Pular para o conteúdo principal

Postagens

Às vezes

Às vezes é assim Saímos à procura de sentido E nos perdemos em nós Labirintos  Sem mapa Profunda escuridão Mas há pequenas luzes Espasmos de esperança Que confundem os já trôpegos passos  Há buracos E tropeçamos É estranho Porque é dentro de nós Lugar que não tendo porquê Achávamos seguro, plano Caímos sobre a nossa pequenez E sangramos Não o corpo A alma Às vezes é assim Mente confusa Corpo cansado Às vezes Uma busca Um encontro No labirinto da nossa alma Uma expectativa Um sonho Uma esperança Um novo Dia após um dia de busca

Encontrando virtude na adversidade

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito". Rm. 8:28 Como reagimos nos momentos trágicos, horrorosos, terríveis, de difícil trato? Em tempos de adversidade (do outro) dizemos às pessoas: "olha, você tem que ser equilibrada e vencer o medo, a adversidade; você precisa saber e crer que Deus está no controle de tudo". Mas ai, os dias passam e de repente, somos nós que estamos no olho do furacão e qual é a nossa reação? Desespero. Medo. Desequilíbrio. Isolamento. Dúvidas. Entrega a sentimentos cuja origem é um coração apavorado e cogitamos, por vezes, a possibilidade de abrir mão da missão que nos foi confiada por não conseguirmos enxergar e compreender que na adversidade há virtude. Seria bom se nos lembrássemos, nesses dias ruins, do que fez Paulo quando estava na prisão. Muito embora carregasse o pesado peso das cadeias, Paulo não se definia como um derrotado, um homem de má

Sobre acesso à internet e essas coisas

Gosto muito do mundo digital (nem precisava dizer, ne). Mas, atenção miguinhos ... dá para percebermos que o Brasil ainda precisa fazer um esforço absurdo para se considerar conectado? Pessoas, - não vamos olhar o país a partir da nossa condição. Ok? Pessoas de Brasília ....  ‪#‎ PELAMORDEGOD‬ , isso aqui é uma ilha da fantasia, tá? Tá reclamando de uma pá de coisas ruins e que estão mesmo (ruins)...mas neguim...que tal pegar umas folgas e deixar de lado as praias badaladas pra conhecer o outro Brasil!!!!??? Claro, as praias badaladas (ou não) nos fazem muito bem....só não podemos achar que a vida é só aquilo (in) felizmente. Esclarecido isso... - Não é porque na média e grande cidade tem uma "universidade" em cada esquina em razão desse lucrativo negócio, que todo brasileiro tenha acesso à formação "superior". Ceilândia, amiguinhos, por exemplo, a maior cidade do DF (com seus quase 600 mil habitantes), uma das mais ricas culturalmente no quadradin

Sobre Rótulos

Rótulos não salvam. Rótulos não libertam. Rótulos não aperfeiçoam a sociedade. Rótulos não tornam os povos mais coesos. Rótulos não promovem a justiça. Rótulos não pacificam. Rótulos não preservam o bem comum. Rótulos não minimizam as crises - financeiras, existenciais, humanitárias ou quaisquer que sejam. Rótulos apenas reduzem o significado do que somos, a potência do que nos poderíamos tornar se não nos limitássemos à tragédia da adequação só porque nos exigem definição para um enquadramento sem sentido, sem significado, sem razão. Por uma sociedade com menos rótulos, por favor. A expressão do nosso significado não se limita a um rótulo.

O Interruptor

O mundo mudou pra caramba, não é verdade? Tecnologia de ponta, comunicação  instantânea e "quase" sem barreiras, liberdade de expressão .... Sociedades Feudais. Séculos IV ao XV Principais características (sem aprofundamentos, ok?): . Eram hierarquizadas (difícil uma pessoa passar de uma posição para outra) e estamentais (cada pessoa assumia um papel muito bem definido nessas sociedades, geralmente de acordo com o grupo em que nasceu); . A posição e o status social eram determinados pelo nascimento e pelas propriedades, especialmente de terras; . Havia uma grande disparidade de renda entre a camada mais rica e os mais pobres, culminando numa grande marca: a desigualdade social... Gosto muito de observar pessoas e prestar atenção as suas conversas, gestos (ok, minha mãe tentou ensinar que isso era feio e blá, mas aos 36 acho que já sou responsável por desaprender) e faço isso quase sempre. No supermercado, na padaria e no ônibus e metrô encontro os meus

Tempos lamentáveis, os atuais

Não, eu não apoio em nenhuma vírgula a Presidente Dilma e o seu (des) Governo. No entanto, não fico nenhum pouco feliz com o impeachment dela. Não por ela, pelo Brasil. Não que o impedimento não deva acontecer, é pela tristeza profunda de chegarmos a esse ponto, é pelo asco que sinto desse partido, o PMDB, posando de boa política quando todos sabemos que sob as suas sombras repousam as piores raposas da política nacional e, registre-se que, tal qual quase TODOS os demais part idos dessa república menina em frangalhos, há gente boa no meio daquela corja (só não entendo como conseguem). Menos de 30 anos de democracia - alijada, violada, patinante, vacilante, doente, largada aos lobos, e cá estamos nós, nesse fosso que parece não ter fim; de onde parece não ser possível controlar o mal odor que exara da Casa Pública maior e do Palácio Presidencial. Que dor, que dor ver o Brasil assim, mergulhado nesse excremento e desfilando como se apenas trocar a roupa resolvesse o que nos f

Foi pro ralo

O ralo é, normalmente, um lugar de repulsa. O escoadouro da sujeira, a representação de perdas, o lugar escuro e nojento no qual não temos prazer de colocar a mão e, até por isso, inventamos métodos muito mais eficientes para limpá-lo quando necessário, daí não precisamos dar tanta atenção a ele, até que ocorra um entupimento. Foi pro ralo não é expressão de uma boa coisa. Mas, e se do ralo vier vida ao invés de por lá a virmos escoar? Às vezes, em pequenas dobras - invisíveis  aos olhos menos atenciosos, ficam depositadas sementes da esperança que jogamos no ralo com a água da nossa sujeira.  Vão-se os dias, vem a chuva e a luz de outros dias, quando a esperança nos dá outra lição - além da sua persistência em existir, há vida nos lugares desprezados do mundo, nos esgotos da nossa existência, na escuridão das privações, no apagar das oportunidades, sob as pequenas e escondidas dobras e curvaturas dos sonhos perdidos. Há vida que não espera muito e já floresce - b