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Ouço

Ouço vozes no escuro Das sombras do sim e do não Ouço palavras mudas Que grunhem loucuras à minha razão Ouço o silêncio Que fala  Que chora Ouço o silêncio do sim E o alvoroço do não Ouço o chamego do medo E o tremor da precipitação Ouço a movediça mentira Da auto-afirmação Ouço-me agora E em seguida mais não

De quantos em quantos?

De quantos nós é feita uma prisão? O nó da alma bruta em desconstrução? O nó do sentimento cego, coração? O nó do tempo passado à emoção? De quantos passos é feita uma libertação? O passo trôpego, incoerente da emoção, em confusão? O passo firme, constante da razão? O passo do amor próprio em confissão? De quantos ciclos é feita a salvação? O ciclo intenso da perdição?

Mais um dia triste para o Brasil.

Mais um dia triste para o Brasil. Compreendo a sociedade como um todo e o seu insano apoio ao encarceramento dos adolescentes achando que isso resolverá a questão da segurança pública no país. Compreendo, por saber quão baixo é o nosso nível de educação cidadã e outras coisinhas mais e más. Não concordo. Agora, ao fazer um recorte da sociedade considerando o povo que se declara cristão, em especial os evangélicos - grupo do qual confesso, me arrastando e ainda não sabendo c omo, faço parte, está aí uma pesada afronta à fé cristã. Incoerência, inconsistência, pregação evangélica vazia, espasmo de espiritualidade. Na boa, sei que não serei compreendida e acho que já estou quase vencendo essa fase de querer ser compreendida, mas é cansativo isso, viu? Esse evangelho do desamor, da irresponsabilidade com o mundo e com o próximo, da confissão de fé apenas em palavras gritadas cada vez mais altas e abafadas com cada vez mais força e velocidade pela inconsistência de atos e a pratica

Qual é a preocupação, afinal?

A preocupação não é sanear as contas públicas, ou batalhar pelo mínimo de decência na gestão pública, ou implementar um regime de aprofundamento da transparência, ou trabalhar pelo desenvolvimento de uma nova cultura política no país. Não, nada disso interessa. O importante mesmo é a disputa de quem roubou mais, se FHC e sua trupe ou Lula e sua trupe. Isso sim é importante para o Brasil, não fechar a torneira. O importante é esse clima de futebol de várzea, não discutir que  o rumo foi perdido. Não é importante assumir a culpa no cartório, basta se agachar sob a nuvem pesada e escura da fuligem dos destroços da má gestão, descompromisso e irresponsabilidade com o país e esperar um tempo mais, pois as brigas insanas tem o poder de distrair e rápido dissipam o interesse pelo está por trás delas e a praça se esvazia para que tudo volte ao normal. Assim caminhamos nós, presos da subcultura do individualismo, da desimportância pelo que é de todos, das sub-construções do se dar bem a q

Volver! Volver! Volver!

Estão matando os nossos jovens. Estão dizimando as nossas crianças. E os que sobrevivem a esse choque de loucura por poder e ganância, seguem se arrastando pela estrada da desesperança. Então, munidos de rancor e mágoa,   refazem-se em ódio pela violência sofrida e agora retribuída, numa reação de equação matemática simples, de mesmo peso e mesma medida multiplicadas pela vida perdida. E nós queremos exigir-lhes boas lembranças e cuidado com a vida? Que vida lhes demos? Que lembranças lhes semeamos? Que respeito lhes oferecemos? Que dignidade lhes propusemos? Chega!   Não dá para prosseguir assim, condenando os nossos pequenos, minando sonhos, desprezando a esperança. Volver! Volver! Volver! É a ordem imediata. É a resposta mais sensata. Se não queremos definitivamente nos perder. Volver! Volver! Volver! Valores precisam ser revistos. Ou ninguém mais irá sobreviver!

"Saber todo mundo sabe, querer todo mundo quer..."

Foi-se o tempo em que composições frasais me enchiam os olhos. Hoje, palavras, sem a expressão de significado ativo, não me dizem nada. Talvez os cabelos brancos que já se fazem presentes (apesar do apenas 3.5 de velocidade etária), ou as feridas das decepções que foram profundas, ou um processo de amadurecimento misturado (ou fruto) dos fatos anteriores, a verdade é que hoje palavras, para mim, são apenas palavras, sopro nos lábios, vocalização apressada de pensamentos afoi tos. A comunicação que me alcança é aquela do ato, da construção coerente no cotidiano, da expressão das palavras ditas (e não ditas) em ações, em prática, em vida real. ...porque... "saber, todo mundo sabe querer todo mundo quer mais fácil é falar do que fazer..." Então,   Vou-me esforçando para que a minha comunicação seja como aquela que desejo: prática diária dos valores nos quais acredito, pois, "o que a gente faz fala muito mais do que só falar..." Verbo é açã

#ReduçãoNãoÉSolução!

Dia 30? Estarei lá, na rua ... porque problemas crônicos e questões complexas não são resolvidos assim, como se está querendo fazer, é preciso chamar a sociedade para o debate, é preciso olhar a fundo para tudo o que envolve a proposta e aquilo que está posto e não recebeu a atenção devida em 25 anos de ECA. Não é 'reduz ou não reduz' simples assim por isso é preciso por fim a essa corrida de resolver problemas sociais sem integração da sociedade, sem pô-la no centro do debate. ‪#‎ ReduçãoNãoÉSolução‬ Vamos avançar socialmente, minha gente! Linda campanha uruguaia e mudança de opinião a partir de um novo olhar! Somos capazes? Tentemos!   Emoticon wink ---- A lição uruguaia e o nascimento da geração desarmada Dois terços dos uruguaios eram a favor da redução da maioridade penal. Em outubro do ano passado, houve um referendo naquele país sobre o tema. 53% contra a redução, 47% a favor. O que aconteceu? Como as pessoas no Uruguai mudaram de