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Tempos lamentáveis, os atuais

Não, eu não apoio em nenhuma vírgula a Presidente Dilma e o seu (des) Governo. No entanto, não fico nenhum pouco feliz com o impeachment dela. Não por ela, pelo Brasil. Não que o impedimento não deva acontecer, é pela tristeza profunda de chegarmos a esse ponto, é pelo asco que sinto desse partido, o PMDB, posando de boa política quando todos sabemos que sob as suas sombras repousam as piores raposas da política nacional e, registre-se que, tal qual quase TODOS os demais partidos dessa república menina em frangalhos, há gente boa no meio daquela corja (só não entendo como conseguem).


Menos de 30 anos de democracia - alijada, violada, patinante, vacilante, doente, largada aos lobos, e cá estamos nós, nesse fosso que parece não ter fim; de onde parece não ser possível controlar o mal odor que exara da Casa Pública maior e do Palácio Presidencial.

Que dor, que dor ver o Brasil assim, mergulhado nesse excremento e desfilando como se apenas trocar a roupa resolvesse o que nos faz tão mal cheirosos!

Não é pelo Brasil que eles se estapeiam - nenhum dos lados - é por poder, por fatias de mercado, por manutenção do status quo, por regalias, por privilégios alimentados a partir da expropriação da coisa pública e da miséria do povo, é pelo continuísmo do sequestro da democracia - razão única pela qual todos eles se abraçam e se beijam atrás das cortinas, e quando a luz acende fazem cena.

Nenhum deles merece aplauso.
Nenhum deles merece respeito.

Tempos lamentáveis, os atuais.
Dias de choro pelo meu país.

Tão rápido nos sobreveio aquilo do que fomos alertados há pouco menos de um ano. Não, não, a bem da verdade já são oito anos, aproximadamente, que uma voz no deserto nos alerta à necessidade de pensar "política de longo prazo para o curto prazo dos políticos", mas nós a silenciamos com os estridentes ecos do desqualificado marketing eleitoral, por apenas mais um prazo para o político.

Não, não ... nenhum político é salvador da pátria. NENHUM. Está aí uma lição que teimamos não aprender e quando finalmente a aceitarmos, talvez entendamos que quem salvará a pátria é a educação centrada no desenvolvimento de CIDADÃOS.

"Tomara meu Deus, tomara, que tudo que nos separa não frutifique, não valha. Tomara, meu Deus".

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