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Evangelho Pregado e Praticado

Cristo não veio consertar o mundo, mas salvar o homem e este, uma vez alcançado, conserta cada pequena parte do mundo que alcança, pregando o evangelho vivo, algumas vezes, com palavras, no restante, sendo apenas um pequeno Cristo. Não é isso, o cristão? Partindo disso, creio que o verdadeiro evangelho é manifesto, sendo necessário, muito mais no pão ao faminto, no teto ao sem casa, no afago ao sem família, no Cristo pleno em tudo isso ao desafortunado, que na evangelização sem a prática de atos de justiça e amor, porque amor é ação e não palavra ou sentimento. Assim, não consigo enxergar verdadeiro, o Evangelho que prega, mas não faz. E, sendo o evangelho que prega, fundamental para a salvação, é o evangelho que faz, roteiro básico da transformação.  Em suma, penso que ambos devam andar de mãos grudadas, um escudeiro do outro e sem um o outro não tem razão de ser. Pois, se o evangelho que prega dá ao homem consciência de Deus, o evangelho que faz, mostra ao homem o Deus vivo

Desafio de Elias

Ontem, quando me dirigia à comunidade na qual congrego para participar da nossa reunião dominical, li o seguinte, em uma faixa em outra comunidade: ' Desafio de Elias: uma semana de poder e milagres'.  Bom, não vou entrar no mérito teológico, pois não tenho competência para tanto, mas o fato é que quando eu leio a Bíblia, vejo o desafio de Elias assim: Manter-se vivo; Conseguir discernir seu lugar no mundo espiritual, frente a um povo que não sabia se servia a Deus ou a Baal; Denunciar a idolatria; Ser humano, quando sua humanidade o impulsionava a se achar semi-deus; Enxergar na loucura interior da sensação de fracasso; Discipular (apesar de...); Ser fiel (mesmo que...); Obedecer (ainda que...). O poder e os milagres do 'Desafio de Elias', estavam no perder a própria vida por Deus, não o contrário e é  tão complicado olhar para esse conceito de "seguir a Cristo" na busca de uma benesse merecida por galgar determinados graus de desafios...espe

Rever o conceito de filiação

Há pregações que ficam e eu, certamente, poderia citar diversas. Umas ficam positivamente, já outras. O meu artigo de hoje é fruto de uma lembrança que recentemente me tem vindo, em torno de uma pregação, assim, negativa, já que falava algumas coisas incoerentes com a verdade bíblica e ao mesmo tempo positiva, já que foi a chave para uma decisão que há muito deveria ter sido tomada. Bem, a tal da pregação falava de filiação e, a bem da verdade, lembro-me com clareza apenas que o pregador falava das vantagens de ser filho e para encerrar, ordenou à platéia que se colocasse de pé e exercesse seu poder de filho requerendo suas bênçãos. Eu pirei. Sim, claro, é fato que o filho tem privilégios e a relação de filiação é tão importante que o Senhor nos toma por seus filhos. No entanto, o que me intrigou naquela ocasião e cada vez mais mais me intriga, é a posição que as pessoas tomam frente ao assunto, ignorando completamente que o ser filho implica em privilégios, mas também em resp

Eu assumo ser igreja

Aos trancos e barrancos, muitas vezes com lágrimas e arrependimentos, mas, sobretudo, ciente de que todas as coisas cooperam para o meu bem, eu tenho aprendido que eu sou diretamente responsável pela construção da Igreja estabelecida nas Escrituras Sagradas    (pois ela não é o templo)  e, se me eximo dessa responsabilidade, dou voz à religião que pretensamente combato, e a respaldo para construir de ma neira errada , o que Cristo me confiou construir. Assim, o que tenho compreendido, é que a vida com Deus é uma construção diária, resultado da minha negação pessoal, da submissão do meu eu a Cristo, do meu arrependimento e do abandono do erro, da leitura e aplicação da Palavra da Verdade à minha conduta diária, da oração e, fundamentalmente, da comunhão espiritual com irmãos de fé imperfeitos, mas que vivem o milagre da perfeição de Cristo no aprendizado de tornarem-se UM. Por isso, Senhor, a despeito dos meus erros e acima de tudo, a despeito dos meus medos: EU ASSUMO SE

O segredo da vida é a morte

Quase sempre temos aversão a falar, discutir ou sequer pensar sobre a temática morte. Parece-nos, tantas vezes, que a reboque do tema virá uma onda inconsequente de azar e ai, repugnamos o assunto. Mas, na realidade, ao nos privarmos de falar a respeito da morte, privamo-nos também de desenvolver o hábito da avaliação da nossa existência, no contexto de razão de ser para que a vida consiga, assim, fluidez. E perdemos a percepção de que não há vida, sem antes haver morte e por isso, gastamos os nossos dias sem que tenhamos vivido, até que nos suspiros finais, nos damos conta de que a morte anterior teria processado uma vida que agora não poderá ser experimentada. Um grão, quando lançado à terra, antes morre para somente depois gerar vida. A vida que nos foi prometida, somente nos foi liberada após a morte do Cristo que a Sua vida por nossa vida entregou e nos chamou a segui-Lo, alertando-nos, entretanto da  necessidade fundamental de nos fazermos morrer para que a vida dEle p

Não sei nada a respeito da Bíblia, essa é a verdade!

A cada dia tenho descoberto que eu, na verdade, ainda não sei o real significado de amor, de desprendimento, de fazer o bem sem esperar nada em troca. Sabe, já fiz muitas coisas no contexto de comunidade cristã (e quando as fiz, o que me movia a fazê-las era o desejo de construir para Deus. Pelo menos, era assim que eu pensava). Entretanto, tenho descoberto que no fundo não era isso que eu fazia. Eu apenas cumpria tarefas de uma instituição e nisso, tudo o que eu realizava era para fazer gerar reconhecimento aquela instituição. Não quero aqui jogar pedras a uma instituição em si ou trazer juízo sobre ela ou outras mais, embora discorde de suas práticas. Na verdade, sinceramente creio que tudo aquilo  foi um processo pelo qual eu precisava passar, ou seja, que no fundo me foi útil para que hoje eu ceda espaço ao Espírito Santo e me tornar sensível a um modo macro de ver o reino de Deus e a aplicação da Palavra da Verdade no nosso contexto de vida e ações. E aí, na verdade, na ve

Posso Orar o Pai Nosso?

Não posso dizer "Pai", se não demonstro diariamente minha relação de filho. Não posso dizer "Nosso", se vivo num compartimento espiritual de onde nada sai e onde nada penetra; se penso que no céu está reservado um lugar especial para a minha denominação. Não posso dizer "Que estás nos céus", se estou tão ocupado com a terra que não ajunto tesouro lá. Não posso dizer "Santificado seja o teu nome", se eu, que sou chamado pelo Seu nome, não sou santo. Não posso dizer "Seja feita a tua vontade", se estou discutindo, ressentido e desobediente, a Sua vontade para comigo. Não posso dizer "Na terra como no céu", se não estou preparado para dedicar a minha vida aqui ao Seu serviço. Não posso dizer "Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia" se estou vivendo da experiência do passado ou se não faço muita questão de ter o que pedi. Não posso dizer "Perdoa-nos as nossas dívidas assim como