Esse deus celebrado acima de todos é mentira. Ele não existe. E se ele existe, então ele é mentiroso e não deve ser celebrado ou cultuado. Afinal, foi ele quem disse:
O MEU REINO ESTÁ DENTRO DE VOCÊS.
A MINHA DINVINDADE SE DÁ NO ENCONTRO DE VOCÊS.
Esse deus grandioso, posto em trono e autoridade suprema que esmaga e faz morrer quem não se submete a ele; que aciona os nossos monstros interiores e explode em ódio, devastação e promoção à morte é UMA MENTIRA. Ou seja, esse DEUS NÃO EXISTE e a palavra a ele atribuída é vazia.
Um deus que não gera consciência e conexão profunda entre os viventes e interdependência e, portanto, necessidade básica de cuidado (auto e mútuo cuidado), traduzindo-se em chorar com os que choram, alegrar-se com os que se alegram, partilhar como premissa existencial e profundo compromisso por se desenvolver naquilo contra o que não há lei - amor, compaixão, fraternidade e seus frutos - então, deus não está em você porque ele não existe. Simplesmente porque deus não existe num Olimpo ou num céu distante.
Deus só existe se for dentro de nós e no encontro dos viventes. Assim, quando abraçamos deus existe ali; quando sorrimos deus existe ali; quando choramos deus existe ali; quando praticamos o bem deus existe ali.
Se a promoção da justiça entre os viventes é o nosso norte de escolhas cotidiana, deus existe ali.
Deus só existe dentro de nós e extrapola desse interior profundo quando nos encontramos. Essa fusão de vidas o traz para o reino material e o faz percebido nos nossos atos. É assim que eternizamos com a eternidade dele em nós.
Quando nos apartamos matamos deus. E ele segue morto na nossa maldade e ódio porque ele é amor. É a sua essência básica e fora disso não há deus.
Deus está morto se não há amor.
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