Nós temos uma única chance de acessarmos a liberdade verdadeira e nos
tornarmos aquilo para o que fomos gerados no Senhor: CONHECIMENTO. Por isso, tantas vezes a Escritura nos alerta
e nos orienta à busca do conhecimento.
- Conhecer a Deus nos permite entender o Seu Reino, forma em
nós o Seu caráter e nos libera para que nos tornemos instrumentos mais pontuais
na aplicação do conhecimento e ciências humanas a que temos acesso, em
benefício da terra que nos foi confiada e suas estruturas, a fim de que
possamos cooperar na correção dos rumos e no estabelecimento da justiça.
Sabendo disso, não podemos desprezar o fato de que o sistema opressor das trevas está certo de que o caminho é
buscar conhecimento e, ao longo da nossa história, temos visto povos escravizados
(o nosso, por exemplo) a toda sorte de prisões – desigualdade social,
violência, abusos, uso errado do poder, exploração, e toda diversidade de
mazelas sociais – em razão do desconhecimento, e de outro lado, outros povos,
escravizados porque embora, conheçam as ciências humanas, desprezam o
conhecimento do Senhor. Por isso, esse sistema trabalha com todas as suas forças para que a ignorância impere e cegue as pessoas. Por outro lado, precisamos entender que durante um longo período, a Igreja Evangélica Brasileira, foi
levada a apartar-se da construção social em que estava inserida, descontextualizando-se
da organização das estruturas sociais e de governo, por exemplo, e assim, tornando-se
em grau significativo, responsável – em razão da omissão - pelo crescimento de
um sistema opressor que desagrada ao Senhor. Porém, Adonai nos tem dado uma
nova oportunidade para nos assumirmos luz do mundo, denunciando as obras das
trevas e sal da terra, impedindo a degradação social.
É uma missão urgente e aqueles que a tem entendido,
precisam de um posicionamento muito claro e certeiro: BUSCAR CONHECIMENTO, de
Deus, lançando-se com sede à sua intimidade para contemplar como Ele é,
conhecer o Seu caráter e tornar-se a sua semelhança; e das ciências que Ele
mesmo, Adonai, capacitou aos homens desenvolvê-las. Pois a junção e operação
desses dois patamares de conhecimento (Deus e as ciências), nos permitirão um nível muito mais
sólido de cooperação no estabelecimento dos princípios do Reino do Senhor aqui
na terra.
Fica, então, a denúncia da nossa inoperância sob a cegueira
da ignorância que nos impede de enxergar COMO darmos significado às palavras,
às ordens de Adonai.
Fica, também, o chamamento para revermos o que a Escritura nos fala quanto a alargarmos o nosso
entendimento na compreensão de que Conhecer nos livra do erro e a Verdade liberta, nos impulsiona a
irmos além de nós mesmos, nos libera para percebermos o mundo de forma mais
ampla e nos desperta o entendimento de que a nossa mordomia, para que seja exercida de
forma plena, no cumprirmos ao que Adonai espera de nós, nos exige um processo contínuo
de capacitação e aperfeiçoamento, que se manifesta em novos aprendizados e
estes, por sua vez, liberam em nós uma ação criativa surpreendente e nos faz,
de fato, agentes de transformação da história. Eis ai, algo que Adonai espera
de nós.
Ficam, por fim, alguns questionamentos e provocações para mim e todos
nós:
- Quanto nós investimos na leitura e estudo do livro sagrado,
buscando realinhar a nossa mente e modo de viver à mente e vida de Cristo?
- Quanto nós conseguimos compreender do estudo e formação
pessoal como sendo uma parte importante,
de peso significativo no nosso exercício vocacional, no cumprimento da nossa missão?
- Quanto do nosso tempo temos focado para estudar a nossa
sociedade e as suas estruturas, sua organização?
- Quanto da nossa energia temos despendido para aprender e
desenvolver técnicas que promovam a transformação da nossa sociedade?
- Quanto da nossa aplicação diária aponta para que sejamos pessoas que conseguem se destacar nos meios em que estamos inseridos, porque conseguimos perceber o mundo, criticá-lo e propor soluções para os problemas que
afligem as pessoas?
Conhecer o Senhor nos provoca rupturas radicais, nos constrange,
nos impulsiona, nos exige uma nova mentalidade. Que seja assim conosco e que
seja já, porque o conhecimento é uma árvore de vida.
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