E depois do tiro,
Que acertou o peito,
Que sangrou o corpo,
Que espantou o espírito,
E afugentou a alma...
Ele gritou: "NÓS VENCEMOS!"
A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se atrás de si deixam um lastro viscoso de corrupção, sob cuja cor escura escorrem em vielas, crianças - pequenas sementes de futuro, enxertadas na miséria dos sem sonhos?
A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se suas mãos carregam o escarlate sangue de assassínio do vigor juvenil, sugado em menosprezo, envelhecido antes do tempo, explodido no dissabor da violência, um retorno da força que lhe suprimiu o brilho da fase mais viçosa da existência?
A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se os seus ombros pesam sob o arco da frustração já velha do em nada se reconhecer ser, de dias presos a densas nuvens de desgraça e da opressão da não ação, acusação do porquê nada fiz, porque vi a luz e não a segui?
A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se o aplauso após o brado é o próprio eco de um nós sem conjunto, mas um eu inflado na hipocrisia da fala?
A quem vencem?
O que vencem?
Que acertou o peito,
Que sangrou o corpo,
Que espantou o espírito,
E afugentou a alma...
Ele gritou: "NÓS VENCEMOS!"
A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se atrás de si deixam um lastro viscoso de corrupção, sob cuja cor escura escorrem em vielas, crianças - pequenas sementes de futuro, enxertadas na miséria dos sem sonhos?
A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se suas mãos carregam o escarlate sangue de assassínio do vigor juvenil, sugado em menosprezo, envelhecido antes do tempo, explodido no dissabor da violência, um retorno da força que lhe suprimiu o brilho da fase mais viçosa da existência?
A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se os seus ombros pesam sob o arco da frustração já velha do em nada se reconhecer ser, de dias presos a densas nuvens de desgraça e da opressão da não ação, acusação do porquê nada fiz, porque vi a luz e não a segui?
A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se o aplauso após o brado é o próprio eco de um nós sem conjunto, mas um eu inflado na hipocrisia da fala?
A quem vencem?
O que vencem?
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