A Pedagogia de Deus é algo sensacional. E pela Pedagogia de Deus, Ele nos quer ensinar a sermos generosos, a nos relacionarmos com Ele, a vivermos uma vida de renúncia, a vivermos a comunhão. Então, porque queremos insistir em 10% e na formatação litúrgica engessada e em tempos e lugares pré-definidos?
Mas isso estava tudo lá para vermos e aprendermos, diria alguém.
Sim, exatamente. Era uma amostra, um ensinamento; a maneira como Deus encontrou para nos ensinar até que Cristo viesse e mostrasse na prática o que estava sendo transmitido até então. Algo do tipo, vamos passar para a próxima série? Qual? A da vida contínua com Ele e não apenas em um dia da semana, a que se manifesta em qualquer lugar, a todo tempo, de maneira integral.
A nossa vida com Deus não deve ficar restrita ao cerimonialismo.
A nossa vida com Deus não deve ficar centrada no cerimonialismo.
Ah! Mas é necessário o cerimonialismo!
Sinceramente, eu não sei, mas desconfio que ao darmos contínua vida ao cerimonialismo porque as "pessoas precisam", talvez estejamos dando sobrevida a um instrumento que ao que me parece, Cristo arrebatou de nós para fazer o ensino do Pai de uma viva e diferente.
O que vejo, então, é que não faz sentido Igreja com base no cerimonialismo, mas faz todo o sentido, Igreja fruto da Comunhão. Por outro lado, é mais difícil construir Igreja Relacional (cuja estrutura é a comunhão) que Igreja Cerimonialista.
Ora, vejamos:
Igreja Relacional tem toda a sua amplitude em vida na vida (e isso é comunhão) e basta. Daí, vem a edificação mútua, o desdobrar da visão bíblica que a todos alcança, o ferro que afia o ferro pela exortação, oração, compromisso de Corpo Uno e não multifacetado.
Igreja Cerimonialista exige liturgia rígida, regras claras, ajuntamentos pré-definidos, sacerdócio personificado em um e por isso, a impossível missão de tornar o ajuntamento comunhão Nunca será.
E daí, minha teimosa disposição de pergunta (repetida): e vamos fazer o quê?
Construir cerimonialismo porque é o que sabemos fazer? Ou nos desafiar à construção de relacionamentos que nos levem à Comunhão, um caminho desconhecido, "incerto" e desafiador!?
É conhecida a indagação: "como poderemos chegar a resultados diferentes se continuamos a fazer as coisas da mesma maneira"?
Por isso, penso e questiono, como poderemos ser uma Igreja fortalecida na Comunhão, se a nossa base é o cerimonialismo?
Veja bem, eu até entendo como necessárias, algumas ações de cerimonialismo, mas entendo, ao mesmo tempo, que elas não devem ser a base, que elas devem ser desconstruídas e que não devemos ter medo das perdas quantitativas que teremos em razão disso, pois aprendizado leva tempo ... para uns, é quase instantâneo, já outros reprovarão, desistirão e depois de um tempo farão nova e nova e nova tentativa. A questão é que eu penso que o Senhor tem comunicado uma nova forma de nos reunirmos como Igreja e é por base na entrega relacional de Cristo (vida na vida que gera comunhão) e não na entrega cerimonial da lei.
Até breve, amigos!
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