E depois do tiro, Que acertou o peito, Que sangrou o corpo, Que espantou o espírito, E afugentou a alma... Ele gritou: "NÓS VENCEMOS!" A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se atrás de si deixam um lastro viscoso de corrupção, sob cuja cor escura escorrem em vielas, crianças - pequenas sementes de futuro, enxertadas na miséria dos sem sonhos? A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se suas mãos carregam o escarlate sangue de assassínio do vigor juvenil, sugado em menosprezo, envelhecido antes do tempo, explodido no dissabor da violência, um retorno da força que lhe suprimiu o brilho da fase mais viçosa da existência? A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se os seus ombros pesam sob o arco da frustração já velha do em nada se reconhecer ser, de dias presos a densas nuvens de desgraça e da opressão da não ação, acusação do porquê nada fiz, porque vi a luz e não a segui? A quem vencem os que bradam "nós venc...