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Mostrando postagens com o rótulo Igreja

Um sonho para a igreja em 2019

Sim, eu tô bem ciente de que eu não tenho autoridade para isso. Mas, como a gente tá na era do opiniódromo livre, vou continuar a minha vibe. Sugestão de temas para a Igreja Cristã Brasileira (todas elas) para 2019. Se liguem! Não é fazer um cultinho especial, numa data x qualquer, meio fantasioso, como se todas as coisas que estão por trás, na frente e no meio, envoltas, não fossem bem sérias. Não é nada disso não, tá? É promover ações para sensibilização real, sacou? 🗓  Janeiro: mundo, mundo, vasto mundo; fraternidade universal, o que é para que serve isso? Política Internacional, tratados, acordos; 🗓  Fevereiro e Março: os males do patriarcado; doenças, estigmas e sequelas do machismo; violência contra a mulher (inclusive na igreja); a mulher na igreja e na sociedade etc; 🗓  Abril: um mergulho na cultura dos nossos povos originários; as violações dos seus direitos; demarcação de terras indígenas; atuação da igreja na cultura indígena, conflitos, etc; 🗓  Maio e Junh

Não acredito na oração

Eu não acredito na oração cuja expressão vocal não seja precedida e sucedida de consistente disposição de ser a expressão vocalizada. Por que? A palavra sobre caos iniciou um processo que criou o jardim, um coeso sistema de vida. E a palavra foi-nos dada para continuarmos manifestando aqui, agora e sempre, o poder criativo e criador da fonte de todas as coisas e seres.  Mas, a palavra só é ato se envolta no Espírito - o sopro da vida, portanto, sendo dinâmica e dialogal com a existência, demandas, carências, potenciais da existência. Toda ela. A palavra dissociada do Espírito é verbo acusatório, desagregador, perverso juiz, arma com fim único o assassinato - de sonhos, de esperanças, da existência. Por isso, todas essas orações agora convocadas por Apóstolos, Bispos, Pastores e um sem número de gentes outras, pelo Brasil e para que o Brasil “seja do Senhor Jesus Cristo”, para mim são apenas palavras soltas, vazias, hipocrisia em sua mais dolorida e mal cheirosa demon

Em Reforma?

Às vésperas do tal 499º aniversário da Reforma Protestante , talvez nos grite com muita força hoje a necessidade de pensarmos sobre essa palavra - REFORMA - o seu poder e o seu significado. Quando a nossa teologia está distante dos gritos da alma humana; quando a nossa teologia não consegue mais dialogar com os guetos, os becos, as vielas, as ruas, as demandas sociais, a inquietação da nossa existência, o nosso sentido espiritual de ser gente; quando a nossa teologia não nos p rova a pensar, enxergar e a assumir responsabilidade com o sistema de vida no qual existimos como parte, alguma coisa está estranha. Muito estranha. Não é a Escritura, assim creio, que se fez incompleta nos seus princípios e, portanto, insuficiente para as demandas da humanidade. Mas, a estratagema teológica do distanciamento, da comunicação academicista, do discurso ao invés do diálogo, da vedação aos questionamentos e às dúvidas, da literalidade textual e desprezo de valor do Cristo, pessoa inspirado

Violência contra a mulher, e o que a Igreja tem a ver com isso

Eis um tema sobre o qual deveríamos investir muitas horas conversando para disso saírem ações. Dirijo-me especialmente às igrejas e ainda chegando mais perto, às igrejas evangélicas. Nós nos escondemos em textos fora do contexto para fingir não vermos a violência física e psicológica a que mulheres são submetidas e ousamos descaradamente, por prazer em tradições vencidas, desprezar que o Cristo deu à mulher um lugar no mundo, que nós não queremos dar. Do outro lado, nós mulheres precisamos compreender que a cultura que nos violenta e mata é um caldo que nós também temperamos. Vamos pensar tudo isso? Vamos discutir a violência contra a mulher dentro das nossas igrejas, com homens, jovens e mulheres? Vamos encarar a submissão de outra perspectivas e não usá - la como pano a esconder o sangue sobre o qual pisamos como se não existisse?

Sem acusação a ninguém, ok?

Sem acusação a ninguém, ok? Tanto que me incluo! Mas...eu vivo com essa pergunta (ou essas) ... Por que, My God, TEMOS tantos argumentos, tanta energia, tanto tempo disponível para nos opor à chamada "causa gay", usando como pano de fundo o malfadado PLC 122 (que TEM SIM, bizarrices) e NÃO TEMOS TEMPO, NEM argumentos, NEM energia e NENHUMA disposição, de qualquer natureza, para pensar a infância, os meninos e meninas em situação de abandono, largados nos orfanatos, viciados, violentados  nas ruas e dentro de casa, violentados nos seus direitos básicos e por aí, vai. Por que conseguimos rapidamente nos mobilizar quando a causa envolve esse assunto e ficamos a vida toda estáticos, sem mover um dedo diante das milhares de crianças submetidas ao trabalho escravos, à mendicância, subnutridas, fora da escola, sem educação de qualidade, sem assistência médica? Por que exigimos audiências com parlamentares, governadores e presidentes para lhes impor que não defenderão o

Igreja Cerimonialista, outra vez?

A Pedagogia de Deus é algo sensacional. E pela Pedagogia de Deus, Ele nos quer ensinar a sermos generosos, a nos relacionarmos com Ele, a vivermos uma vida de renúncia, a vivermos a comunhão. Então, porque queremos insistir em 10% e na formatação litúrgica engessada e em tempos e lugares pré-definidos?  Mas isso estava tudo lá para vermos e aprendermos, diria alguém.  Sim, exatamente. Era uma amostra, um ensinamento; a maneira como Deus encontrou para nos ensinar até que Cristo viesse e mostrasse na prática o que estava sendo transmitido até então. Algo do tipo, vamos passar para a próxima série? Qual? A da vida contínua com Ele e não apenas em um dia da semana, a que se manifesta em qualquer lugar, a todo tempo, de maneira integral. A nossa vida com Deus não deve ficar restrita ao cerimonialismo. A nossa vida com Deus não deve ficar centrada no cerimonialismo. Ah! Mas é necessário o cerimonialismo!  Sinceramente, eu não sei, mas desconfio que ao darmos contínua vida