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Forma e conteúdo, o que o tempo nos está ensinando

Minha próxima tatuagem será algo assim. Só tenho uma. Por hora. Eu amo essas peças de vida, contorcidas. A gente olha e não dá nada. Despreza. Sentencia feiúra.  É que a gente valoriza os invólucros. Idolatra a aparência que nos é vendida padrão. E despreza conteúdo. Não compreende a potência das raízes. Então a gente constrói sobre a areia fofa,  que tem o seu lugar. Não para base. Não a algo que se deseja perene. O que esse tempo nos tem ensinado?  Da solidão. De multidões emocionais nos cubículos da nossa alma,  todas juntas e ao mesmo tempo, agora e sem pedir licença, sem aviso-prévio, sem agendamento. O quanto a solidão nos importa? Por que nos importa? O que nos constrói e desconstrói?  Por que a tememos? Para que a veneremos? Da presença. Das milhares de vozes humanas em laços familiares dos quais nos desacostumamos porque a era do cada um por si virou grito de independência e solidez social. Plástico? Das impercepções das almas, método de existir de distantes que re

A vida é uma jornada de múltiplos caminhos

A vida é uma jornada de múltiplos caminhos. Parte deles exige esforços e muitas vezes colocamos tanto foco na escada, que nos exigirá cuidados, preparo físico e emocional, que acabamos por não perceber a vida nos degraus. Miúda  Discreta  Mas tem cor, tem movimento, tem muitas informações. Tem a energia que talvez seja o que necessitamos para dar mais um passo. Ou talvez seja um marco para uma parada necessária. De recomposição do fôlego, da força mental e física, de um novo cálculo às rotas possíveis, de uma interiorização sobre o valor dos dias, seus significados e potência. Os degraus importam? Antes deles importam as motivações, as razões, as condições da alma, os encontros. Importa a consciência dos porquês à caminhada.

A vida é uma jornada de múltiplos caminhos.

A vida é uma jornada de múltiplos caminhos. Parte deles exige esforços e muitas vezes colocamos tanto foco na escada, que nos exigirá cuidados, preparo físico e emocional, que acabamos por não perceber a vida nos degraus. Miúda Discreta Mas tem cor, tem movimento, tem muitas informações. Tem a energia que talvez seja o que necessitamos para dar mais um passo. Ou talvez seja um marco para uma parada necessária. De recomposição do fôlego, da força mental e física, de um novo cálculo às rotas possíveis, de uma interiorização sobre o valor dos dias, seus significados e potência. Os degraus importam? Antes deles importam as motivações, as razões, as condições da alma, os encontros. Importa a consciência dos porquês à caminhada.

Janelas, vidros manchados, visões e responsabilidades

Pouco antes de entrar na Live com o amigo @danilo_fjranca (aliás, obrigada, muita honra esse diálogo), estava aqui pensando um pouco sobre as nossas construções, as nossas janelas. Sim, janelas e seus vidros, através dos quais olhamos os mundos diante de nós. Ali à frente tenho uma bela mata, Cerrado nativo, um presente. E serra ao fundo. Trabalho vendo e ouvindo a dança das folhas, algumas vezes canto dos pássaros (e das galinhas da vizinhança) e até, raramente, o saltitar de macaquinhos. Isso é uma baita privilégio. Não obstante, a depender do que procuro através da janela, posso ter pequenos desvios de perspectiva. Os vidros carregam marcas e manchas das chuvas, da poeira e mesmo do tempo. Às vezes, uma pequenina marca ou mancha, desprezível à primeira vista, pode distorcer o olhar e a perspectiva e, portanto, interferir nas decisões e seus processos com grande margem de indução a erros. Manter as janelas limpas, transparentes em plenitude faz bem à matéria, aqui à frent

A vida tem dessas coisas

A gente deixa algo de lado por um tempo e depois acha que basta repor a tinta e tudo estará como antes, funcionando adequadamente, produzindo cores, dando forma e ação às palavras postas na tela, aos panoramas mentais, agora transcritos. Então, a gente vai lá. Conecta cabos, instala equipamentos, faz testes de scanner, compra novos cartuchos, faz limpeza superficial, envia impressão teste. Não funciona. Falta a limpeza de bicos, os cabeçotes. Falta calibrar as engrenagens não percebidas à vista superficial e mesmo amadora, ainda que dedicada. Vão-se horas, como o meu processo pessoal, neste momento. Toda uma manhã. Por aqui tudo bem. É apenas um equipamento que estava parado, que me pode ser útil para execução de tarefas, que pode esperar uma manutenção. E o mais desagradável que ocorrerá é o veredito de que a limpeza de cabeçotes sairá mais onerosa que comprar novo equipamento. Decisão de compra não essencial. O real e doloroso mesmo é quando nos atrevem

Sobre dissonâncias. Sobre silêncios. Sobre liderança

A expressão vozes dissonantes nem sempre faz referência a oposição.  Mesmo a mais harmoniosa música recebe, em certo grau, alguma dissonância e é daí que surge o campo da arte da composição sonora de diferentes tons que se fazem uno, em arranjos que beiram a perfeição. Dos valores maos prestigiados para o desenvolvimento de equipes vencedoras, inovadoras,  potentes e capazes de superar múltiplos obstáculos, está a pluralidade de vozes e tons. Mas esta não é cultura fácil de se construir. Nem mesmo quando há líderes que começam suas jornadas  se colocando a este desafio. Estes, também, logo se veem frente ao esforço da composição e são muito facilmente pajeados no caminho da conformação das palavras que são mais agradáveis porque práticas e em tons que não vibram diferente e, portanto, não incomodam e não chamam atenção. Tudo isso, nada mais é que a velha tática do silenciamento. Colocar-se em silêncio é necessário e saudável, quando escolha de respeito ou demanda de introspecção ao ape

O que os nossos veem à noite?

Não faz tanto tempo assim uma #hastag me chamou atenção.  #umabelezapordia  Coisas simples. Delicadeza. Vida. Nosso existir é breve e não não saber as formas e o quanto vai durar é assustador. Mas pode ser um fator de mobilização a que sejamos o melhor que pudermos ser, a que nos façamos inteiros em tudo a que nos dermos. Gente metade é estranha. Plástica. Portanto, descarte altamente poluidor. Morte. Gente inteira é matéria orgânica. Gera outra vida no que se dá. Ser inteira tem muito a ver com o que somos capazes de ver à noite. Não é terrível para sempre, ter medo da noite. Muitas vezes ela é de fato assombrosa. Problema, talvez, é mergulhar no medo, tão profundamente, e não sermos mais capazes de perceber uma beleza por dia, às vezes trazida pela noite.  Aquela luz potente,  distante e tão aqui, dentro do nosso peito, desejando manifestar-se guia, mas pede olhos disponíveis a ver além das trevas. Ainda não era 21h quando fiz essa foto. A bem da verdade estou até agora e