Que música embalará nossas madrugadas, enquanto não voltar a nos residir a expectativa do estar junto sob o guiar do sol?
Que morada nos faremos nos tempos do abandono à sorte, que nos restou como pagamento às agressões que fizemos à vida?
Que laços nos envolverão como decoração e adorno, ou estarão prisões?
Lembraremos ao amanhecer, o toque, o cheiro, o calor?
Sorrirão nossos olhos enquanto cerrados estão nossos lábios, ou fechados anunciarão apenas distância.
Recordaremos nossa energia agregadora e conexão intensa ou restaremos frios?
Que música embalará nossas manhãs quando a madrugada escura e silenciosa, sem passos sob as janelas, passar e e fizer outro era?
Dançaremos outra vez ou desaprenderemos o fruir?
Dançaremos novos balanços, livres e leves, expressões de uma alma que venceu a turbulência e reaprendeu ser?
Ou retornaremos o baile do possuir apressado?
E a cortina do tempo se abrirá em oportunidade? Ou fechada nos dirá adeus?
Que música embalará nossa próxima madrugada?
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