A gente sonha e casa com os sonhos. É sempre assim. Ou pelo menos quase sempre.
Planos. Enamoramentos. Mergulhos profundos. Desejos. Pele quente. Suor. Pele fria. Medo. Ansiedade. Êxtase. Lágrimas. Risos. Gargalhadas. Frustrações. Insônia. Força sobrehumana. Fé inabalável. Trabalho incansável. Energia infinda.
E começa a nascer.
O tempo não para.
Pensamento afirmativo ao próprio pensamento e aos sentimentos mil de mil momentos loucos: "eu sabia que iria funcionar", "vai valer a pena".
Possibilidades. Renovo. Percalços. Decisões erradas. Rupturas profundas. Alianças aos pedaços. Confiança destruída.
Sonhos na lama. Nome, reputação em cinzas. Escombros.
Incerteza. Prejuízos. Brigas. Ações fraudulentas.
Pesa. A responsabilidade pesa.
Senso de responsabilidade grita, orienta, define e não isenta, nenhuma ação.
Escolhas. Ser.
Advogados. Dívidas. Dúvidas. Empréstimos.
Família.
Amigos.
Aprender a repensar as relações, o significado de ser para não perder a fé no ser.
Desafios. Superação. Autonomia. Descobertas.
Mesmos lugares, outros mundos.
Novos olhares. Transformação.
Missão: servir.
Desafio: existir com significado.
12 de julho de 2017, finalmente divorciada.
Não, não estive casada. Apenas uso a metáfora da contabilidade daquele 13 de junho de 2006, quando assinei um contrato social de um sonho.
Inocente, pura e besta, como é próprio dos jovens de 25 anos de idade, especialmente quando se preza, antes do dinheiro, os ideais.
29 de janeiro de 2012, aos frangalhos o sonho fugia pela janela atrás de um assobio na praça. Do outro lado da janela, escura a alma ficava e, lentamente lágrimas enlutadas escorriam a face do outro sonho desfigurado.
03 de janeiro de 2015, etapa um, divórcio lento e caro. Vida segue. Existir necessário. Impedimentos desfeitos.
12 de julho de 2017. Livre.
Gratidão pelos sonhos e todos os seus emaranhados. Sim, mesmo as dores -
que me fizeram mais forte, me revelaram gente, me abriram olhos à resiliência que me possui.
Gratidão, me possua sempre, hoje e agora e amanhã.
Novos sonhos já os rascunho porque "o correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem..."
Vai, Ádila Lopes, superar-se é uma benção!
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