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Mostrando postagens de agosto, 2013

Não se morre de amor

Não se morre de amor. Morre-se de desamor No dissabor da traição Na angústia do abandono No medo da solidão De amor não digo o toque, carne, cheiro e suor De amor digo viver de um para o outro, viver de um no outro Independente do escopo E morre-se de desamor não no dia da morte Mas na perda diária da esperança No sangrar da alma em trauma No apagar do sorriso livre Isso ainda num corpo frágil que vive De amor não se morre Mas de desamor ... morre

Afinal, o que queremos?

Dizemos querer Deus, mas O ouvimos diariamente e não atendemos. Dizemos querer nos relacionar e viver em comunhão, mas permanecemos encalacrados na nossa realidade e não vamos na direção do outro e não nos damos a conhecer. Assim, parece que não queremos ou fingimos não perceber que não se pode construir relacionamentos sólidos e relevante, sem que se contemple a necessidade de que todas as partes envolvidas devem se mostrar umas as outras. Dizemos que queremos imergir na realidade do Reino, mas não nos permitimos conhecer, muito menos ser dirigidos pela Lei que impera no Reino, pois não há reino sem comando de uma lei. Dizemos que queremos ser filhos,mas não admitimos que o DNA carnal deva ser completamente esquecido, numa compreensão de processo espiritual exige que nos transformemos radicalmente, de modo a não mais reconhecer-se em nós as nossas marcas e identidade natural, mas as marcas e identidade espiritual do nosso Pai espiritual, o Senhor. Enfim, fica então,

Misericórdia: uma referência de vida plena

Cantamos a misericórdia de Deus e brandamos a nossa necessidade de ser por ela alcançados. Damos ênfase ao quatro cantos da terra do quão misericordioso é o Senhor, mas nos esquecemos que Ele nos instrui a que sejamos tal qual Ele é, e esquecemos que aos misericordiosos, a recompensa é a misericórdia. Mas, em termos objetivos, será que ao menos nos permitimos conhecer o significado dessa palavra, para que, ai sim, ela passe a ser um norte na nossa vida, um fruto vivo do que o Senhor tem produzido em nós? Quando buscamos nas Escrituras, a palavra hebraica, no Antigo Testamento, que mais designa misericórdia é Hesed , e se apresenta com dois significados: primeiro no sentido de "cumprir algo pelo que foi feito um acordo" , ou ainda, "dar ao outro aquilo que lhe é devido em razão de um tratado previamente estabelecido". Entretanto, o segundo sentido diz respeito a "ato gratuito e espontâneo de bondade e amor" . Assim, misericórdia vem a representar

Sob o Comando do Pai

Corpo saudável é corpo em movimento. Do contrário, vegeta ou, sob alguma deficiência limitadora, torna-se dependente de artifícios externos para que se mova e dê algum sentido a sua existência. O movimento saudável, é portanto, o movimento natural. Claro, que o movimento frente a uma dependência física, por exemplo, muitas vezes é até heroico, mas não deixa de nos levar à consciência de que se poderia conduzir o passo-a-passo de forma mais adequada, sob o proceder "normal" da vida. Em resumo: uma pessoa encontrar um passo saudável estando rodeada de tantos artifícios que não fazem parte do corpo, é tão complexo que na maioria das vezes ela acaba por comprometer a razão pela qual deve se mover (e diga-se de passagem, em direção ao outro). Eis ai o mistério cristão nos nossos dias: aprender o movimento natural de Corpo, sem os artifícios que nos tem descaracterizado, que nos tem provocado movimentos em direção às nossas próprias necessidades e não na direção do o

Amor que nos faz a imagem de Deus

A Igreja tem e precisa entender e assumir o seu papel social (e não é sair distribuindo pão, vai além disso).  E sabe de uma coisa? Tem um manual para isso, cuja síntese está em amar ao Senhor. Muitas vezes queremos fórmulas especiais para a manifestação do amor ao Senhor, quando na verdade, tudo já está diante de nós. Se seguimos o manual e amarmos ao Senhor acima de todas as coisas, será natural a manifestação desse amor: em renúncia completa, total e absoluta; em esvaziarmo-nos para vivermos a vida do Senhor e não mais a nossa; em amor ao próximo; numa verdadeira disposição para parar, ouvir e obedecer ao Pai, somente a Ele; em contraposição (por todas as coisas anteriormente ditas), à indiferença latente que rege a vida dos "cristãos", tão ocupados com as tarefas de suas instituições, que relegam as pessoas a um grau abaixo dos afazeres institucionais; na inserção na realidade e vida do próximo, que nos faz romper as barreiras separatistas, faz