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Eu, você e os carimbos!

A história dos carimbos remonta desde muitos séculos, ao longo dos quais, várias foram as formas assumidas por esses instrumentos. De um modo geral, porém, os carimbos sempre tiveram o mesmo conjunto de funções, girando em torno de atestar algo como verdadeiro, configurar garantias a contratos e coisas afins. Os carimbos, necessariamente fazem parte da nossa vida, e não se trata daquele momento em que vamos ao cartório providenciar a autenticação de um documento, reconhecimento de firma ou em um consultório médico pegar um atestado. Eles nos acompanham de um modo bem mais significativo que estes e com marcas indeléveis, de fato, embora passíveis de variação de significado. Em 2004, acho que lá pelo mês de março ou abril, participei de uma das reuniões regulares com líderes da comunidade cristã da qual eu era membro. A lição daquela noite estava em torno de um ensinamento que costumo resumir assim, como foi feito ali: um desenho circular com um ponto no centro. O pastor que c

Um jardim para cuidar e plantar

Então o Senhor Deus pôs o homem no jardim do Éden, para cuidar dele e nele fazer plantações. (Gênesis 2:15) De que maneira temos percebido a criação e como estamos nos relacionando com ela?  O desejo é que o Evangelho nos transforme a  ponto de desenvolvermos a mente do Cristo, que sabe o lugar de todos no universo e busca com todos os seres criados uma relação harmônica, de cuidado e serviço - de modo que, no afã pelo exercício do que mais nos mobiliza: dominar, nós não nos esqueçamos a responsabilidade de cuidar. Pois, a terra que nos alimenta é a mesma que exige o nosso cuidado. Uma ação, sem a outra não subsiste.  --- O nosso aperfeiçoamento começa quando voltamos à Palavra, desconstruímos velhos conceitos, ampliamos a percepção sobre o serviço cristão na terra e abrimos a mente para aprender. Grata pelas oportunidades que Deus nos dá, a todos, nessa direção! 

Ao povo, a cidade!

Não gosto da parada de 7 de setembro. Motivo? Por ser isso, uma parada militar.  É bem possível que eu esteja falando mais uma bobagem? Sim, é possível - como quase tudo. A questão é que a minha antipatia se deve ao fato de esperar do Dia da Independência do meu país, uma festa popular, do tipo que se faz pelo ajuntamento voluntário de pessoas para uma celebração especial. E claro, não a desprezo de todo, reconheço que, pelo menos às crianças, ajuda no processo de aproximação quanto aos símbolos da pátria. Apesar disso, o 7 de setembro tal qual o 21 de abril, para mim são datas muito especiais. 21 de abril é a data de aniversário da nossa linda Capital Federal e por essa data ainda é possível encontrarmos gramas verdinhas nas avenidas, jardins, na Esplanada, Eixo Monumental. Isso graças às últimas chuvas.  7 de setembro é a data da nossa Independência, quando lá, "às margens do Ipiranga" deu-se o grito "Independência ou Morte" . Ok, foi só para d

Escravidão na Modernidade

Os escravos na atualidade trabalham apenas pela má alimentação do dia, pela roupa e calçados, por uma escola retrógrada - e olhe lá, e se forem bons escravos, trabalham também por um carro pra entupir as vias da Cidade.  Nada contra ter.  Neste exato momento estou precisando, muito mais que apenas querendo, ter algumas importantes coisas. Apenas é sufocante adequar-se a esse modo de existir, em que as  pessoas são mais um adereço, coisas de um sistema mesquinho e abominável em que o estranho é questioná-lo e repudiá-lo, em que o irresponsável é não querê-lo pra si, em que o louco é lutar cotidianamente para não ter que a ele se submeter. Sábios mesmo são os índios. Eles que sabem viver. Covardes somos, quase todos, nós que abdicamos da vida para existir como coisas desse sistema imbecil que nos molda e determina o que devemos nos tornar ou não. Mas..."tomara, meu Deus, tomara" - como canta Alceu Valença, "que tudo que nos amarra, só seja amor,

Ativo vs Reativo

Ser sal da terra e luz do mundo pressupõe um modo de vida ativo na sociedade, e não somente reativo. Ser ativo, a seu tempo, exige conhecimento e envolvimento, pois não se pode ativar nada em nada, sem prévio conhecimento. Ser ativo, sim, dá uma boa dose de trabalho. Exige certa dose de abnegação, exercício de tolerância em mescla com posicionamento firme. Impõe a necessidade de compreender o ou tro como próximo e não apenas o outro, distante. Isso, portanto, fala do não às barreiras, do espírito coletivo, da construção colaborativa de caminhos e soluções. Ou seja, nos coloca no lugar de onde nunca deveríamos ter julgado ser possível sair: o Centro da vida em sociedade, do modo a que ela se propõe - coletiva. Como não é possível sair, nos tornamos omissos. Acontece que o mundo está cada vez mais dinâmico e, graças a Deus, cheio de ferramentas interessantes e significativamente úteis para esse processo social, cooperativo e colaborativo. Mas, e nós, que nos denomina

Que é o Brasil senão a força do brasileiro?

Que é o Brasil senão a força do brasileiro? "A gente não desiste nunca", pois a gente sabe, como bem bradava João Guimarães - o Rosa, que "todo caminho da gente é resvaloso. Mas também, cair não prejudica demais A gente levanta, a gente sobe, a gente volta!... O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: Esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, Sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria, E ain da mais alegre no meio da tristeza..." A gente é raça, é força é fé, é trabalho. A gente é riso, na festa e na dor, porque ele não é gesto seco e vazio, é essência livre de quem tem de esperança e amor. A gente é lágrima que alivia, lava a alma, provoca mudança. A gente é gente, caindo, levantando, desfrutando da contínua busca por se descobrir, todo dia, simplesmente, gente que não fica parada mas que segue em frente! É só isso que a gente é, gente. E isso, não

Pelo direito de errar

Por quase sete anos tive um chefe que não admitia erros, e até que aprendi a lidar com aquele "terrorismo", claro, acho que estava aí a razão para erros bobos, que muito facilmente poderiam ser evitados. Não o condeno, pois é fato que vivemos uma cultura de culto aos super-homens e supermulheres dos quais se exige a perfeição e a quem não se pode conferir nenhum ato falho, nenhum deslize, senão, diante de tão absurdos e incompatíveis atos à condição humana, resta a desmoralização completa e irreversível. Mas, se é que tenho autoridade para tanto, condeno a nossa sociedade por nos condenar a isso e faço mais, grito: aos protestos, camaradas. Sim, façamos passeatas, criemos #hastags, abramos fóruns e brademos alto "PELO DIREITO DE ERRAR" . A questão é que de repente, ou nem tão de repente assim, nos deparamos com uma geração perdida, certa de suas fraquezas e mais certa ainda de que os erros contribuem radicalmente para o processo de aperfeiçoamento humano