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Poder: serviço ou tirania?

Poder é para servir ao próximo construindo a coletividade, colaborativamente. Qualquer exercício de poder que não esteja alinhado a essa premissa é TIRANIA. E que se saiba, TIRANIA se exerce com chicotes e grilhões, prendendo pés e mãos a troncos ou, prendendo mentes e corações às escuras e tenebrosas celas da mediocridade humana e seu egoísmo. As prisões da tirania podem surgir de um processo construído sob os escombros da ignorância, ausência se autoconhecimento, sofrimento. Podem, também, ter por origem o medo, esse vilão devorador de destinos, de ir além de si, percebendo nas conexões da vida a liberdade de existir e na existência construir vida. Seríamos capazes de analisar nosso interior em sincero exame para identificar o quanto estamos sendo tiranos ou o quanto nos temos submetido à tirania e assim, deixado de construir a nossa humanidade? E que outro ambiente mais propício à total disseminação da tirania, se não aquele em que o imperativo é a desumanidade?

Dançando no fluxo da consciência

Quase três anos depois de manter-me longe da literatura de administração e negócios, voltei a folheá-la, revisitando o impulsos de algumas das suas facetas e perspectivas frente. É da edição nº 124 da HSM Management que vem inspiração para estas linhas, não para escrever sobre liderança de mercados e negócios, mas política. "Ausência de ego, a sensação de intemporalidade, a motivação natural e a riqueza criativa, que surgem quando as pessoas estão em êxtase, podem alavancar seu desempenho" . São estes os atrativos com os quais Steven Kotlen e Jamie Wheal nos levam para o artigo 'Habilidades que vêm do fluxo da consciência'. O começo é um registro sobre o desafio de Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google, no dilema da escolha um CEO que desse ao mercado e investidores a segurança que eles, jovens, em 2001, não conseguiam dar. Para além das qualificações técnicas, "eles queriam alguém que conseguisse deixar o ego de lado a fim de compreender

Enfim, o adeus!

O futuro não é o resultado de escolhas entre caminhos alternativos oferecidos pelo presente, e sim um lugar criado. Criado antes na mente e na vontade, criado depois na ação. O futuro não é um lugar para onde estamos indo, é um lugar que estamos criando. Os caminhos não são para serem encontrados e, sim, feitos. E a ação de fazê-los muda ambos, o fazedor e o destino" (John Schaar) Assim, acredito. Depois de quase três anos intensos, contribuindo na assessoria da presidência do Instituto Brasília Ambiental, com trabalho duro, forte, firme e buscando ser o mais consistente possível para colaborar na construção do futuro no qual acredito, sobre uma estrada de múltiplos encontros de saberes, necessidades e oferecimentos de contribuições incontáveis, fez-se o adeus oficial. Gratidão! Meus horizontes se ampliaram, como eu nem imaginava. Aprendi bastante sobre esse pedaço da nossa casa comum, o DF, e muitas das suas demandas e do que esse pedaço de chão que ousamos chamar

Sobre liberdade

A liberdade é controversa, paradoxal muitas vezes e, absolutamente misteriosa. Eu a valorizo profundamente e me aplico com sincero e responsável compromisso de vida, por tentar compreendê-la e exercitá-la. Confesso. Hoje (e já tem 6 anos), faço menos "orações" e nelas não consigo sair do enredo: pedido de perdão dos pecados que cometo todo dia, pedido de renovo da graça e misericórdia do Criador sobre a minha vida, resgatando a minha humanidade, e agradecimento. Muito raramente consigo ir além disso e acho que nisso está tudo. Sei lá. Há 6 anos, depois de servir numa congregação evangélica por 7 anos, como pastora, e outros 6 anos em outras tantas funções, deixei aquela "comunidade". Muita coisa tem rolado debaixo da ponte desde então e tenho tentado olhar para dentro de mim para me exercitar em conhecer as minhas podridões, tanto quanto o que há em mim que possa ser útil para a minha geração, em serviço. Eu era absolutamente apaixonada, dedicada, inteira no

Pessoas virtuosas por instituições virtuosas

Ouvir Marina Silva e acompanhar as suas práticas políticas é um exercício e tanto de aprendizado. Ela é uma pessoa ímpar, por isso procuro prestar bastante atenção ao que diz, matutar, refletir, observar a congruência do seu discurso e prática e absorver o que a minha própria consciência orienta. Admiro especialmente o esforço a que ela se impõe, assim vejo, para que as pessoas se assumam cidadãs responsáveis pelos próprios destinos e para que percebam o quanto isso concorre para o destino coletivo. Admiro a visão de liderança que estimula as pessoas à emancipação. Admiro sua capacidade de provocar processos de pensamento com falas instigantes como quando diz: "Pessoas virtuosas constroem instituições virtuosas que corrigem as pessoas quando falham em suas virtudes". Tenho pensado muito sobre o significado e importância disso e, se e como temos nos desafiado a perceber o valor de, no processo democrático e na relação das forças políticas com a estrutura do Estado, em que