Somos uma comunidade, percebamo-nos assim ou não. Nela temos propósitos comuns, necessariamente. Temos responsabilidades pelas quais respondemos no contexto da missão de existir enquanto comunidade servidora à população do Distrito Federal na Câmara Legislativa.
As demandas da população nos impõem rigor técnico e olhar apurado às ações, a política nos exige muito e disciplinado trabalho, o sentido da missão na qual servimos nos exige humanidade.
E para que não adoeçamos, às vezes querendo atender a 'tudo isso no mesmo tempo tudo agora do segundo que passa num piscar', a gente precisa fundamentalmente aprender sobre os mistérios do equilíbrio.
Mistério. Tudo aquilo "cuja causa é oculta, desconhecida, incompreensível, inexplicável; enigma."
O tempo às vezes é impetuoso e cruel. Apressado, se faz cego, ansioso, autoritário e nem vê sua imprecisão.
A gente às vezes se faz como o tempo. Até que ele passa e deixa marcas na jornada, que em algum momento as encontraremos junto às pegadas da missão que orgulha. São uma série de marcas de dores e sofrimentos evitáveis pelo exercício humanitário necessário de algum equilíbrio, de percepção que a marcha da vida - mesmo em comunidades, é saudável que seja diversa. E a gente tardiamente percebe que a pressa adoece - às vezes na partida, às vezes no percurso da corrida, às vezes na chegada e muitas vezes ela se faz invisível, mas sempre esteve presente e só se manifesta depois que a corrida acaba. Mas ela é sempre trágica. Imperfeita.
Encontrei esse vídeo compartilhado no Instagram de um jovem amigo. Seu conteúdo me lembrou que muito pouco eu sei e que por isso preciso andar mais devagar para aprender sobre "as manhas e as manhãs". Talvez assim eu encontre informações importantes sobre os mistérios do equilíbrio e estas me ajudem a uma melhor relação com o tempo, sem o tilindar do relógio alheio imprimindo aos meus passos o que eu não sou, o que a missão não me pede.
E senti que talvez ele pudesse ter alguma utilidade para a nossa comunidade humana, servidora, comprometida, com senso de responsabilidade impressionante e que precisa se manter coesa para não se perder no tempo.
"É preciso amor pra poder pulsar. É preciso paz pra poder sorrir. É preciso a chuva para florir."
Vídeo A pressa
Bom dia a todas e todos.
Somos quando nos fazemos um.
Abraço!
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