O que queremos?
Uma saída.
Mas, e quando ela parece ser a interiorização. Olhar para dentro. Reclusão interna?
Já estamos reclusos, diriam alguns.
Será?
Quanto de todo esse tempo em que estamos confinados ou necessitando estar, nos impusemos parar, de verdade, aquietar, colocar em passo de espera a mente e exercitar a escuta silenciosa?
Falamos de (re) conexão, mas um ato para fora, como se de um ente externo a nós em toque a outro. E ficamos assim, no esbarrão - apenas - porque conexão prescinde entrega e entrega é passo de renúncias multilaterais, é encontro de almas ou pelo menos semelhanças de anseios, projetos, visões.
Chegar até aqui não é uma corrida, seja qual for o seu aqui. E isso não é jargão. É demanda universal de nos pensarmos em um momento ímpar do século, provavelmente. Isso significa que não podemos considerar aceitável sermos as mesmas pessoas que aquelas de antes de o mundo ser tomado por esse tormento.
Ficaremos a ermo se não buscarmos essa conexão interna.
Princípios. Valores. Bases de pensar e ser. Motivações. Sonhos.
Que existir queremos, afinal?
Correr os dias como um calendário e basta? Ou buscar sentido a partir do que há cultivado de valores em nós?
Sentido para nós aí sim, se conecta a outro e se faz comum e cresce e transforma. E então aponta saídas aos medos, tristezas, demandas físicas e espirituais, vácuos existenciais, resgate humanitário, sentido civilizacional.
Fora disso apenas, muito provavelmente, uma corrida por prêmio à vaidade - legítima e, também, suicida e assassina.
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