atos  # ForaTemer  e afins. Esse cara não me representa e, quer saber, participaria de todos os atos, se fosse possível. PARTICIPARIA, do verbo, vou avaliar muito bem se devo participar. Sabe o que é? Há algo de arrogante no reino da "democracia" de conveniências.  A mesma arrogância dos eventos   # FicaDilma ,   # NãoVaiTerGolpe , e blá, blá, blá ... ARROGÂNCIA . É arrogância não admitir erros; É arrogância não repensar posturas; É arrogância não assumir que fez tretas cabulosas, algumas cujas consequências são irreversíveis, outras, de preços pesadíssimos mas ainda passíveis de conserto; É arrogância não declarar que precisaria reaprender a arte do diálogo. Diálogo. Diálogo. Que começa com escuta, detida, concentrada, atenda, Não estou falando de dialogar com os porcos que ocupam as Casas Legislativas não. Tão pouco com os movimentos sociais viciados no

Brasília que Queremos?

Acho que avaliar o governo, seja qual for, não pode ser um recorte. É um contexto amplo e com elementos muito diversos. Alguns desses tantos elementos que precisam ser considerados: O país. A condição local do Estado e o seu histórico. As medidas de eficácia de médio e longo prazo. Somente esses três, TALVEZ, sejam base para AINDA darmos crédito ao governo em voga. No caso, a nós também, porque em certa medida não dar para falar eles lá e nós cá. Não sempre. Tem coisas complicadas de lidar?  Certamente muitas. Talvez a principal esteja nas forças outras que o compõem. Conservadoras, de mentalidade pouco republicana. E, talvez devamos nos perguntar: é exclusividade deste ou mais um continuísmo espúrio já absorvido pela cultura política local, tolerado e até certa medida fomentado por nós, sociedade? Há ainda elementos extra Executivo que impactam muito fortemente na gestão da cidade. Um deles, CLDF. A composição é muito ruim.

Na divisão nos multiplicamos

As vezes é difícil compreender ou simplesmente a gente não quer admitir que a vida nos exige dividir. O pão, as coisas, o conhecimento, as experiências, o sentimento, os sonhos. Há mistérios poderosos nisso e, desde os tempos antigos a sabedoria nos tenta ensinar que ao nos dividirmos nos multiplicamos, nos fazemos mais que a fração em separado de todos nós. Não se trata de nos dividirmos no sentido de apartação, mas de nos compartilharmos e assim, nos darmos ao outro e no outro nos fazermos novamente uno, um ser comum ainda que diverso. É um dar-se que preconiza a cultura do individualismo como se uma perda fosse, por isso, sofremos para não nos entregarmos, depois, então, conforme passa o tempo e nos percebemos diminutos ao nos privarmos somente a nós mesmos, sofremos por não nos temos arriscado nos dividir, E os lapsos de vazios começam a se tornar cada vez mais constantes e se vão deixando de ser lapso para rotina, sólidas muralhas que desejam ardentemente o trân

É devagar que se vai ao longe

E vou subindo a ladeira. Força. Continua. Falta pouco. Não para. Há um mito acerca da vida na Bahia que não creio ser possível atestar ou desmentir nessa minha rápida passagem por aqui. E, até acho presunção querer fazê-lo. Uma lição, porém, há muito necessária, estou aproveitando nesses dias de descanso e lazer, para exercitar a fim de me desafiar a praticar. É preciso não correr sempre. É preciso viver mais devagar. Como diz o adágio popular: "pois é devagar que se vai ao longe". Chego a Lençóis, Bahia, 420 km de Salvador, às 19h. Informo-me e descubro que pra chegar à pousada da minha hospedagem basta subir um pouco à rua da esquerda que dá num beco, subir o beco até o final e estarei no Alto do Cajueiro, meu destino. Ansiosa ou apenas por força do mal hábito de andar correndo, como sempre e todo dia, apressadamente me ponho à subir. Bastam não mais de 200 metros para que eu me veja em ponto de esgotamento. Coração acelerado, quase saindo pela boca, pulmão em esta