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A vez e a hora dos pão duros e dos curiosos

Heliana Kátia Tavares Campos (*) Jane Maria Vilas Boas (**) O mundo dá voltas e muitas vezes o que é apreciado e valorizado em uma determinada época, pode se tornar atrasado e obsoleto em outra. O uso de produtos descartáveis vistos como facilitadores da vida moderna pode ser considerado hoje um dos vilões da poluição ambiental. A aquisição de bens e produtos em quantidade, que já foi uma qualidade, hoje passa a ser questionada por diversos segmentos sociais e culturais. O consumo desenfreado passou a ser visto como causador de diferentes impactos ambientais e sociais pela Agenda 21 Global, assinada no Rio 92 e é preocupação que se faz presente nas agendas de sustentabilidade desde então. Buscou-se a partir daí promover a conscientização para o Consumo Sustentável que não só significa consumir menos, como também buscar informações sobre a origem do produto, bem como sobre o modelo produtivo utilizado. Consumir com mais critério, implica em acond

Meu ideal político

Ao meu ideal político, de pronto acrescentei quando tomei conhecimento, o " vamos trabalhar para abrir o código da política" e o "vamos hackear a política". Fico muito animada quando vejo que isso não morreu no nascedouro e exatamente por isso ouso fazer um apelo a todos aqueles que ainda não desistiram da Política e a acreditam uma ferramenta de construção e transformação social e. especialmente aos meus companheiros de luta político-partidária na Rede, aos meus companheiros de ideais sociais, que assim façamos: ABRAMOS OS CÓDIGOS DA POLÍTICA QUE ESTAMOS CONSTRUINDO. Na gestão executiva dos governos que compomos, c om a óbvia ética da res publica , a necessária transparência plena - que gera confiabilidade e educa -, a inovação, as soluções criativas para os problemas crônicos da administração pública, o combate ao pensamento anacrônico fantasiado de avanço. Nas casas legislativas - onde assumimos a representação da sociedade pelos pleitos coletivos e

Como é a vida de quem passa o mês com R$ 154 no Distrito Federal

A realidade nua e crua. E ali a nossa malfadada forma de organizar o mundo dói muito mais. E ali, naqueles esgotos, como os dejetos que por eles escorrem, também escorrem a céu aberto, mas como se ninguém visse, sonhos, esperança, vidas ... a infância. E ali, não tão longe de nós, estão os nossos irmãos, filhos da mesma terra, de quem porém não nos lembramos, sequer percebemos, até que o solapo da violência que lhes impomos vem na mesma proporção e força sobre nós. Aí, finalmente os avistamos e concluímos: eis a desgraça das nossas boas vidas, os miseráveis de bolso, sem nos percebermos, claro, miseráveis de almas, espíritos acorrentados à cretinice do individualismo como religião libertadora dos mortais e, trancafiados na masmorra da boçalidade da ganância, minguamos nós. ------------ Como é a vida de quem passa o mês com R$ 154 no Distrito Federal Estudo mostra que habitações precárias, dependência infantil e defasagem educacional são os maiores problemas enf

Ouço

Ouço vozes no escuro Das sombras do sim e do não Ouço palavras mudas Que grunhem loucuras à minha razão Ouço o silêncio Que fala  Que chora Ouço o silêncio do sim E o alvoroço do não Ouço o chamego do medo E o tremor da precipitação Ouço a movediça mentira Da auto-afirmação Ouço-me agora E em seguida mais não

De quantos em quantos?

De quantos nós é feita uma prisão? O nó da alma bruta em desconstrução? O nó do sentimento cego, coração? O nó do tempo passado à emoção? De quantos passos é feita uma libertação? O passo trôpego, incoerente da emoção, em confusão? O passo firme, constante da razão? O passo do amor próprio em confissão? De quantos ciclos é feita a salvação? O ciclo intenso da perdição?

Mais um dia triste para o Brasil.

Mais um dia triste para o Brasil. Compreendo a sociedade como um todo e o seu insano apoio ao encarceramento dos adolescentes achando que isso resolverá a questão da segurança pública no país. Compreendo, por saber quão baixo é o nosso nível de educação cidadã e outras coisinhas mais e más. Não concordo. Agora, ao fazer um recorte da sociedade considerando o povo que se declara cristão, em especial os evangélicos - grupo do qual confesso, me arrastando e ainda não sabendo c omo, faço parte, está aí uma pesada afronta à fé cristã. Incoerência, inconsistência, pregação evangélica vazia, espasmo de espiritualidade. Na boa, sei que não serei compreendida e acho que já estou quase vencendo essa fase de querer ser compreendida, mas é cansativo isso, viu? Esse evangelho do desamor, da irresponsabilidade com o mundo e com o próximo, da confissão de fé apenas em palavras gritadas cada vez mais altas e abafadas com cada vez mais força e velocidade pela inconsistência de atos e a pratica

Qual é a preocupação, afinal?

A preocupação não é sanear as contas públicas, ou batalhar pelo mínimo de decência na gestão pública, ou implementar um regime de aprofundamento da transparência, ou trabalhar pelo desenvolvimento de uma nova cultura política no país. Não, nada disso interessa. O importante mesmo é a disputa de quem roubou mais, se FHC e sua trupe ou Lula e sua trupe. Isso sim é importante para o Brasil, não fechar a torneira. O importante é esse clima de futebol de várzea, não discutir que  o rumo foi perdido. Não é importante assumir a culpa no cartório, basta se agachar sob a nuvem pesada e escura da fuligem dos destroços da má gestão, descompromisso e irresponsabilidade com o país e esperar um tempo mais, pois as brigas insanas tem o poder de distrair e rápido dissipam o interesse pelo está por trás delas e a praça se esvazia para que tudo volte ao normal. Assim caminhamos nós, presos da subcultura do individualismo, da desimportância pelo que é de todos, das sub-construções do se dar bem a q